Osvaldo Brandão

futebolista brasileiro

Osvaldo Brandão (Taquara, 18 de setembro de 1916São Paulo, 29 de julho de 1989) foi um futebolista e treinador de futebol brasileiro.

Oswaldo Brandão
Oswaldo Brandão
Brandão com o Palmeiras em 1980
Informações pessoais
Data de nasc. 18 de setembro de 1916
Local de nasc. Taquara, Rio Grande do Sul, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Morto em 29 de julho de 1989 (72 anos)
Local da morte São Paulo, São Paulo, Brasil
Informações profissionais
Posição treinador
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos (golos)
1937–1942
1942–1945
Internacional
Palmeiras
Times/clubes que treinou
1945
1947–1948
1948–1950
1951–1953
1954–1957
1955–1957
1958–1960
1961–1962
1962
1963
1964–1966
1965
1967
1967–1968
1969–1970
1971
1971–1975
1975–1977
1977–1978
1980
1980–1981
1984
1986
Palmeiras
Palmeiras
Santos
Portuguesa
Corinthians
Brasil
Palmeiras
São Paulo
Independiente
São Paulo
Corinthians
Brasil
Independiente
Corinthians
Peñarol
São Paulo
Palmeiras
Brasil
Corinthians
Palmeiras
Corinthians
Cruzeiro
Vila Nova




221




100


3




53

58

Biografia

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Virou ídolo dos dois maiores rivais paulistas, Corinthians e Palmeiras, sendo o treinador que por mais jogos atuou em ambos (441 jogos no Corinthians e 585 jogos no Palmeiras)[1] Hoje em dia ele já é considerado um dos maiores treinadores de futebol do Brasil em todos os tempos. Foi técnico do Palmeiras nos anos de 1945; 1947 e 1948; 1958 a 1960; 1971 a 1975; e 1980. Conhecido por seu estilo austero e exigente, profissional ao extremo, escreveu sua história na galeria dos mitos do futebol brasileiro.

Não era necessariamente um estrategista, mas sabia motivar os jogadores e extrair deles qualidades fundamentais. Com isso ganhou grandes títulos, como o bicampeonato brasileiro com o Palmeiras em 1972 e 1973 (foi o principal técnico da chamada "Segunda Academia" do Alviverde, comandando o time de Ademir da Guia, Leivinha, Dudu & cia.) e o histórico Campeonato Paulista de 1977 com o Corinthians, encerrando um jejum de 22 anos sem títulos estaduais do alvinegro do Parque São Jorge, iniciado depois do título do Campeonato Paulista de 1954, também ganho por ele.

Na década de 1960, comandou a Seleção Paulista, conquistando alguns títulos.

Também fez sucesso no São Paulo, onde ganhou o título paulista de 1971, sendo com isso o único técnico a ganhar o campeonato estadual por todos os integrantes do chamado "trio de ferro paulistano".

Comandou a Seleção Brasileira pela primeira vez em 1955, sendo o primeiro técnico do Brasil oriundo de fora do eixo Rio–São Paulo, continuando no cargo até o conturbado Campeonato Sul-Americano de Futebol de 1957. Levou como novidade o então quase desconhecido Garrincha e reconvocou o já veterano Zizinho, marcado pela derrota de 1950. Dirigiu também a equipe nas Eliminatórias da Copa do Mundo FIFA de 1958. Mas foi substituído por Vicente Feola: "Dei uma entrevista criticando os dirigentes e acabei fora da seleção", disse Brandão.[2]

Em meados dos anos 1970, teve uma nova passagem pela Seleção Brasileira. Conquistou a Taça do Atlântico 1976 e o Torneio Bicentenário dos Estados Unidos. Mas estranhamente renunciou ao cargo em 27 de fevereiro de 1977, e, no mesmo dia, foi anunciado a contratação de Cláudio Coutinho. Brandão declarou: "Não, não foi um simples resultado de 0 a 0 (resultado do último jogo da Seleção sob o comando de Brandão, uma semana antes, contra a Colômbia, válido pelas Eliminatórias da Copa de 1978) que me fez renunciar. Afinal, fora de casa ganhamos um ponto e não perdemos. Renunciei para deixar tudo calmo na CBD. Estou com a consciência tranquila. Deixo o cargo sem problemas com ninguém. Nem com a imprensa carioca, como andam dizendo por aí. Não queria criar problema com ninguém. Nem ao almirante (numa provável alusão às recentes críticas do ministro Ney Braga, da Educação e Cultura). As minhas paradas ficam comigo mesmo... Mas acho que também não é este o momento oportuno de falar." Perguntado sobre Cláudio Coutinho na seleção, Brandão disse: "Não vou julgar ninguém. O que for para lá vai ter que trabalhar, e, pelo menos de minha parte, contará com todo o apoio".[3]

