Paulo Abi-Ackel
Paulo Abi-Ackel (Belo Horizonte, 21 de junho de 1963) é advogado e político brasileiro, filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). É casado com Janaina Ortiga Abi-Ackel e pai de Nathália Abi-Ackel de Castro, Paulo Abi-Ackel Filho e Sofia Abi-Ackel. Elegeu-se deputado federal para a 53ª (2007-2011), a 54ª (2011-2015), a 55ª (2015-2019), a 56ª (2019-2023) e 57ª (2023-2027) legislaturas da Câmara dos Deputados, ocupando seu quinto mandato consecutivo como deputado federal. É filho de Ibrahim Abi-Ackel, ex-ministro da Justiça e ex-deputado federal.
Paulo Abi-Ackel | |
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O deputado Abi-Ackel discursa no Congresso | |
Deputado Federal por Minas Gerais | |
No cargo | |
Período | 1.º de fevereiro de 2007 a atualidade (5 mandatos consecutivos) |
Dados pessoais | |
Nome completo | Paulo Abi-Ackel |
Nascimento | 21 de junho de 1963 (61 anos) Belo Horizonte, MG |
Nacionalidade | brasileiro |
Progenitores | Mãe: Jacéa Cahú Abi-Ackel Pai: Ibrahim Abi-Ackel |
Partido | PDS (1986-1993) PPR (1993-1995) PPB (1995-2000) PTB (2000-2005) PSDB (2005-presente) |
Profissão | advogado , político |
Biografia
editarFormado em direito pela Faculdade Milton Campos (1989), em Belo Horizonte, Paulo Abi-Ackel exerceu a profissão nas áreas de direito criminal e eleitoral. Foi sócio do escritório Abi-Ackel Advogados Associados, que dirigiu por mais de 20 anos, afastando-se em 2006 para assumir o recém conquistado mandato de deputado federal. Por um período, foi membro substituto do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, nomeado na classe dos Juristas.
Seu pai, Ibrahim Abi-Ackel, atuou na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e no Congresso Nacional e como Ministro da Justiça no governo militar do presidente João Figueiredo. Ibrahim Abi-Ackel atuou como deputado estadual por três legislaturas (1963 e 1975) e na Câmara Federal de 1975 a 2006. Durante os anos 90, Ibrahim Abi-Ackel enfrentou pedido para abertura de processo por peculato, por conta de acusação contra seu filho, Paulo Abi-Ackel. O filho teria mantido escritório de advocacia em que protelava extradições ou obtinha vistos de residente para estrangeiros que dependiam de decisões do pai, ministro da justiça.[1]
Carreira Política
editarIniciou em 2006, quando elegeu-se pela primeira vez deputado federal, pelo PSDB de Minas Gerais, conquistando mais de 126 mil votos.
Em 2008, foi designado vice-líder do PSDB na Câmara e em janeiro de 2009 assumiu pela primeira vez a presidência do partido em Minas Gerais. Foi líder da Minoria em 2011.
Sempre considerado pelos órgãos de acompanhamento da atividade parlamentar como um dos mais influentes parlamentares do Congresso Nacional, tem sido destacado por 15 anos consecutivos como um dos “Cabeças do Congresso” pela publicação do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP), que acompanha as atividades do Congresso há 40 anos. Nas últimas publicações, Paulo Abi-Ackel é relacionado na categoria dos formuladores, parlamentares capazes de determinar a agenda legislativa do Congresso Nacional.
Foi membro da Comissão Especial de impeachment da Presidente Dilma Rousseff e responsável pelo encaminhamento da matéria pelo PSDB na Comissão e no Plenário. Já no Governo Michel Temer, votou a favor da PEC do Teto dos Gastos Públicos, para estabelecer um limite de despesas anuais. Em abril de 2017 votou favorável à Reforma Trabalhista. Em agosto de 2017, Abi-Ackel tornou-se relator, na Comissão de Constituição e Justiça, da primeira solicitação de autorização de instauração de processo criminal contra o então Presidente da República Michel Temer, o primeiro caso de pedido de afastamento feito pelo Procurador Geral da República da história e cujo relatório pela rejeição da denúncia, em face de sua aprovação, evitou o afastamento imediato do Presidente da República.
Em 2019, participou do Grupo de Trabalho que reescreveu o Pacote Anticrime do então Ministro da Justiça Sérgio Moro, atualizando parte da Legislação Penal Brasileira. Abi-Ackel também participou da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas. Ainda em 2019, no mês de Abril, Paulo Abi-Ackel voltou a ser eleito como presidente do PSDB em Minas Gerais, posto que ocupa até hoje.
Na ocasião das prévias do PSDB para indicação de candidato à Presidente da República, Abi-Ackel movimentou seus correligionários do partido em favor da candidatura de Eduardo Leite, que foi derrotado por João Dória.[2] Abi-Ackel é aliado de Aécio Neves, também membro importante do PSDB mineiro.[3]
Paulo Abi-Ackel votou a favor da Reforma da Previdência e da autonomia do Banco Central. Votou a favor da privatização dos Correios, mas contra a da Eletrobrás. Votou a favor da PEC dos Precatórios. Votou a favor da suspensão do mandato de Wilson Santiago (PTB), acusado de corrupção.[4]
Em outubro de 2022 se elegeu para seu quinto mandato como deputado federal por Minas Gerais, com 105.383 votos.[5]
Condecorações
editar- Paulo Abi-Ackel conquistou as mais relevantes condecorações mineiras por serviços prestados à população. Recebeu, da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), a medalha “Alferes Tiradentes” e do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBMMG), a medalha da “Ordem do Mérito Imperador D. Pedro II”. Foi condecorado também com a Medalha da Inconfidência Mineira e do Dia do Estado de Minas.
Referências
- ↑ «Ackel é inocente no caso das turmalinas». Folha de S.Paulo. Folha de S.Paulo de 31 de dezembro de 1998. Consultado em 29 de julho de 2024
- ↑ Minas, Tribuna de (20 de setembro de 2021). «Abi-Ackel formaliza apoio dos tucanos mineiros à candidatura de Eduardo Leite». Tribuna de Minas. Consultado em 7 de fevereiro de 2022
- ↑ «Quem é Paulo Abi-Ackel, autor do parecer sobre a denúncia contra Temer que irá ao plenário da Câmara». GZH. 14 de julho de 2017. Consultado em 7 de fevereiro de 2022
- ↑ «O voto dos deputados | Política». G1. Consultado em 7 de fevereiro de 2022
- ↑ «Minas Gerais reelege 37 deputados; PL e PT terão as maiores bancadas - Notícias». Portal da Câmara dos Deputados. Consultado em 5 de outubro de 2022