O Garimpeiro
O garimpeiro é um romance escrito por Bernardo Guimarães e publicado em 1872. O contrato entre autor e a editora B. L. Garnier foi firmado em 1870, e previa que a primeira edição seria de 2 000 exemplares.[1]
O Garimpeiro | |||||||
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Autor(es) | Bernardo Guimarães | ||||||
Idioma | Português | ||||||
País | Brasil | ||||||
Lançamento | 1872 | ||||||
Cronologia | |||||||
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O livro é uma narrativa da vida sertaneja com hábitos e costumes mineiros, fala sobre garimpos e as festas da Vila do Patrocínio. O garimpeiro também é um romance de amor e costumes interioranos. A paisagem e natureza são descritas com riqueza de detalhes. Os personagens Major e sua filha Lúcia e Elias "aquele moço de Uberaba" entram logo em ação. [2]O autor narra o cotidiano com detalhes e conhecimento de quem viveu a época.[3] Além da utilização de palavreado técnico da mineração como grupiara e pinta, o autor utiliza vocabulário vulgar regional de Minas Gerais, como a substituição de janta por jantar, melcatrefe por mequetrefe, cavalo doutrinado no lugar de cavalo ensinado, entre outras palavras e expressões.[4]O romance compõe os livros que deram origem ao Regionalismo, na literatura brasileira.[5]
Resumo
editar“ (…) É impossível dar uma idéia do aspecto geral desse país. A cada eminência que se transpõe, uma nova perspectiva nos surpreende, um novo panorama se desenrola aos olhos do viandante. Aqui o solo ondula graciosamente em colinas de suave declive, separadas uma das outras por cristalinos córregos, orlados de capões, cujo tope escuro se destaca vivamente em meio do brilhante e verde claro matiz das campinas. Além se achata em vastos chapadões, que cansam a vista e impacientam o viandante que os percorre. (…)”
— O Garimpeiro - cap.1
Narra as aventuras de Elias, um moço pobre que ama e quer se casar com Lúcia, a filha de um rico fazendeiro. Para conquistar esse direito ele precisa enriquecer, e para alcançar o seu objetivo, ele trabalha duramente como garimpeiro. No livro, o autor utiliza o episódio da cavalhada para defender os costumes interioranos. O romance toca no problema que, já nessa época, agitava-se no Brasil: a abolição da escravatura, que aconteceria em 1888. Elias, um bom moço, mas pobre, após se mudar e conseguir ficar rico com a ajuda de Simão, mestiço que fora criado do pai, após isso Elias volta para a fazenda do major, que se surpreende-se ao vê-lo que tinha enriquecido, mas a moça já estava comprometido com outro pretendente rico, não por amor a ele. Major então decide dar permissão a Elias e Lúcia para se casarem, e assim foi os dois tiveram uma cerimônia simples e o livro termina com os dois no tumulo de Simão.
Referências
- ↑ «Contrato celebrado entre Bernardo Joaquim da Silva Guimaraes e p editor B. L. Garnier para a 1° edição da obra O Garimpeiro» (PDF). Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. 19 de fevereiro de 1870. Consultado em 6 de janeiro de 2015. Arquivado do original (PDF) em 10 de maio de 2015
- ↑ Hélio Lopes. «Bernardo Guimarães (1825-1884), obra e vida». Consultado em 5 de janeiro de 2015
- ↑ M. Cavalcanti Proença. «Bernardo Guimarães (1825-1884), obra e vida». Consultado em 6 de janeiro de 2015
- ↑ Basílio de Magalhães. «Bernardo Guimarães (1825-1884), obra e vida». Consultado em 6 de janeiro de 2015
- ↑ «O Garimpeirol». Livraria da Folha. Consultado em 6 de janeiro de 2015