Parque Estadual Rio Negro Setor Norte
O Parque Estadual Rio Negro Setor Norte fica no estado do Amazonas, região norte do Brasil, e possui uma área de 178.620 ha. Foi estabelecido pelo Decreto 16.497, de 2 de abril de 1995. O parque engloba 5 % da área do município de Novo Airão, que é de 37.771,246 km².
Parque Estadual Rio Negro Setor Norte | |
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Categoria II da IUCN (Parque Nacional) | |
Dados | |
Criação | 2 de abril de 1995 |
Gestão | Centro Estadual de Unidades de Conservação do Amazonas |
Dentro do Parque está localizada a cidade fantasma de Velho Airão.
Localização
editarO Trecho Norte do Parque Estadual do Rio Negro fica no município de Novo Airão, no estado do Amazonas. Tem uma área de 146.028 hectares (360.840 acres) e um perímetro de 237,15 quilômetros (147,36 milhas).[1] Fica a 167 quilômetros (104 milhas) de Manaus, e é acessado por barco a partir do Rio Negro.[2]
A nordeste, o parque estadual é limitado pela margem direita do Rio Negro. O parque estadual é adjacente ao Parque Nacional do Jaú ao longo de seu limite noroeste. A maior parte dessa fronteira segue o rio Carabinani, que flui para nordeste para desaguar no rio Jaú alguns quilômetros antes desse rio entrar no rio Negro. O parque estadual faz divisa com a Área de Proteção Ambiental da Margem Direita do Rio Negro ao longo de seu limite sudeste, formado pelo rio Puduari.[2] O terreno atinge uma elevação máxima de 108 metros (354 pés) na bacia hidrográfica no centro do parque.[3]
Ambiente
editarA região onde se encontra o Setor Norte do Parque Estadual do Rio Negro tem clima tropical úmido com temperaturas médias mensais não inferiores a 18 °C (64 °F). A precipitação mensal é maior em abril, com uma média de cerca de 400 milímetros (16 in) e menor em agosto, com cerca de 150 milímetros (5,9 in).[4] O parque inclui mata aberta de igapó, matas de terra firme mais altas e matas de campinarana. 13% é floresta tropical aberta e 87% floresta tropical densa.[5] Espécies de Euterpe catinga e Bactris são encontradas na campinarana. Os economicamente úteis Mezilaurus itauba e Heteropsis flexuosa são encontrados na floresta de terra firme.[5]
Existem diversas espécies aquáticas, incluindo as espécies Arapaima gigas e Cichla. Já foram identificadas cerca de 30 espécies de abelhas e 100 de formigas.[5] Existem mais de 200 espécies de aves, incluindo o raro cuco peixe-frito-pavonino (Dromococcyx pavoninus), o urumutum (Nothocrax urumutum), o papa-capim-de-coleira (Dolospingus fringilloides) e a maria-da-campina (Hemitriccus inornatus).[5] As ameaças incluem extração de lianas, cascalho e areia, pesca comercial, exercícios militares, caça, extração de madeira e turismo não regulamentado.[1]
Notas
editarFontes
editar- CEC Central da Amazônia (em português), ISA: Instituto Socioambiental, acessado em 17/10/2016
- Lista completa: PAs suportados pela ARPA, ARPA, recuperados em 2016-08-07
- Parque Estadual do Rio Negro - Setor Norte (em português), Via Rural, acessado em 25/06/2016
- PES do Rio Negro Setor Norte (em português), ISA: Instituto Socioambiental, acessado em 25/06/2016
- Sérgio Henrique Borges; Yara da Rocha Camargo; Clarice Bassi; Marcelo Paustein Moreira; Simone Iwanaga; Marcelo Garcia (agosto de 2008), Plano de Gestão do Parque Estadual Rio Negro Setor Norte (PDF) (em português), vol. I - Diagnóstico da Unidade de Conservação, Manaus, acessado em 25/06/2016
- Thiago Mota Cardoso (2010), Depoimento: o mosaico do baixo rio Negro (em português), IPÊ-Instituto de Pesquisas Ecológicas, acessado em 11/10/2016