Paulo Emílio (treinador de futebol)
Paulo Emílio Frossard Jorge[1], mais conhecido como Paulo Emílio (Espera Feliz, 3 de janeiro de 1936 — São José dos Campos, São Paulo, 17 de maio de 2016), foi um futebolista, que atuou como zagueiro, e treinador de futebol brasileiro.
Informações pessoais | ||
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Nome completo | Paulo Emílio Frossard Jorge | |
Data de nasc. | 3 de janeiro de 1936 | |
Local de nasc. | Espera Feliz, Minas Gerais, Brasil | |
Morto em | 17 de maio de 2016 (80 anos) | |
Local da morte | São José dos Campos, São Paulo, Brasil | |
Informações profissionais | ||
Posição | Treinador (ex-Zagueiro) | |
Clubes de juventude | ||
– – – |
Atlético Mineiro Flamengo Botafogo | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos (golos) |
– | Bonsucesso | |
Seleção nacional | ||
1960 | Seleção Carioca Universitária | |
Times/clubes que treinou | ||
1962 1963–1965 1965–1967 1967 1968 1969–1971 1972 1973 1974 1974 1975 1975 1976 1977 1977–1978 1978 1978 1979 1980 1980 1981 1981 1982 1982–1988 1983 1989 1990 1991 1991–1992 1993 1993 1994–1996 – – – – – |
Portuguesa Ypiranga Vitória Desportiva-ES Desportiva-ES America-RJ Nacional-AM Santa Cruz Remo Bahia Fluminense Santa Cruz Vasco da Gama Guarani Sporting Goiás Fluminense Paysandu Santa Cruz Botafogo Goiás Náutico Santos Taubaté Fortaleza São José-SP Fluminense Noroeste Al-Hilal Botafogo Atlético Paranaense Cerezo Osaka Portuguesa-RJ Criciúma Rio Branco-ES Seleção Capixaba Seleção Amazonense |
Carreira
editarComo jogador
editarPaulo Emílio começou a jogar futebol nas divisões de base do Atlético Mineiro, e quando a sua família se mudou para o Rio de Janeiro, chegou a treinar no Flamengo e no Botafogo, acabando por fazer alguns jogos como defesa-central (zagueiro) no Bonsucesso, mas a asma não permitiu que fosse mais longe e, assim, dedicou-se aos estudos, formando-se em Educação Física e Direito.
Como treinador
editarTinha apenas 26 anos de idade quando iniciou a sua longa carreira de treinador de futebol na Portuguesa, passando depois por clubes como o Vasco da Gama, Botafogo (2 vezes), Fluminense (3 vezes), Santos, Portuguesa-RJ, Guarani, Noroeste, Náutico, Santa Cruz (3 vezes), Atlético Paranaense, América Mineiro, America do Rio, Ypiranga, Vitória, São José-SP, Ferroviária (2 vezes), Nacional-AM (2 vezes), Bahia, Remo, Criciúma, Fortaleza, Goiás (2 vezes), Rio Branco-ES, Desportiva e Paysandu.
Conquistou vários títulos estaduais, atingindo o ponto alto da sua carreira, quando, em meados dos anos 1970, foi campeão carioca e bicampeão da Taça Guanabara, títulos que levaram o Sporting a contratá-lo para orientar a sua equipa principal na época de 1977-78. Na Desportiva foi o treinador no período de 51 partidas sem derrota.
Chegou a Portugal como um dos mais credenciados técnicos brasileiros da altura, quando João Rocha empreendia uma revolução no plantel leonino, tentando pôr termo a três anos de seca. Porém, os resultados não ajudaram, e em dezembro de 1977 foi despedido por telefone depois de ter resolvido ir passar o Natal em casa sem autorização, sendo então substituído pelo seu preparador físico, o professor Rodrigues Dias.
Para a história ficou como o técnico que iniciou a campanha que levou o Sporting à conquista da Taça de Portugal dessa temporada.
Regressou então ao Brasil onde prosseguiu a sua carreira. Em 1981, passou pelo Goiás[2] e pelo Naútico.[3] Em 1982, passou pelo Santos, sendo demitido após perder três jogos em quatro disputados.[4] E, ainda no mesmo ano, foi contratado pelo Fortaleza e foi campeão estadual no ano seguinte ao derrotar o Ferroviário.[5] Também teve uma passagem pelo Taubaté, quando dirigiu a equipe no Campeonato Paulista da Divisão Especial de 1983.[6]
Passou por outros clubes, que incluem o Fluminense em 1990, onde conseguiu chegar a final do Campeonato Carioca,[7] até voltar a aventurar-se no exterior, trabalhando na Arábia Saudita entre 1991 e 1992, com passagens em 1993 por Botafogo[7] e Atlético-PR,[8] até quem em 1994 foi para o Japão.
Depois de se retirar tornou-se um estudioso do futebol, proferindo diversas palestras e escrevendo o livro "Futebol dos Alicerces ao Telhado".[9]
Morreu em 17 de maio de 2016, aos 80 anos.[10]
Títulos
editar- Ypiranga
- Torneio Início da Bahia: 1963
- Desportiva-ES
- Campeonato Capixaba: 1967 (invicto)
- Torneio Início do Espírito Santo: 1967
- Taça Cidade de Vitória: 1968
- Nacional-AM
- Campeonato Amazonense: 1972
- Santa Cruz
- Campeonato Pernambucano: 1973
- Bahia
- Campeonato Baiano: 1974
- Fluminense
- Campeonato Carioca: 1975
- Taça Guanabara: 1975
- Taça Rio: 1990
- Vasco
- Taça Guanabara: 1976
- Sporting
- Taça de Portugal: 1977-78
- Paysandu
- Torneio Início do Pará: 1979
- Goiás
- Fortaleza
- Cerezo Osaka
- Japan Football League: 1994
Destaques
editar- Santa Cruz
- 4° Lugar no Campeonato Brasileiro (1975)
- São José-SP
- Vice-Campeonato Brasileiro - Série B (1989)
Referências
- ↑ ROZENBERG, Marcelo. «Que Fim Levou? Paulo Emílio». Consultado em 16 de setembro de 2015
- ↑ «Pega pra Ganhar». Abril. Placar (571): 28. Abril de 1981. Consultado em 16 de agosto de 2012
- ↑ «Emfim, Sangue Novo no Timão». Abril. Placar (585): 64. Julho de 1981. Consultado em 16 de agosto de 2012
- ↑ «Desvendamos a Máfia da Loteria Esportiva». Abril. Placar (648): 15. Outubro de 1982. Consultado em 16 de agosto de 2012
- ↑ «O Melhor Presente do Mundo Ser Campeão!». Abril. Placar (710): 48. Dezembro de 1983. Consultado em 16 de agosto de 2012
- ↑ «Novo técnico para espantar a crise». ValeParaibano. Abril de 1983
- ↑ a b «Guia dos Campeonatos Estaduais». Abril. Placar (1080): 26-27. Fevereiro de 1993. Consultado em 16 de agosto de 2012
- ↑ «É Hora de Decisão». Abril. Placar (1089): 6. Novembro de 1993. Consultado em 16 de agosto de 2012
- ↑ «Paulo Emílio». Terceiro Tempo. Consultado em 16 de agosto de 2012
- ↑ «Morre o ex-treinador Paulo Emílio, aos 80 anos, em São José dos Campos». Globoesporte/Globo.com. 17 de maio de 2016. Consultado em 18 de maio de 2016