Palácio das Artes
O Palácio das Artes, vinculado à Fundação Clóvis Salgado, é o maior centro de produção, formação e difusão cultural de Minas Gerais e um dos maiores da América Latina. Está localizado em Belo Horizonte e ocupa uma área 18.000 m² dentro do Parque Municipal Américo Renné Giannetti.[1][2]
Palácio das Artes | |
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O Palácio das Artes, com acesso pela avenida Afonso Pena | |
Informações gerais | |
Tipo | Centro cultural |
Estilo dominante | Arquitetura moderna |
Arquiteto | Oscar Niemeyer e Hélio Ferreira Pinto |
Início da construção | 1942 |
Fim da construção | 2016 |
Inauguração | 14 de março de 1971 (53 anos) |
Proprietário atual | Governo do estado de Minas Gerais |
Website | www.fcs.mg.gov.br |
Área | 18,000 m² |
Geografia | |
País | Brasil |
Cidade | Belo Horizonte |
Coordenadas | 19° 55′ 33″ S, 43° 56′ 01″ O |
Localização em mapa dinâmico |
Inaugurado em 1971, foi projetado originalmente por Oscar Niemeyer. O complexo cultural dispõe de recursos cênicos e acústicos de elevado padrão técnico para a montagem de óperas, peças teatrais, concertos, espetáculos de dança e shows de música popular, além de salas adequadas e confortáveis para exposições, exibição de filmes, lançamento de livros, palestras, congressos e seminários.[3][4][5]
É sede oficial da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, do Coral Lírico de Minas Gerais e da Cia. de Dança Palácio das Artes, além de abrigar o Centro de Formação Artística e Tecnológica (CEFART), com cursos básicos e profissionalizantes de música, dança e teatro.
História
editarNa década de 40, o Teatro Municipal de Belo Horizonte, inaugurado em 1909, apresentava sinais de desgaste. Considerando o contexto de vida da cidade, o prefeito Juscelino Kubitschek propôs a criação de um novo teatro. O edifício de 1909, localizado na esquina das ruas Bahia e Goiás, foi então reformado e transformado em cinema, sendo entregue em 1942 e passando a chamar-se Cine Teatro Metrópole.[6][7]
As obras do novo Teatro Municipal foram iniciadas em 1942. Com projeto original de Oscar Niemeyer, que idealizou o teatro voltado para o centro do terreno do Parque Municipal e ligado à avenida Afonso Pena por uma passarela de concreto, as obras foram paralisadas em 1945. Para preencher a lacuna cultural, foi construído, em 1950, o Teatro de Emergência, depois batizado Teatro Francisco Nunes. Outros prefeitos sucederam Juscelino Kubitschek, porém poucas tentativas de conclusão das obras do novo Teatro Municipal foram feitas.[8]
Em 1955 o projeto do teatro foi reformulado pelo arquiteto Hélio Ferreira Pinto, que voltou o acesso do edifício para a avenida Afonso Pena, sem a passarela originalmente idealizada. Além disso, o projeto foi redimensionado, abrigando, além do teatro já projetado por Niemeyer, sala de exposição, museu de gravura e anfiteatro.[7]
Em 1966 o governador Israel Pinheiro assumiu o compromisso de concluir a obra. Para tanto, foi formada a Comissão do Palácio das Artes, com papel fundamental nos novos rumos da casa e poder de elaborar os estatutos que viriam a subsidiar a criação da Fundação Palácio das Artes. A obra foi entregue em blocos, porém o complexo foi inaugurado oficialmente em 14 de março de 1971 com a abertura do Grande Teatro do Palácio das Artes, onde foi apresentado O Messias, de Händel, com regência de Isaac Karabtchevsky.[8]
No ano de 1978, Fundação Palácio das Artes passou a chamar-se Fundação Clóvis Salgado, homenageando à atuação de Clóvis Salgado, médico, professor e político que foi o responsável maior pelo levantamento dos recursos financeiros para a retomada das obras e conclusão do complexo.[7]
Posteriormente foram criados outros espaços no complexo cultural: em 1978 foi construído o Cine Humberto Mauro, em 1984 o Teatro João Ceschiatti e a Galeria Arlinda Corrêa Lima. No ano de 1993 foi construída a Sala Juvenal Dias e em 2016 a Galeria Mari’Stella Tristão.[7]
No dia 7 de abril de 1997 um incêndio atingiu o Grande Teatro do Palácio das Artes. Cadeiras e o teto foram destruídos pelo fogo. Não houve mortos nem feridos, pois o teatro estava vazio no momento do acidente. Na reconstrução do teatro, foram incorporadas características novas que o qualificaram como um dos mais modernos e avançados teatros do Brasil.[9][10][11]
Insfraestrutura
editarO conjunto arquitetônico é composto por teatros, salas de cinema e galerias de arte.[3]
- Teatros e salas de concerto
- Grande Teatro
- Sala Juvenal Dias
- Teatro João Ceschiatti
- Cinema
- Cine Humberto Mauro
- Galerias de arte
- Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard
- Galeria Genesco Murta
- Galeria Arlinda Corrêa Lima
- Espaço Mari'Stella Tristão
- Biblioteca
- Biblioteca
- Centro de Informação e Pesquisa João Etienne Filho
- Hemeroteca
- Musicoteca
Além desses espaços, existem os jardins internos do palácio e o Foyer do Grande Teatro (onde acontecem também eventos culturais de vários tipos).[3] No Foyer estão localizados o café e a Livraria Usina das Letras.
Ver também
editarReferências
- ↑ «Fundação Clóvis Salgado celebra 45 anos de atividade com programação especial». Portal UAI - O Grande Portal dos Mineiros. 30 de agosto de 2015
- ↑ «Palácio das Artes - Fundação Clóvis Salgado». belohorizonte.mg.gov.br. Consultado em 15 de abril de 2017
- ↑ a b c «Palácio das Artes - Fundação Clóvis Salgado». Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. 14 de outubro de 2016
- ↑ «FCS: Apresentação». Fundação Clóvis Salgado. 30 de agosto de 2015
- ↑ «FCS: História». Fundação Clóvis Salgado. 30 de agosto de 2015
- ↑ Mansur, Carolina (28 de dezembro de 2013). «Polêmica sobre preservação de antigos cinemas de BH também já ocorreu há 30 anos». em.com.br. Consultado em 15 de abril de 2017
- ↑ a b c d «Fundação Clóvis Salgado - História». Fundação Clóvis Salgado. 16 de dezembro de 2016. Consultado em 15 de abril de 2017
- ↑ a b Werneck, Gustavo (30 de agosto de 2015). «Fundação Clóvis Salgado celebra 45 anos de atividade com programação especial». uai.com.br. Consultado em 15 de abril de 2017
- ↑ Agência Folha (7 de abril de 1997). «Incêndio destrói Palácio das Artes em Belo Horizonte». UOL - Brasil Online. Consultado em 20 de outubro de 2016
- ↑ Gustavo Werneck (30 de agosto de 2015). «Funcionários do Palácio das Artes relembram histórias do teatro». Portal UAI - O Grande Portal dos Mineiros. Consultado em 20 de outubro de 2016. Cópia arquivada em 18 de outubro de 2016
- ↑ «Quase cinco décadas de arte no Grande Teatro do Palácio das Artes». Agência Minas. 15 de março de 2016. Cópia arquivada em 13 de julho de 2016