Parque da Represa (São José do Rio Preto)
O Parque da Represa Municipal é o mais importante parque urbano de São José do Rio Preto, Estado de São Paulo. Foi inaugurado em 1º de outubro de 1955 e é considerado o cartão postal da cidade.
Parque da Represa Municipal
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Parque da Represa Municipal de São José do Rio Preto. | |
Localização | Zona leste de São José do Rio Preto |
Tipo | Público |
Inauguração | 1º de outubro de 1955 |
Administração | Prefeitura de São José do Rio Preto |
Nº de visitas anuais | Sete mil visitantes por dia[1] |
Administrado pela Secretaria do Meio Ambiente da Prefeitura de São José do Rio Preto, sua represa é responsável pelo abastecimento de 20% a 25% da água que chega aos moradores do município, após tratamento no Palácio das Águas.
O local conta com uma pista de caminhada com 2,7 mil metros lineares, equipamentos de ginástica para alongamento e musculação e quiosques destinados ao lazer de famílias e crianças em excursões escolares.
Mais de dez espécies de animais silvestres, mamíferos e peixes e uma grande diversidade de algas e plantas que compõem o ecossistema do parque.
Em 2007, com 5.114 votos, a Represa Municipal foi eleita uma das sete maravilhas de São José do Rio Preto[1]. A fonte luminosa musical instalada em suas águas é a segunda maior do país, só é menor que a do Parque do Ibirapuera, em São Paulo. O enfeite possui mais de 30 jatos de água com alcance de aproximadamente 15 metros de altura[2].
Represa Municipal de São Jose do Rio Preto
editarEm 1944, teria ocorrido um episódio envolvendo o interventor federal Fernando Costa e a primeira-dama rio-pretense Chiquinha Domingues, mulher do prefeito Ernani Pires Domingues, quando ela serviu a ele um copo de água da torneira. Assustado como a cor vermelha da água, o governador foi surpreendido por ela que lhe disse, categoricamente: "essa é a água que o povo de Rio Preto bebe".
Diante disto, Fernando Costa teria prometido verbas para que o tratamento de água em São José do Rio Preto fosse iniciado. O dinheiro, no entanto, não veio. Os recursos só chegariam anos mais tarde, em 1948, quando Cenobelino de Barros Serra se tornaria o primeiro prefeito eleito pelo voto direto. Para construir o Palácio das Águas e a Represa Municipal os prefeitos Cenobelino e Philadelpho Gouvêa Netto enfrentaram vários problemas políticos e financeiros. No setor econômico, buscaram empréstimos e quase privatizaram novamente os serviços. Por outro lado, o vereador Felippe Lacerda tinha oposição ferrenha ao local escolhido para receber a estação de tratamento, afirmando, constantemente, que as máquinas seriam alvo das enchentes do córrego Canela. Cenobelino então começou as obras da Represa Municipal e da estação de tratamento, que foram inauguradas no dia 1º de outubro de 1955, no governo de Philadelpho Gouvêa Netto.
A entrada em funcionamento da estação de tratamento e a consequente captação de água da represa permitiram ao município mais qualidade no serviço de abastecimento. Mas o crescimento desordenado colocou o serviço municipal de água novamente em xeque. Se no passado o manancial era vítima do grande volume de terra das lavouras carreado pelas chuvas, as décadas de urbanização e avanço imobiliário no município se encarregaram de minar aos poucos a frágil vida aquática, desprovida de mata ciliar. A Represa Municipal encolheu em 42,6% a sua capacidade de armazenamento de água desde 1955, quando foi criada[3].
No relatório sobre estudo de urbanização da cidade realizado no ano de 1958 pelo engenheiro Heitor José Eiras Garcia foi apontado, como uma das principais falhas do planejamento da cidade, a falta de espaços livres públicos. Assim, o engenheiro propôs, no plano de urbanização, a construção de praças e de um parque municipal nos terrenos marginais à represa com atividades voltadas para a população.
Duas décadas após o estudo do engenheiro, o poder público municipal consolida algumas iniciativas a respeito, com a contratação, em 1977, dos arquitetos Jamil José Kfouri e Mithes I. Soares Baffi para realizarem um planejamento paisagístico para São José do Rio Preto. No relatório "Estudo Preliminar das Áreas Verdes e Espaços Abertos de São José do Rio Preto", os arquitetos contemplavam um conjunto de projetos e de medidas de proteção do rio Preto e do córrego Piedade, incluindo o projeto de um parque linear ao longo dos cursos d’água o qual foi melhor detalhado em 1980, por Jamil José Kfouri[4].
No projeto, a projeção de três lagos: o Lago I, localizado na região do Complexo Swift de Educação e Cultura, do Teatro Municipal Paulo Moura e do Anfiteatro Nelson Castro; o Lago II, que fica junto aos quiosques e principais equipamentos do parque; e o Lago III, posicionado em frente à Avenida Nadima Dahma.
Em 1988, o parque recebeu significativa revitalização próximo à área da Swift e um novo paisagismo, entre 1990 e 1991[5].
Em 2011, são implantadas ciclovias e pistas de caminhada ao longo do parque.
Área
editarNa dependências do Parque da Represa Municipal encontram-se:
Ver também
editarReferências
- ↑ a b Diarioweb. «69.587 votos elegem as 7 maravilhas de Rio Preto». Consultado em 25 de fevereiro de 2014. Arquivado do original em 5 de março de 2014
- ↑ O Globo. «São José do Rio Preto ganha fonte luminosa». Consultado em 26 de fevereiro de 2014
- ↑ Diarioweb. «Represa Municipal: cartão postal». Consultado em 25 de fevereiro de 2014. Arquivado do original em 5 de março de 2014
- ↑ Revista Tópos - V. 6, n° 1, p. 130 - 148, 2012. «Arlete Maria Francisco; Mayra Fernandes: O parque setorial de São José do Rio Preto e a conformação de um sistema de espaços livres públicos na cidade contemporânea». Consultado em 25 de fevereiro de 2014
- ↑ Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto. «Represa Municipal». Consultado em 25 de fevereiro de 2014