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Pereskia grandifolia

Pereskia grandifolia Haw., conhecida popularmente por ora-pro-nóbis, rosa-madeira, groselha-da-américa, groselha-dos-barbados, groselheira-das-antilhas, jumbeba, lobrobó [2] (sinônimos: Cactus grandifolius (Haw.) Britton & Rose Link, Rhodocactus grandifolius Haw. F.M.Knuth, Peireskia grandifolia Haw., Pereskia grandiflora Haw., Pereskia tampicana F.A.C. Weber, Rhodocactus tampicanus (F.A.C.Weber) Backeb., Pereskia ochnocarpa Miq., Pereskia rosea hort. ex A.Dietr. e Cactus rosa Vell.[3][4][5][6]), é uma espécie endêmica do Brasil, onde habita florestas perenifólias e subperenifólias nos estados do Maranhão, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.[7]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaPereskia grandifolia

Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Domínio: Eukaryota
Reino: Plantae
Divisão: Angiosperma
Classe: Eudicots
Ordem: Eudicotiledôneas
Família: Cactaceae
Subfamília: Pereskioideae
Género: Pereskia
Espécie: P. grandifolia
Nome binomial
Pereskia grandifolia
Haw.

Embora seja classificada como cacto, tem a forma de um arbusto ou árvore com cerca de dois a cinco metros de altura, tronco cinzento-marrom de até 20 cm de diâmetro. Os espinhos são pretos e castanhos. As folhas variam de comprimento (entre 9 e 23 cm), com formas variadas - de elípticas a ovadas e obovado-lanceoladas. A densa inflorescência se desenvolve nas extremidades do caule, geralmente com 10 a 15 flores, mas às vezes com 30 ou mais. As flores são vistosas, atingindo 3 a 5 cm de diâmetro [8].

Pereskia grandifolia é cultivada no Brasil e em outros continentes (África e sudeste asiático) como planta ornamental devido à beleza de suas flores, ou ainda, como cerca viva por causa de seus espinhos. Do ponto de vista agronômico, é uma planta de fácil propagação, crescimento rápido e baixa incidência de pragas e doenças, adaptável a diferentes tipos de climas e solos. Além das características ornamentais, também é utilizada popularmente como planta medicinal e alimentícia[9].

Esta espécie é considerada uma planta alimentícia não convencional (PANC). As folhas são uma excelente fonte de proteínas, vitaminas e minerais (cálcio e ferro)[10], podendo ser consumidas refogadas ou no preparo de omeletes, saladas, cozidos e tortas. Os frutos também são comestíveis [11].

Na medicina tradicional as folhas de P. grandifolia são empregadas no controle do diabetes, ou ainda, na preparação de emplastro para infecções da pele. O seu consumo também está associado principalmente à prevenção da anemia ferropriva, osteoporose, câncer e constipação[11]. No sudeste asiático, as folhas são utilizadas no tratamento de câncer, hipertensão, diabetes e doenças associadas a reumatismo e inflamação, dor de cabeça, dermatite atópica e hemorroidas[12].

Segundo alguns estudos, esta espécie apresenta propriedades biológicas importantes como anticâncer[13][14] , antiproliferativas[15], hipotensoras[16], diuréticas[16], antioxidantes[17] e anticolinesterásicas[15].

Pereskia grandifolia apresenta grande potencial nutricional, funcional e terapêutico, podendo ser útil no desenvolvimento de novos produtos com características nutracêuticas[18].

Galeria

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Espécies pertencentes aos gêneros Pereskia e Pereskiopsis têm flores com ovário súpero.[19]

