Palácio Flávio

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Palácio Flávio (em latim: Domus Flavia) é uma parte do vasto complexo residencial dos imperadores romanos no monte Palatino em Roma. Foi concluído em 92 d.C. na época do imperador Domiciano[1] e atribuído ao seu principal arquiteto, Rabírio[2].

Palácio Flávio
Domus Flavia
Palácio Flávio
Mapa do Palácio de Domiciano
E : Entrada principal. L : Larário. A : Aula Régia. B : Basílica. Po : Pórtico. P1 : Peristilo. C : Cenatio Iovis. P2 : Segundo peristilo. P3 : Terceiro peristilo. Co : Pátio. Ex : Grande êxedra. S : Estádio. Tr : Tribuna do Estádio
Palácio Flávio
Vista dos Palácios imperiais do Palatino
Informações gerais
Tipo Domus
Arquiteto(a) Rabirius
Construção 92 d.C.
Promotor Domiciano
Geografia
País Itália
Cidade Roma
Localização Região X - Palácio
Coordenadas 41° 53′ 19″ N, 12° 29′ 12″ L
Palácio Flávio Domus Flavia está localizado em: Roma
Palácio Flávio
Domus Flavia
Palácio Flávio

Conhecido por sua grandiosidade, o Palácio Flávio era geralmente utilizado para eventos de estado enquanto que o Palácio Augusto (Domus Augustana), um palácio enorme e ricamente decorado ao sul do Palácio Flávio, servia como residência principal do imperador[3].

Layout

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O palácio tinha diversos salões e salas interconectadas; as principais eram a Aula Régia (flanqueada pelo "Larário" e a "Basílica") e o triclínio (Cenatio Iovis). A basílica era um grupo de três salas, a primeira parte do palácio visível para quem chegava pelo Clivo Palatino, a via que ligava o Fórum Romano ao monte Palatino. A próxima era a Aula Régia, uma das maiores salas do palácio. Na época de Domiciano, as paredes eram revestidas de mármore, as colunas eram de mármore frígio e havia um belo friso cuidadosamente esculpido. A terceira sala, o larário, a menor e menos preservada do palácio. Atrás dele estava uma escada que levava ao Palácio Augusto. Havia também um peristilo e diversas salas para o leste e oeste destas três. O triclínio, a última das grandes salas do palácio, era, assim como a Aula Régia, enorme e ricamente decorado, com colunas coríntias e um friso. Ele se abria para dois pátios com fontes para o norte e para o sul[2].

Destino

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O poeta Estácio, contemporâneo de Domiciano, descreveu o esplendor do Palácio Flávio em "Silvae" (IV, 2):

Incrível e vasto é o edifício, não apenas por uma centena de colunas, mas por tantas quantas seriam necessárias para segurar os deuses e o céu se Atlas fosse dispensado. O vizinho palácio do Trovoador boceja para ele e os deuses se regozijam por você estar alojado em uma moradia assim [...]: tão grande é a distância pela qual se estende a estrutura e é o alcance do vasto salão, maior do que o de uma planície aberta, abarcando muito céu e inferior apenas que a de seu mestre.[4]

Os estudiosos geralmente identificam esta sala com o triclínio, mas é possível que seja também a Aula Régia, famosa justamente pela quantidade de colunas[2].

O Palácio Flávio foi um dos muitos projetos de construção de Domiciano, que incluíam ainda o Palácio Augusto, uma melhoria no Circo Máximo, uma contribuição para o Panteão, três templos para os membros da dinastia flaviana deificados (o Templo de Vespasiano e Tito, o Pórtico dos Deuses e o Templo dos Flávios[2]. Ele construiu ainda o Estádio de Domiciano e o Odeão de Domiciano.

Galeria

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Referências

  1. The Cambridge Ancient History. Vol. XI. Cambridge: Cambridge University Press, 2000. (em inglês)
  2. a b c d Darwall-Smith, Robin Haydon. Emperors and Architecture: A Study of Flavian Rome. Brussels: Latomus Revue D'Etudes Latines, 1996. (em inglês)
  3. Robathan, Dorothy M. "Domitian's 'Midas-Touch'". Transactions and Proceedings of the American Philological Association 73 (1942): 130-144. (em inglês)
  4. Estácio. Silvae IV. Trad. K.M. Coleman. Oxford: Clarendon Press, 1988. (em inglês)

Ligações externas

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