A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais
A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou Meus Pais são dois filmes dramáticos e policiais brasileiros dirigidos por Mauricio Eça e lançados em 24 de setembro de 2021 pela Amazon Prime Video.[2]
A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou Meus Pais | |||||
---|---|---|---|---|---|
Pôsters oficiais dos filmes. | |||||
Brasil 2021 • cor • 160 min | |||||
Gênero | drama policial biográfico | ||||
Direção | Mauricio Eça | ||||
Roteiro | Ilana Casoy Raphael Montes | ||||
Elenco | Carla Diaz Leonardo Bittencourt Allan Souza Lima Leonardo Medeiros Vera Zimmermann | ||||
Companhia(s) produtora(s) | Santa Rita Filmes Galeria Distribuidora Grupo Telefilms | ||||
Distribuição | Amazon Prime Video (mundial)[1] | ||||
Lançamento | 24 de setembro de 2021 | ||||
Idioma | português | ||||
Cronologia | |||||
|
Os filmes narram a história do Caso Richthofen, o primeiro pela perspectiva de Daniel Cravinhos e o segundo a partir do ponto de vista de Suzane von Richthofen.[3] Ambos os longas-metragens são baseados nos autos do processo Caso Richtofen. Os filmes contam com roteiro da criminóloga Ilana Casoy, do escritor Raphael Montes, produção da Santa Rita Filmes em coprodução com a Galeria Distribuidora e o Grupo Telefilms.[4] Com o sucesso dos filmes, houve uma continuação, A Menina Que Matou os Pais - A Confissão (2023), retratando os dias após o crime até a confissão de Suzane e dos irmãos Cravinhos.[5][6]
Os filmes são protagonizados por Carla Diaz, Leonardo Bittencourt, Allan Souza Lima, Leonardo Medeiros e Vera Zimmermann.[2]
Sinopse
editarEm 2002, o casal de namorados Suzane von Richthofen (Carla Diaz) e Daniel Cravinhos (Leonardo Bittencourt) declararam-se culpados pelo assassinato dos pais de Suzane. Ao longo do julgamento deles, ambos deram versões diferentes sobre o crime que, à época, teve grande repercussão e gerou indignação da população. No filme A Menina que Matou os Pais a narrativa é baseada no olhar de Daniel Cravinhos a respeito do crime. Em O Menino que Matou meus Pais, a narrativa é baseada no olhar de Suzane von Richthofen a respeito do crime.[3]
Elenco
editar- Carla Diaz como Suzane von Richthofen[4][7]
- Leonardo Bittencourt como Daniel Cravinhos
- Allan Souza Lima como Cristian Cravinhos
- Leonardo Medeiros como Manfred von Richthofen
- Vera Zimmermann como Marísia von Richthofen
- Kauan Ceglio como Andreas von Richthofen
- Débora Duboc como Nadja Cravinhos
- Augusto Madeira como Astrogildo Cravinhos
- Marcelo Várzea como Juiz Anderson
- Gabi Lopes como Carol
- Fernanda Viacava como Flora
- Bruna Carvalho como Rafaela
- Taiguara Nazareth como Policial
Produção
editarOs filmes foram gravados simultaneamente em 33 dias e, inicialmente, seria produzido um só.[8] Nas cenas em que os os personagens estão fazendo uso de drogas, os atores estão usando camomila.[carece de fontes]
Lançamento
editarOs dois filmes foram divulgados simultaneamente. A campanha de divulgação dos filmes começou em 2019 na Expocine pela Galeria Distribuidora, a coprodutora e também distribuidora, e estava previsto para ser lançado em 2020, o que não aconteceu,[9] devido à pandemia de COVID-19.[1]
Antes de ser adiada, a pré-estreia estava programada para março de 2020 e o lançamento em 2 de abril do mesmo ano. Inicialmente, os filmes foram criticado pelo público questionando a suposta ligação da produção com os criminosos e a glamourização da violência. Devido a isso, foi iniciada a campanha "10 fatos"[nota 1] para desmentir boatos. Posteriormente, Henrique Leinig, o gerente de marketing da Galeria Distribuidora disse que "antes era 70% de reprovação do público e hoje é 80% de aprovação." Na mesma época, também foram apresentados os cartazes e o trailer para o cinema.[10]
