Pacificação da Líbia
A Pacificação da Líbia, também conhecida como Segunda Guerra Ítalo-Senussi, foi um conflito prolongado na Líbia italiana entre as forças militares italianas e os rebeldes nativos associados com a Ordem Senussi que durou de 1923 até 1932, [4][5] quando o principal líder Senussi, Omar Al-Mukhtar, foi capturado e executado.[6]
Pacificação da Líbia | |||
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Líder rebelde cirenaico Omar Al-Mukhtar (o homem com vestes com uma corrente em seu braço esquerdo) após sua prisão pelas forças armadas italianas em 1931. Mukhtar seria executado em um enforcamento público pouco depois. | |||
Data | 1928 – 1932 | ||
Local | Líbia | ||
Desfecho | Vitória militar italiana e estabilização do domínio italiano na Líbia. Derrota dos rebeldes cirenaicos e tripolitanos. Limpeza étnica da população nativa cirenaica.[1] Mortes em massa de civis nativos cirenaicos.[2] Execução do líder rebelde Senussi Omar Mukhtar. | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Baixas | |||
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A pacificação resultou em mortes em massa dos povos nativos na Cirenaica - um quarto da população de Cirenaica de 225.000 pessoas morreram durante o conflito.[3] A Itália cometeu grandes crimes de guerra durante o conflito (ver: Crimes de Guerra da Itália); incluindo o uso de armas químicas ilegais, episódios de recusar a prender prisioneiros de guerra e ao invés disso executar os combatentes rendidos, e execuções em massa de civis.[2]</ref> As autoridades italianas cometeram limpeza étnica forçando a expulsão 100.000 beduínos cirenaicos, metade da população de Cirenaica, de seus assentamentos que eram previstos para serem dados aos colonos italianos.[1][7]
Em 2008, foi assinado um acordo de compensação pelos danos causados pelo domínio colonial italiano entre a Itália e a Líbia. Muammar Gaddafi, governante da Líbia na época, participou da cerimônia de assinatura do documento usando uma fotografia histórica sobre o uniforme que mostra o líder rebelde cirenaico Omar Mukhtar acorrentado depois de ser capturado pelas autoridades italianas durante a Pacificação. Na cerimônia de assinatura do documento, o primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi declarou: "Neste documento histórico, a Itália pede desculpas pela morte, destruição e repressão do povo líbio durante o período de domínio colonial" e prosseguiu dizendo que este era um "reconhecimento completo e moral dos danos infligidos à Líbia pela Itália durante a era colonial".[8]
Referências
- ↑ a b Cardoza, Anthony L. (2006). Benito Mussolini: the first fascist. [S.l.]: Pearson Longman. p. 109
- ↑ a b Duggan, Christopher (2007). The Force of Destiny: A History of Italy Since 1796. New York: Houghton Mifflin. p. 497
- ↑ a b Mann, Michael (2006). The dark side of democracy: explaining ethnic cleansing 2nd ed. Cambridge, England: Cambridge University Press. p. 309
- ↑ Nina Consuelo Epton, Oasis Kingdom: The Libyan Story (New York: Roy Publishers, 1953), p. 126.
- ↑ C. C. Stewart, "Islam", The Cambridge History of Africa, Volume 7 : c. 1905 – c. 1940 (Cambridge: Cambridge University Press, 1986), p. 196.
- ↑ Detailed description of some fights (em Italiano)
- ↑ Bloxham, Donald; Moses, A. Dirk (2010). The Oxford Handbook of Genocide Studies. Oxford, England: Oxford University Press. p. 358
- ↑ Oxford Business Group (2008). The Report: Libya 2008. [S.l.: s.n.] p. 17
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Pacification of Libya».