Palácio do Horto Florestal
O Palácio do Horto Florestal é a antiga residência oficial de verão do governador do Estado de São Paulo. Localiza-se no Horto Florestal da cidade de São Paulo, no sopé da Serra da Cantareira. O edifício foi erguido na década de 1930, para servir de sede ao administrador do então Serviço Florestal (atual Instituto Florestal). Em 1949, um decreto do governo o transformou em residência de verão.
Palácio do Horto Florestal | |
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Informações gerais | |
Tipo | Palácio |
Inauguração | década de 1930 |
Geografia | |
País | Brasil |
Localização | Horto Florestal - São Paulo, SP Brasil |
Além de hospedar autoridades políticas à época, o palácio integrava o Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo, conjuntamente com o Palácio dos Bandeirantes (sede do poder executivo estadual) e o Palácio Boa Vista (residência de inverno do governador, em Campos do Jordão). Possui um acervo de estudos botânicos, pinturas de paisagens e flores, mobiliário de madeiras nobres e espécies vegetais raras, aberto à visitação mediante agendamento.
Histórico
editarEm 1890, visando à preservação da mata e dos mananciais da região da Serra da Cantareira, ao norte da cidade de São Paulo, o governo do estado, sob a gestão de Bernardino de Campos, desapropriou várias fazendas existentes na área, entre elas a Pedra Branca, pertencente ao comerciante Pedro Borges. À época, uma comissão mista de especialistas, integrada por Alberto Loefgren, Orville Derby e Ramos de Azevedo, entre outros, emitiu parecer segundo o qual a fazenda desapropriada seria ideal para sediar o Horto Botânico de São Paulo. Inaugurado a 10 de fevereiro de 1896, o parque receberia algum tempo depois a administração do Serviço Florestal.[1]
Na década de 30, ergueu-se uma edificação próxima ao lago do Horto, com o objetivo de ser a casa do administrador do Serviço Florestal. Em 1949, entretanto, por sua localização privilegiada, bem como pelo clima ameno, o local foi transformado por decreto em residência de verão do governador, durante a gestão Ademar Pereira de Barros.
Desde então, o Palácio passou por diversas reformas, a mais recente março de 1985, para alojar o presidente eleito Tancredo Neves. Dentre os ex-governadores que se hospedaram no palácio estão Jânio Quadros, Abreu Sodré, André Franco Montoro, e, mais recentemente, Orestes Quércia e Luiz Antônio Fleury Filho.[1]
O palácio
editarO Palácio do Horto possui arquitetura eclética, congregando elementos internos de chalés suíços com o exterior em estilo inglês. Em alusão às características de sua fachada, o edifício é por vezes denominado “Casa das Janelas Verdes”. Seus cômodos exibem valiosas gravuras, mobiliário nobre e espécimes raros. No entorno da residência há um amplo jardim, com 90% de árvores nativas, separado da área do Horto Florestal.
Na década de 60, construiu-se um edifício anexo, destinado a abrigar os policiais militares durante a estadia de governadores e outras autoridades, denominado Casa da Guarda. Atualmente, é um destacamento fixo da Polícia Militar de São Paulo.[1]
Acervo
editarO acervo do Palácio do Horto tem origem nas aquisições feitas na década de 70 pelo governo do estado para decorar suas instalações, além da reorganização das coleções de objetos históricos e artísticos empreendida após a criação oficial do Acervo dos Palácios do Governo de São Paulo, em meados da década de 80.
Compõe-se de pinturas de artistas brasileiros, como Cláudio Tozzi e Di Cavalcanti, retratando paisagens, flores e animais, em conformidade com o ambiente onde o palácio se insere. Também possui mobiliário e objetos de arte aplicada, com objetivo decorativo e funcional. Não obstante, o destaque maior da coleção cabe a um raro e amplo conjunto de litografias de estudos botânicos, executados por João Barbosa Rodrigues, referentes à catalogação de diversas espécies de palmeiras encontradas no território nacional.[2]
Ver também
editarReferências
Bibliografia
editar- Comissão de Patrimônio Cultural da Universidade de São Paulo (2000). Guia de Museus Brasileiros. São Paulo: Edusp. 417 páginas
- Silva, Heloísa Barbosa; et al. (1994). Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo
- Valladares, Clarival do Prado (1998). Acervo Palácio Bandeirantes. São Paulo: Serasa