Referências

  1. ↑ Taylor, N.P., Zappi, D., Machado, M. & Braun, P. (2013). Pereskia grandifolia (em inglês). IUCN 2017. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2017​: 3.1. doi:https://dx.doi.org/10.2305/IUCN.UK.2017-3.RLTS.T46509A121559287.en Página visitada em 25 de outubro de 2024.
  2. ↑ Plantamed.com
  3. ↑ Rhodocactus grandifolius (Haw.) F.M.Knuth. LLIFLE - Encyclopedia of living forms
  4. ↑ «Flora e Funga do Brasil». floradobrasil.jbrj.gov.br. Consultado em 26 de janeiro de 2023 
  5. ↑ «Tropicos». www.tropicos.org. Consultado em 26 de janeiro de 2023 
  6. ↑ «Pereskia grandifolia». www.llifle.com. Consultado em 27 de janeiro de 2023 
  7. ↑ Flora do Ceará, Brasil: Cactaceae. Por Marcelo Oliveira Teles de MenezesI, Nigel P. Taylor e Maria Iracema Bezerra Loiola. Rodriguésia, vol. 64 nº 4. Rio de Janeiro, out.-dez. de 2013 ISSN 2175-7860
  8. ↑ Farago, Paulo V.; Takeda, Inés J. M.; Budel, Jane Manfron; Duarte, Márcia do Rocio (2004). «Análise morfo-anatômica de folhas de Pereskia grandifolia Haw., Cactaceae». Acta Farmacéutica Bonaerense. Consultado em 26 de janeiro de 2023 
  9. ↑ LORENZI, Harri (2001). Plantas Ornamentais no Brasil – arbustivas, herbáceas e trepadeiras. Nova Odessa: Instituto Plantarum. 1080 páginas. ISBN 8586714127  line feed character character in |título= at position 44 (ajuda)
  10. ↑ Silveira, Melissa G.; Picinin, Camila T.R.; Cirillo, Marcelo Ângelo; Freire, Juliana M.; Barcelos, Maria De Fátima P. (2020). «Nutritional assay Pereskia spp.: unconventional vegetable». Anais da Academia Brasileira de Ciências (suppl 1): e20180757. ISSN 1678-2690. doi:10.1590/0001-3765202020180757. Consultado em 27 de janeiro de 2023 
  11. ↑ a b Almeida, Martha Elisa Ferreira de; Corrêa, Angelita Duarte (abril de 2012). «Utilização de cactáceas do gênero Pereskia na alimentação humana em um município de Minas Gerais». Ciência Rural (4): 751–756. ISSN 0103-8478. doi:10.1590/s0103-84782012000400029. Consultado em 26 de janeiro de 2023 
  12. ↑ Sri Nurestri, Am; Norhanom, Aw; Sim, Ks (2010). «Phenolic content and antioxidant activity of Pereskia grandifolia Haw. (Cactaceae) extracts». Pharmacognosy Magazine (em inglês) (23). 248 páginas. ISSN 0973-1296. PMC PMC2950391  Verifique |pmc= (ajuda). PMID 20931088. doi:10.4103/0973-1296.66945. Consultado em 27 de janeiro de 2023 [ligação inativa]
  13. ↑ Nurestri, A.M. Sri; Sim, K.S.; Norhanom, A.W. (15 de junho de 2009). «Phytochemical and Cytotoxic Investigations of Pereskia grandifolia Haw. (Cactaceae) Leaves». Journal of Biological Sciences (5): 488–493. doi:10.3923/jbs.2009.488.493. Consultado em 27 de janeiro de 2023 
  14. ↑ Sri Nurestri, Am; Sinniah, Sk; Kim, Kh; Norhanom, Aw; Sim, Ks (2010). «Acute oral toxicity of Pereskia bleo and Pereskia grandifolia in mice». Pharmacognosy Magazine (em inglês) (21). 67 páginas. ISSN 0973-1296. PMC PMC2881650  Verifique |pmc= (ajuda). PMID 20548939. doi:10.4103/0973-1296.59969. Consultado em 27 de janeiro de 2023 [ligação inativa]
  15. ↑ a b Massocatto, Adriana Muniz; Silva, Nyéssia Fernanda de Souza; Kazama, Caroline Calixto; Pires, Michele Dal Bem; Takemura, Orlando Seiko; Jacomassi, Ezilda; Ruiz, Ana Lúcia Tasca Gois; Laverde Junior, Antonio (2022). «Biological activity survey of Pereskia aculeata Mill. and Pereskia grandifolia Haw. (Cactaceae)». Pharmaceutical Sciences (em inglês). 28 (1): 156 – 165. ISSN 1735-403X. doi:10.34172/PS.2021.27. Consultado em 27 de janeiro de 2023 
  16. ↑ a b Kazama, Caroline Calixto; Uchida, Denise Thiemi; Canzi, Karina Natally; de Souza, Priscila; Crestani, Sandra; Gasparotto Junior, Arquimedes; Laverde Junior, Antonio (outubro de 2012). «Involvement of arginine-vasopressin in the diuretic and hypotensive effects of Pereskia grandifolia Haw. (Cactaceae)». Journal of Ethnopharmacology (em inglês) (1): 86–93. doi:10.1016/j.jep.2012.08.034. Consultado em 27 de janeiro de 2023 
  17. ↑ Torres, Talyta Mayara Silva; Mazzutti, Simone; Castiani, Marcos Antonio; Siddique, Ilyas; Vitali, Luciano; Ferreira, Sandra Regina Salvador (1 de janeiro de 2022). «Phenolic compounds recovered from ora-pro-nobis leaves by microwave assisted extraction». Biocatalysis and Agricultural Biotechnology (em inglês). v. 39. 102238 páginas. ISSN 1878-8181. doi:10.1016/j.bcab.2021.102238. Consultado em 27 de janeiro de 2023 
  18. ↑ Laverde Junior, Antonio; Cavéquia, Bruna Moreira; Rezende, Bruno Henrique; Rodrigues, Marcos Vinício (2022). «POTENCIAL NUTRACÊUTICO DE PERESKIA GRANDIFOLIA HAW. (CACTACEAE)». Editora Científica Digital: 133–151. ISBN 978-65-5360-170-3. doi:10.37885/220508852. Consultado em 26 de janeiro de 2023 
  19. ↑ «Dalhousie University: Biology of Cacti». Consultado em 3 de janeiro de 2011. Arquivado do original em 20 de fevereiro de 2012 

Bibliografia

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  • Anderson, Edward F., The Cactus Family (Timber Press, 2001), pp. 568–569
  • Leuenberger, Beat, Pereskia (Cactaceae), Memoirs of the New York Botanical Garden 14 (1986) pp. 111–118

Ligações externas

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