Teve um passagem pelo Peñarol, do Uruguai, entre 1969 e 1970, quando ficou marcado por um caso de doping que ficou mal explicado e Brandão disse que foi arquitetado para derrubá-lo.[4]

Brandão fazia o estilo "paizão" com seus comandados, gostando de controlar e aconselhar em alguns aspectos de suas vidas particulares. Diz a lenda que já chegou a bater de cinta em alguns jogadores que não obedeciam a suas regras. No Palmeiras teve atritos com o rebelde César Maluco, que em contrapartida contava que Brandão gostava em demasia de um whisky. Em uma de suas últimas atividades, foi comentarista da TV Record, fazendo parte da equipe composta por Silvio Luiz e Flávio Prado.

Morreu em São Paulo, em 1989, três anos depois de encerrar a carreira em seu apartamento em São Paulo, de um câncer linfático.

Jogador

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S.C. Internacional, de Porto Alegre (1937-1942)

Taça Osvaldo Brandão

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Foi criada em 2009, pelas diretorias de Palmeiras e Corinthians, de posse transitória sendo entregue ao vencedor de cada confronto, ficando o clube vitorioso até o próximo jogo entre as equipes paulistanas. Na hipótese de empate, a equipe mandante do confronto levaria a taça.

O clube que mais vencesse num período de 5 partidas, ou conquistasse o caneco três vezes consecutivas, ficaria em definitivo com a Taça.

Todas as edições ocorreram no Estádio Municipal Eduardo José Farah, o Prudentão.

A primeira partida foi em 8 de Março de 2009. O jogo terminou empatado em 1 a 1 e, por ser o mandante do jogo, o Palmeiras sagrou-se Campeão. Gols de Diego Souza pelo Palmeiras, e marcando pela primeira vez com a camisa alvinegra, Ronaldo.

Segundo confronto: 26 de Julho do mesmo ano, agora pelo primeiro turno do Campeonato Brasileiro. O Palmeiras venceu o Corinthians por 3 a 0, com três gols de Obina, sagrando-se bicampeão da Taça Oswaldo Brandão.

Se vencesse ou empatasse a próxima partida, ficaria em definitivo com o caneco.

No returno, Palmeiras e Corinthians novamente se enfrentaram. Sob um calor infernal, o Palmeiras novamente empata com o Corinthians; Placar: 2x2 (Gols de Ronaldo - um deles cobrando pênalti - pelo Corinthians, e pró Palmeiras, os zagueiros Danilo e Maurício. Novamente o mando de campo era alviverde, portanto, o time do Palestra Itália ficava mais uma vez com o Troféu.

Por conquistar a Taça Oswaldo Brandão três vezes consecutivas, ainda em 2009, o Palmeiras obteve o objeto de maneira definitiva.

Títulos

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Como jogador

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Internacional
  • Campeonato Gaúcho: 1940, 1941, 1942
  • Campeonato Citadino de Porto Alegre: 1936, 1940, 1941, 1942
  • Torneio Início de Porto Alegre: 1937, 1938, 1940, 1941, 1942
Palmeiras

Como treinador

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Palmeiras
Santos
Portuguesa
Corinthians
Seleção Brasileira
Independiente
São Paulo
Cruzeiro

Referências

  1. Paulo, Por Carlos Augusto Ferrari São. «Tite não terá contrato renovado, e Mano volta ao Corinthians em 2014». globoesporte.com. Consultado em 23 de julho de 2021 
  2. «Polêmicas privaram gaúchos de três Mundiais». Memória BN. Folha de São Paulo domingo, 01 de julho de 2001. Consultado em 29 de julho de 2017 
  3. «BRANDÃO DEIXA A SELEÇÃO». Memória BN. Folha de São Paulo (RJ) de 27 de Fevereiro de 1977. Consultado em 29 de julho de 2017 
  4. "Doping foi um golpe contra mim", Placar número 5, 17/4/1970, Editora Abril, pág. 12
  5. Teixeira, Marcelo Baseggio Moschini (27 de junho de 2020). «Há 49 anos São Paulo conquistava, contra o Palmeiras seu primeiro título no Morumbi». Gazeta Esportiva. Consultado em 17 de fevereiro de 2024 

Precedido por
Ilton Chaves
Técnico do Cruzeiro
1984
Sucedido por
João Francisco