Operação Nuvens de Outono
A Operação "Nuvens de Outono"[5] (em hebraico: מבצע ענני סתיו) foi uma operação militar israelense de 2006 iniciada após vários ataques de foguetes e morteiros no sul de Israel, quando as Forças de Defesa de Israel entraram na Faixa de Gaza, desencadeando combates esporádicos perto de Beit Hanoun. A operação foi o primeiro esforço militar realizado pelos militares israelenses desde a Operação Chuvas de Verão no verão de 2006.[6] A operação foi lançada para impedir ataques de foguetes palestinos em Israel.
Operação Nuvens de Outono | |||
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Conflito Gaza-Israel e o conflito Israel-Palestina | |||
Mapa da Faixa de Gaza
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Data | 31 de outubro – 8 de novembro de 2006[1] | ||
Local | Beit Hanoun, Faixa de Gaza | ||
Casus belli | Ataques de foguetes palestinos contra Israel | ||
Desfecho | Vitória israelense
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Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
Baixas | |||
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As autoridades do governo palestino informaram em 7 de novembro que as tropas das Forças de Defesa de Israel estavam começando a se retirar, encerrando assim a operação. Cinquenta e três palestinos, incluindo dezesseis civis e um soldado israelense, foram mortos desde 31 de outubro.[7][5]
Em 8 de novembro ocorreu um incidente no qual as Forças de Defesa de Israel atingiram por engano uma fileira de casas gazenses em Beit Hanoun, matando dezenove palestinos e ferindo mais de quarenta. O ataque seguiu-se a retirada israelense da Faixa de Gaza. Israel expressou arrependimento e atribuiu o incidente a uma falha técnica.[8] Posteriormente, um relatório da ONU, escrito pelo Relator Especial, concluiu que ″parece claro que o disparo indiscriminado de projéteis contra um bairro civil sem qualquer objetivo militar aparente constituiu um crime de guerra, pelo qual tanto o comandante como aqueles que lançaram o ataque de artilharia de 30 minutos devem ser responsabilizados criminalmente″.[4]
Consequências
editarIsrael se recusou a cooperar com o Conselho de Direitos Humanos da ONU e obstruiu qualquer investigação internacional sobre o assunto. Uma missão mandatada pelo Conselho de Direitos Humanos, que deveria ter sido liderada pelo Arcebispo Desmond Tutu, foi recusada a entrar em Israel e no Território Palestino Ocupado.[4] Em 11 de novembro, os Estados Unidos vetaram um projeto de resolução do Conselho de Segurança pedindo o estabelecimento de uma missão de investigação sobre os eventos de 8 de novembro em Beit Hanoun.[9]
Referências
- ↑ «Archived copy». Consultado em 7 de novembro de 2006. Cópia arquivada em 5 de Fevereiro de 2012
- ↑ «PM: No Hamas member is immune». Ynetnews. 2 de Julho de 2006
- ↑ «Israel Defense Forces - The Official Website». Consultado em 2 de novembro de 2006. Cópia arquivada em 11 de março de 2007
- ↑ a b c Report of the Special Rapporteur on the situation of human rights in the Palestinian territories occupied since 1967, John Dugard, para 10-11. 29 de janeiro de 2007 (doc.nr. A/HRC/4/17)
- ↑ a b «Israel se retira de Gaza após ofensiva militar deixar 57 mortos». Folha Online. 7 de novembro de 2006. Cópia arquivada em 11 de outubro de 2024
- ↑ IDF soldier and at least 10 Palestinian gunmen killed in Gaza, Jerusalem Post
- ↑ PA sources: IDF soldiers begin pulling out of northern Gaza Ha'aretz
- ↑ «Grief turns to rage as Beit Hanoun buries its dead». The Guardian. 9 de novembro de 2006
- ↑ «U.S. Vetoes U.N. Gaza Resolution». CBS News. 11 de novembro de 2006