Em 2021, os direitos de distribuição foram comprados pela Amazon Prime Video, que lançou os filmes no próprio serviço de streaming em 24 de setembro do mesmo ano.[1]
Recepção
editarCrítica
editarRevisando os filmes para o Metrópoles, Luiz Prisco avaliou como "bom" dizendo que "a narrativa rápida, as (por vezes desnecessárias) cenas sensuais e, é claro, a filmografia que parece um seriado tornam os dois filmes fortes candidatos a sucessos no streaming".[11] Waldemar Dalenogare Neto avaliou A Menina que Matou os Pais com nota 4/10 e O Menino que Matou Meus Pais com nota 3/10, e disse que os produtores poderiam ter trabalhado de uma maneira muito mais organizada com essa história, e com os nomes envolvidos poderia ter sido uma grande produção.[12]
No G1, Cesar Soto disse que o fato dos filmes terem sido lançado no streaming "economiza dois ingressos – e a decepção de sair de uma sessão com a sensação de ver uma obra pela metade. Afinal, uma não funciona sem a outra."[13] Eduardo Pereira, em sua crítica para o Omelete, disse que ambos os filmes "têm boas atuações, mas roteiros ruins."[14] Renato Marafon, no CinePOP disse que os filmes valem a pena pela atuação de Carla Diaz.[15] Em sua crítica para a Folha de S.Paulo, Filipe Furtado disse que "ambos [os filmes são] ruins, quase se anulam".[16]
Henry Bugalho disse que quem assistir primeiro o filme O Menino que Matou Meus Pais e em seguida assistir A Menina que Matou Os Pais pode ficar com a "sensação de que ela [Suzane] era a vítima dessa história (...) só que a gente sabe que ela era a mandante [do crime]".[17]
Comercial e do público
editarDe acordo com os dados enviados para a plataforma d'O Estado de S. Paulo, os filmes e o caso o Richthofen foi um dos termos que mais cresceram no Google na época do lançamento das produções.[18]
Devido ao sucesso dos filmes, a Galeria Distribuidora anunciou que irá investir em uma nova produção baseada em um crime real, sendo anunciado um projeto baseado no Castelinho da rua Apa.[19]
Sequência
editarNotas
- ↑ A campanha "10 fatos" lançada em março de 2020 é a seguinte:"
- Suzane, os irmãos Cravinhos ou qualquer outra pessoa retratada nos filmes não receberão dinheiro da produção, direitos autorais ou terão qualquer tipo de participação no resultado do filme.
- Nem a produção, nem os atores dos filmes tiveram qualquer contato com Suzane von Richthofen, Daniel e Cristian Cravinhos.
- Os filmes foram produzidos 100% com investimento privado, sem a utilização de verba pública.
- Os filmes são uma adaptação cinematográfica, baseados em uma história real, desenvolvida a partir das informações que constam nos autos do processo, em especial nos depoimentos dos envolvidos.
- Nenhum dos dois filmes inocenta ou enaltece Suzane e/ou Daniel, assim como também não romantiza ou glamouriza os assassinatos.
- A produção não defende nenhum dos lados da história e deixa ao público a interpretação dos fatos e das versões.
- São dois filmes de 80 minutos cada, com versões da história totalmente diferentes, que serão lançados no mesmo dia.
- “A Menina que Matou os Pais” conta a versão de Daniel Cravinhos, e “O Menino que Matou Meus Pais” conta a versão de Suzane von Richthofen.
- Não existe uma ordem correta para assistir aos filmes. Mas a experiência só é completa assistindo a ambos.
