Parazinho
Parazinho é um município no estado do Rio Grande do Norte, Brasil.
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | parazinhense | ||
Localização | |||
Localização de Parazinho no Rio Grande do Norte | |||
Localização de Parazinho no Brasil | |||
Mapa de Parazinho | |||
Coordenadas | 5° 13′ 22″ S, 35° 50′ 16″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Rio Grande do Norte | ||
Municípios limítrofes | João Câmara, São Bento do Norte, Caiçara do Norte, Pedra Grande, Jandaíra, São Miguel do Gostoso e Touros | ||
Distância até a capital | 111 km | ||
História | |||
Emancipação | 8 de maio de 1962 (62 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Carlos Veriano de Lima[1] (Progressistas, 2021–2024) | ||
Vereadores | 9 | ||
Características geográficas | |||
Área total [2] | 231,007 km² | ||
População total (censo IBGE/2022[2]) | 4 801 hab. | ||
• Estimativa (2024[2]) | 4 940 hab. | ||
Densidade | 20,8 hab./km² | ||
Clima | Semiárido | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
CEP | 59586-000 | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[2]) | 0,549 — baixo | ||
PIB (IBGE/2021[3]) | R$ 606 241,15 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2021[3]) | R$ 114 234,25 | ||
Sítio | www cmparazinho |
Histórico
editarO povoado nasceu numa simples fazenda de gado edificada em terreno seco e com difícil acesso à água, porém localizado numa área de grande produção algodoeira, núcleo de convergência das safras da Serra Verde. Com a alta produção do algodão na região que tinha à frente o dinâmico líder João Severiano da Câmara, o território começava a crescer com o grande número de pessoas que lá chegavam e que transformaram o povoado num acampamento mercantilista, centro de negócios e escritório comercial, lugar que recebia e expedia o algodão para a sede do município. No ano de 1930, o povoado de Parazinho já contava com a infraestrutura de poço tubular, capela, escola e mais de 500 habitantes. O comércio se tornara mais intenso e já contava com armazéns, lojas e a realização de concorridas feiras.
Entretanto, há uma outra opinião histórica, reproduzida por moradores antigos de João Câmara e região, no discurso, o conhecimento popular afirma que famílias descendentes de militares holandeses desertores, que durante o domínio holandês, se uniram com nativos - índios, descendentes de portugueses e de franceses -, e que, após as tropas holandesas serem expulsas por Portugal, a perseguição religiosa por parte da Igreja Católica contra os holandeses (os holandeses eram, em sua maioria, calvinistas), que constituíram família, e fizeram do Rio Grande do Norte sua casa, obrigaram os holandeses irem para o interior do estado, saindo da região canavieira de Ferreiro Torto, Cunhaú, Uruaçu, Extremoz e Guaraíras.
Uma dessas famílias que migraram para o interior, para a região do Seridó, foram a família Utrecht, sangue puros holandeses, que por segurança, adotaram o sobrenome Dutra, sobrenome aportuguesado, ibérico.
As gerações seguintes dos Dutra foram os Bezerra, Freitas, Avelino, Barbosa, por conta dos casamentos. Que se espalharam pelo interior do estado, chegando os Avelino e os Bezerra de Freitas na região da Baixa Verde, como posseiros e agricultores de algodão e agave, fizeram suas casas de pau a pique (barro e madeira), no Centro de Parazinho, Exu Queimado, Assentamento e Limão.
Em 8 de maio de 1962, através da Lei nº 2.753, Parazinho desmembrou-se de Baixa Verde (hoje João Câmara), e tornou-se município.
Geografia
editarLimita-se com Caiçara do Norte, São Bento do Norte e Pedra Grande; João Câmara a sul; São Miguel do Gostoso a leste e Jandaíra a oeste. Ocupa 231,007 km² de área[2] (0,4374% da superfície estadual), dos quais 1,3782 km² constituem a área urbana.[4]
O relevo local é plano e está inserido na Chapada da Serra Verde, entre os tabuleiros costeiros e o embasamento cristalino, este chamado de "sertão de pedras". A geologia é marcada por sedimentos da formação Jandaíra e do Grupo Barreiros, ambos na área de abrangência da Bacia Potiguar, originária da Idade Cretácea, há cerca de 80 milhões de anos.[5] Quanto aos solos, predominam o cambissolo e as areias quartzosas,[6] esta última chamada de neossolo no atual Sistema Brasileiro de Classificação de Solos,[7] ocorrendo também o solo podzólico vermelho-amarelo equivalente eutrófico[6] ou luvissolo.
Na hidrografia, todo o município se situa na faixa litorânea leste de escoamento difuso, com pequenos corpos hídricos que escoam em direção ao oceano, sem que haja uma área de drenagem delimitada pelos divisores de águas como nas bacias hidrográficas.[8] O clima, por sua vez, é semiárido,[5] com chuvas concentradas entre março e julho. Segundo dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), que possui dados pluviométricos de Parazinho desde 1992, o maior acumulado em 24 horas atingiu 190,5 mm em 7 de julho de 2018.[9]
Dados climatológicos para Parazinho | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima recorde (°C) | 35,1 | 36,5 | 34,5 | 33,7 | 34,5 | 33,8 | 34,2 | 34,7 | 35 | 35,7 | 35,9 | 35,5 | 36,5 |
Temperatura mínima recorde (°C) | 22,1 | 21,1 | 22,6 | 21,9 | 21,2 | 20,9 | 21,1 | 20,1 | 20,3 | 21,4 | 22,3 | 22,4 | 20,1 |
Precipitação (mm) | 64,4 | 58,9 | 114,8 | 126,5 | 66,3 | 56 | 77,1 | 6,5 | 7 | 3 | 0,3 | 2,7 | 583,5 |
Fonte: EMPARN (médias de precipitação: 1992-2020;[9] recordes de temperatura: 23/07/2021 a 04/09/2023)[10] |
Referências
- ↑ Prefeito e vereadores de Parazinho tomam posse Portal G1 - acessado em 2 de janeiro de 2021
- ↑ a b c d e IBGE. «Brasil | Rio Grande do Norte | Parazinho». Consultado em 2 de novembro de 2024
- ↑ a b IBGE. «Produto Interno Bruto dos Municípios | Ano: 2021». Consultado em 2 de novembro de 2024
- ↑ IBGE (2019). «Tabela 8418 - Áreas urbanizadas, Loteamento vazio, Área total mapeada e Subcategorias». Consultado em 2 de novembro de 2024
- ↑ a b IDEMA-RN. «Perfil do seu município: Parazinho» (PDF). Consultado em 2 de novembro de 2024
- ↑ a b EMBRAPA. «Mapa Exploratório-Reconhecimento de solos do município de Parazinho, RN» (PDF). Consultado em 2 de novembro de 2024
- ↑ JACOMINE, Paulo Klinger Tito. A nova classificação brasileira de solos. Anais da Academia Pernambucana de Ciência Agronômica, v. 5, p. 161-179, 2009.
- ↑ SILVA, Bruno Lopes da; TROLEIS, Adriano Lima. A estrutura hídrica do território do Rio Grande do Norte: uma análise sistêmica. Sociedade e Território, v. 31, n. 2, p. 73-96, 7 jan. 2020.
- ↑ a b EMPARN. «Relatório pluviométrico». Consultado em 2 de novembro de 2024
- ↑ EMPARN. «Relatório de variáveis meteorológicas». Consultado em 2 de novembro de 2024