Pacúrio, o Ibério
Pacúrio (em latim: Pacurius; em grego: Πακούριος; romaniz.: Pakoúrios; em georgiano: ბაკურ; romaniz.: Bakur) foi um príncipe da família real ibérica e um comandante militar a serviço do Império Bizantino na península Itálica, durante o reinado do imperador Justiniano I (r. 527–565).
Pacúrio | |
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Nacionalidade | Ibérico Império Bizantino |
Ocupação | General |
Nome
editarPácoro (Pacorus; Πάκορος, Πακώρος, Παχορος, Pákoros, Pakṓros, Pachoros),[1] Pacores (Πακορης, Pakorēs),[2] Pácuro (Πάκουρος, Pákouros), Pacúrio (Pacurius; Πακούριος, Pakoúrios) ou Bacúrio (Bacurius; Βακούριος, Bakoúrios)[3] são as formas latina e grega do iraniano médio Pacur (Pakur), derivado do iraniano antigo Baguepur (bag-puhr), "filho de um deus".[4] Foi registrado em armênio (Բակուր) e georgiano (ბაკური) como Bacur (Bakur),[5][3] em siríaco como Pacor (ܦܩܘܪ, Paqor),[6] em gandari como Pacura (𐨤𐨐𐨂𐨪)[2] e em aramaico como Pacur (𐡐𐡊𐡅𐡓𐡉, pkwry).[7]
Vida
editarPacúrio era o filho de Perânio, também um general sob o imperador Justiniano (r. 527–565). Durante a Guerra Gótica (535–554), foi enviado em 547, junto com Sérgio, para reforçar Belisário na Calábria. Possivelmente continuou ativo na Itália pelos próximos anos.[8] Em 552, comandou as tropas bizantinas em Hidrunto e negociou a rendição de Tarento e Aquerôntia com seus comandantes góticos Ragnaris e Moras.[9] Partiu para Constantinopla para conseguir a aprovação imperial. Ao retornar no outono de 552, com a ascensão de Teia (r. 552–553), Ragnaris recusou-se a se render e tomou cinquenta soldados romanos como reféns. Pacúrio marchou contra ele e conquistou uma vitória decisiva.[8]
Referências
- ↑ Gignoux 1986, p. 144.
- ↑ a b Gardner 1886, p. 110.
- ↑ a b Rapp 2014, p. 334.
- ↑ Marciak 2017, p. 224.
- ↑ Ačaṙyan 1942–1962, p. 367-368.
- ↑ Michelson 2016.
- ↑ Baums & Glass 2024.
- ↑ a b Martindale 1992, p. 959.
- ↑ Amory 2003, p. 396; 408.
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Pacurius», especificamente desta versão.
Bibliografia
editar- Ačaṙyan, Hračʻya (1942–1962). «Բակուր». Hayocʻ anjnanunneri baṙaran [Dictionary of Personal Names of Armenians]. Erevã: Imprensa da Universidade de Erevã
- Amory, Patrick (2003). People and Identity in Ostrogothic Italy, 489-554. Cambrígia: Imprensa da Universidade de Cambrígia. ISBN 0521526353
- Baums, Stefan; Glass, Andrew. «Pakura». A Dictionary of Gāndhārī
- Gardner, Percy (1886). The Coins of the Greek and Scythic Kings of Bactria and India in the British Museum. Londres: Museu Britânico
- Gignoux, Philippe (1986). «Faszikel 2: Noms propres sassanides en moyen-perse épigraphique». In: Schmitt, Rudiger; Mayrhofer, Manfred. Iranisches Personennamenbuch. Iranische namen in nebenüberlieferungen indogermanischer sprachen. Viena: Academia Austríaca de Ciências
- Marciak, Michał (2017). Sophene, Gordyene, and Adiabene: Three Regna Minora of Northern Mesopotamia Between East and West. Leida: BRILL. ISBN 9789004350724
- Martindale, John R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1992). «Pacurius». The Prosopography of the Later Roman Empire - Volume III, AD 527–641. Cambrígia e Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Cambrígia. ISBN 0-521-20160-8
- Michelson, David A. (2016). «Paqor — ܦܩܘܪ». Dicionário Biográfico Siríaco
- Rapp, Stephen H. (2014). The Sasanian World through Georgian Eyes: Caucasia and the Iranian Commonwealth in Late Antique Georgian Literature. Farnham: Ashgate Publishing, Ltd. ISBN 978-1472425522