O Livro Negro do Colonialismo
O Livro Negro do Colonialismo, é um livro originalmente publicado na França, em 2003. A publicação em português foi lançada no Rio de Janeiro, no ano de 2004, é de autoria de Marc Ferro, conhecido por suas pesquisas pioneiras em relação ao cinema como fonte documental da análise histórica.
O Livro Negro do Colonialismo | |
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Autor(es) | Marc Ferro |
Idioma | traduzido para o português |
País | França |
Assunto | Debates sobre o Colonialismo |
Linha temporal | 1500 a 2003 |
Editora | Ediouro[1] |
Lançamento | 2003 (edição em português em 2004) |
ISBN | 8500013613 |
A obra coletiva reúne cerca de vinte especialistas, entre historiadores, antropólogos, sociólogos, etnólogos, demógrafos, especialistas em direito público, para analisar o colonialismo e os crimes cometidos durante mais de cinco séculos de exploração em nome de uma suposta superioridade cultural e racial. [2]
Organizada em cinco blocos, e calcada sobre o modelo de O Livro Negro do Comunismo, esta obra abrange o período das grandes navegações até os dias atuais.[3] O livro reporta a discussão do extermínio das civilizações pré-colombianas, da destruição dos índios da América do Norte (genocídio dos indígenas dos Estados Unidos) e dos aborígenes australianos. Analisa a escravidão e o tráfico. A maior parte de suas quase mil páginas é dedicada ao exame detalhado da dominação colonialista na América, Ásia e África: a implantação de monoculturas para exportação, as lutas de resistência na Índia e no Vietnã, o colonialismo japonês moderno na Ásia Oriental, a colonização árabe em Zanzibar, as principais revoltas na África Negra, o apartheid, a conquista da Argélia e a descolonização da África francesa. Segue-se um estudo sobre os estatutos da mulher nativa nos países colonizados. Por fim, apresenta reflexões sobre o anticolonialismo, o postulado da superioridade branca, a imagem do negro na arte europeia e a representação do colonialismo no cinema.
Entre as lacunas, a Guerra do Ópio, a colonização dos Bálcãs pelos turcos, o massacre das populações de Timor-Leste pela Indonésia, os procedimentos colonialistas por Israel em relação às populações não judaicas e a luta dos independentistas.
Ver também
editarReferências
- ↑ «O Livro Negro do Colonialismo». Consultado em 5 de maio de 2013
- ↑ Cíntia Cristina da Silva. «Colonialismo: Herança maldita». Superinteressante
- ↑ SHEILA SCHVARZMAN (13 de fevereiro de 2005). «A cor da infâmia». Folha de S.Paulo
- Ferro, Marc (ed.) (2003): Le livre noir du colonialisme, Robert Laffont, 840 páginas, ISBN 2-221-09254-6, ISBN 978-2-221-09254-5