- Para que todos possam ter a experiência completa assistindo aos dois filmes, teremos valores e promoções especiais que serão divulgados em breve."[3]
Referências
- ↑ a b c «"QUANDO SE QUER FAZER UM CASE ÚNICO E INÉDITO, FAZ PARTE ASSUMIR RISCOS", FALA GABRIEL GURMAN SOBRE FILMES DO CASO RICHTHOFEN». Portal Exibidor. Consultado em 23 de agosto de 2021
- ↑ a b «Filmes sobre Suzane von Richthofen estreiam no Prime Video em 24 de setembro e ficam de fora dos cinemas». G1. 19 de agosto de 2021. Consultado em 20 de agosto de 2021
- ↑ a b c «Conheça 10 fatos sobre os filmes do caso Richthofen». Jornal de Brasília. Consultado em 25 de agosto de 2021
- ↑ a b Marina Pagno (11 de março de 2020). «Duas versões de um mesmo crime: as curiosidades e as polêmicas dos filmes sobre o caso Richthofen» (html). GaúchaZH. Consultado em 11 de março de 2020
- ↑ «Carla Diaz é elogiada por 1ª foto como Richthofen no enterro dos pais». 29 de julho de 2023. Consultado em 19 de maio de 2023
- ↑ «A Menina Que Matou os Pais - A Confissão ganha nova imagem; veja». 6 de março de 2023. Consultado em 19 de maio de 2023
- ↑ «Filmes do caso Richthofen terão sessões a partir de 19 de março com exibições duplas pelo preço de um ingresso». Jornal de Brasilia. 10 de março de 2020. Consultado em 11 de março de 2020
- ↑ «A menina que matou os pais': Carla Diaz, diretor e roteirista explicam como filme sobre Suzane von Richthofen se dividiu em dois». g1. Globo. Consultado em 19 de outubro de 2021
- ↑ «"GALERIA DISTRIBUIDORA REALIZA MODELO INOVADOR DE LANÇAMENTO PARA CINEMA». Portal Exibidor. Consultado em 23 de agosto de 2021
- ↑ «GALERIA APRESENTA FORMATOS DE PROGRAMAÇÃO PARA LANÇAMENTO INOVADOR». Portal Exibidor. Consultado em 23 de agosto de 2021
- ↑ «Crítica: filmes sobre Suzane von Richthofen têm Carla Diaz inspirada e ritmo de série». Metrópoles. Consultado em 24 de setembro de 2021
- ↑ A Menina que Matou os Pais || O Menino que Matou Meus Pais - Críticas (Prime Video) (vídeo). Brasil: Waldemar Dalenogare Neto (YouTube). Consultado em 24 de setembro de 2021
- ↑ Cesar Soto. «A menina que matou os pais': Filmes sobre Suzane von Richthofen narram duas versões maçantes da mesma história; g1 já viu». G1. Consultado em 29 de setembro de 2021
- ↑ «Filmes sobre Caso Richthofen têm boas atuações, mas roteiros ruins». Omelete. Consultado em 24 de setembro de 2021
- ↑ «Crítica em Vídeo | A Menina que Matou os Pais – Filmes sobre Suzane Von Richthofen valem pela atuação de Carla Diaz». Consultado em 24 de setembro de 2021
- ↑ «Filmes sobre Suzane von Richthofen, ambos ruins, quase se anulam». Folha de S.Paulo. Consultado em 24 de setembro de 2021
- ↑ SUZANE VON RICHTHOFEN: A MENINA QUE MATOU OS PAIS (vídeo). Brasil: Henry Bugalho (YouTube). Consultado em 29 de setembro de 2021
- ↑ «Filme 'A Menina que Matou os Pais' foi que mais cresceu nas buscas do Google na semana». ABC do ABC. Consultado em 13 de outubro de 2021
- ↑ «GALERIA DISTRIBUIDORA INVESTE EM NOVO PROJETO DE TRUE CRIME NO BRASIL». Portal Exibidor. Consultado em 13 de outubro de 2021