Pedro Carneiro Pereira

Pedro Carneiro Pereira (Porto Alegre, 11 de março de 1938Viamão, 21 de outubro de 1973) foi um radialista e piloto de automóveis brasileiro. Além de automobilista e radialista, era o locutor oficial de esportes da Rádio Guaíba, foi advogado e publicitário, diretor da Standard Propaganda na região sul.[1]

Pedro Carneiro Pereira
Nascimento 11 de março de 1938
Porto Alegre, RS
Morte 21 de outubro de 1973 (35 anos)
Viamão, RS
Nacionalidade brasileiro
Ocupação radialista, piloto de automóveis, advogado e publicitário

O radialista

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Cursou a Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.[2] Começou a atividade de radialista na Rádio Clube Metrópole.[2] Em 1961 entrou na Rádio Guaíba, vindo da Rádio Difusora, inicialmente como locutor comercial e, em pouco tempo, já era o principal locutor esportivo da rádio.[2]

O automobilista

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Conheceu as corridas transmitindo algumas provas, inclusive as Mil Milhas Brasileiras, e começou a correr em 1962.[1] Correu com Volks e Gordini e, com "carreteira", participou de duas provas, sendo a última dessas a Prova Antoninho Burlamaque,[2] em 1966, entre Gravataí e Capão da Canoa. Até então, suas participações eram esporádicas, mas a partir de 1968 comprou um FNM/JK 2.000, da categoria turismo acima de 1.300cc. e passou a participar mais regularmente das competições.[1]

Com a inauguração do Autódromo de Tarumã, em Viamão, de cuja construção foi um dos maiores incentivadores,[2] comprou um Chevrolet Opala branco quatro portas, que Bird Clemente, de São Paulo, havia usado para estabelecer o recorde brasileiro de velocidade em linha reta.[1]

Foi também um dos 20 pilotos gaúchos a comprar o Bino Fórmula Ford em 1971, mesmo ano em que comprou o Opala.[1] Foi presidente da Federação Gaúcha de Automobilismo e do Automóvel Clube do Rio Grande do Sul, e uma das figuras mais importantes do automobilismo gaúcho dos anos 60 e 70.[1]

Em 1973, na quarta etapa do Campeonato Gaúcho de Turismo, no Autódromo de Tarumã, Pedro se envolveu num acidente com outro competidor, Ivã Iglesias: ao tentar ultrapassá-lo, os dois acabaram capotando, e os carros foram tomados pelo fogo, impedindo-os de escapar. Como os bombeiros não estavam equipados adequadamente para o resgate, os dois pilotos morreram.[3][2][4] Pedrinho, como era chamado, tinha 35 anos, era casado e tinha um filho e duas filhas. O fato marcou profundamente o povo gaúcho e, em especial, os meios de comunicação.[1]

Referência bibliográfica

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  • Pedro Carneiro Pereira, o Narrador de Emoções, de Leandro Martins[5]

Referências

  1. a b c d e f g Paulo Roberto Peralta (20 de novembro de 2005). «Pedro Carneiro Pereira». Bandeira Quadriculada. Consultado em 23 de março de 2016 
  2. a b c d e f Milton Ferretti Jung (24 de outubro de 2013). «40 anos da morte de Pedro Carneiro Pereira». Site pessoal de Mílton Jung. Consultado em 23 de março de 2016 
  3. Ricardo Chaves (em Almanaque Gaúcho) (21 de outubro de 2013). «Morte de Pedro Carneiro Pereira completa 40 anos». Zero Hora. Consultado em 23 de março de 2016 
  4. Milton Ferretti Jung (4 de outubro de 2012). «Lembranças de Pedro Carneiro Pereira». Globo Rádio. Consultado em 23 de março de 2016 
  5. «Pedro Carneiro Pereira, o Narrador de Emoções». Consultado em 24 de março de 2016. Arquivado do original em 9 de abril de 2016 
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