Pedro Vaz Rego
Pedro Vaz Rego (Campo Maior, 8 de março de 1670 – Évora, 8 de abril de 1736) foi um compositor e poeta português do Barroco.
Biografia
editarPedro Vaz Rego nasceu em Campo Maior no dia 8 de março de 1670, filho de Manuel Vaz Rego e Brites Lopes. Aprendeu Música e latim no seminário da Catedral de Évora com o mestre Diogo Dias Melgás.[1] Foi noviço no Convento de Santa Maria Scala Coeli de Évora da Ordem dos Cartuxos durante apenas onze meses, após os quais deixou a comunidade.[2] Ocupou inicialmente o cargo de mestre de capela da Sé de Elvas mas, em 1697, regressou a Évora para apoiar o seu antigo mestre que se encontrava doente. Este acaba por morrer em 1700, ficando Pedro Vaz Rego como seu sucessor como mestre de capela da Sé de Évora.[1] Acumulou este cargo com o de reitor do Seminário de Évora.[1]
Morreu na cidade de Évora no dia 8 de abril de 1736, ficando para a posteridade com um dos mais notáveis compositores da Escola de Évora.[1] Foi sepultado no Convento de Santa Maria Scala Coeli de Évora.[2]
Obra
editarDiogo Barbosa Machado lista na sua Biblioteca Lusitana as seguintes obras de Pedro Vaz Rego:[2]
Obra publicada
editar- 1690 – “Terremotos de Sicilia descritos em verso” (Évora: Oficina da Universidade)
- 1706 – “Relaçaõ das Festas com que a Cidade de Evora celebrou as alegres noticias que recebeo em 2 de Junho de 1706” (Évora: Oficina da Universidade)
- 1729 – “En ora buena, que dio Evora Ciudad a la Serenissima Señora Princeza del Brasil nuestra Señora” (Lisboa: Imprensa da Música)
- 1730 – “Fama posthuma do Excellentissimo Duque do Cadaval o Senhor Nuno Alvares Pereira de Mello, Romance heroico” (Lisboa: Oficina da Música)
- Sem Data – “Romance Endecasylabo no dia dos annos do Serenissimo Senhor Infante D. Antonio” (sem indicações de impressão)
- Sem Data – “Soneto no faustissimo dia de annos do Serenissimo Senhor Infante D. Antonio” (sem indicações de impressão)
- Sem Data – “En alabança de la Salve Regina que compuso en Musica Su Alteza Real la Serenissima Princeza de las Asturias” Romance heroico (sem indicações de impressão)
- Sem Data – “No aplauso que a Cidade de Evora fez pelo doutoramento do Serenissimo Senhor Dom Jozé” Romance gratulatório (sem indicações de impressão)
- Sem Data- “Memorial no faustíssimo dia de annos do Serenissimo Senhor Infante D. Antonio que Deos guarde” Romance heroico (sem indicações de impressão)
Manuscritos
editar- “Tratado da Vida de S. Bruno” em verso
- “Tratado da Musica” incompleto
- “Defensa sobre a entrada da novena da Missa Scala Aretina, composta pelo Mestre Francisco Valls, Mestre da Cathedral de Barcelona”
- Missa a 4 coros
- Missas a 2 coros
- Missas da Estante (Missa Tantum ergo Sacramentum e Missa Ad Omnem Tonum)
- Salmos a 4 vozes
- Hinos, motetes, graduais a diversas vozes
- Lamentações da Semana Santa a 3 coros
- Responsórios para o Triduo das Matinas da Semana Santa a 4 coros
- Textos da Paixão a 4 vozes
- Vilancicos de Natal, Conceição, Epifania e vários Santos (poesia e música)
Obras sobreviventes
editarErnesto Vieira confirmava em 1900 a existência das obras seguintes no cartório da Sé de Évora e Biblioteca Pública de Évora:[1]
- “Missa Ad Omnem Tonum” a 4vv (1731)
- Alguns salmos
- Vilancico do Santíssimo Sacramento
- Vilancico da Circuncisão de Jesus: “Amante Deus”[3]
- 8 partes truncadas de diversos vilancicos
Gravações
editarVer também
editarReferências
- ↑ a b c d e Vieira, Ernesto (1900). Diccionario Biographico de Musicos Portuguezes. Lisboa: Tipografia Matos Moreira e Pinheiro
- ↑ a b c Machado, Diogo Barbosa (1741). Bibliotheca Lusitana. Lisboa: Oficina de António Isidoro da Fonseca
- ↑ a b Gonçalves, Rogério (2014). «Évora, Portuguese Baroque Villancicos» (jpg)