Philippe Jullian (nascido Philippe Simounet, 1919 – 1977)[1] foi um ilustrador, historiador de arte, biógrafo, esteta, romancista e dândi francês.[2]

Philippe Jullian
Nascimento Philippe Simounet
11 de julho de 1919
Bordéus, França
Morte 25 de setembro de 1977 (58 anos)
Senlis, França
Nacionalidade  França francesa
Ocupação escritor, ilustrador

Biografia

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Jullian nasceu em Bordéus em 1919. Seu avô materno era o historiador Camille Jullian, conhecido por sua obra em vários volumes sobre a região da Gália, sua mãe se casou com um homem chamado Simounet, um veterano de guerra cuja vida terminou na pobreza e cujo nome Philippe rejeitou em favor de seu mais ilustre avô.[3]

Jullian estudou literatura na universidade, mas largou para se dedicar ao desenho e pintura. Em seus últimos anos, residiu na Inglaterra mas regularmente passava os invernos na África. Ele também viajou extensivamente através da Índia e do Egito.

Um de seus primeiros trabalhos oficialmente reconhecido foi o rótulo para o famoso vinho de Château Mouton Rothschild em 1945, em memória da vitória da Segunda Guerra Mundial sobre a Alemanha.

As ilustrações dos livros de Jullian são espirituosas, ornamentadas, e muitas vezes grotescas. Ele produziu ilustrações para seus próprios livros, bem como obras de Honoré de Balzac, Colette, Fiódor Dostoiévski, Ronald Firbank, Marcel Proust e Oscar Wilde[2], entre outros. Seus livros e artigos sobre Art nouveau, Simbolismo e outros movimentos artísticos do fin de siècle ajudaram a trazer um renascimento do interesse no período. Entre eles incluem a biografia de Robert de Montesquiou (1965), Prince of Aesthetes (1967), Esthétes et Magiciens (1969), Les Symbolistes (1973), e The Triumph of Art Nouveau (1974). Em 1975, ele publicou sua autobiografia, La Brocante.

As obras de ficção de Jullian tratam de decadência, sensualidade e temas macabros. Ele explorou os temas do homoerotismo, sadomasoquismo, travestismo e a vida estética. Seu dom para a sátira é evidente tanto na ficção como em La Fuite en Egypte (1968) e em suas obras de sátira social, incluindo Dictionnaire du Snobisme , Les Collectioneurs (1967), e mais notavelmente a sua colaboração com o romancista britânico Angus Wilson, For Whom the Cloche Tolls: A Scrap-Book of the Twenties (1953), que ele também ilustrou.

Outros livros incluem Montmartre (1977) e Les Orientalistes (1977), obras de história da arte e biografias de Eduardo VII (1962), Wilde (1967), Gabriele d'Annunzio (1971), Jean Lorrain (1974), Violet Trefusis (1976), e Sarah Bernhardt.

O jornal de Jullian, Le journal 1940-1950 (publicado em 2009) documenta suas experiências e as respostas para a ocupação da França pela Alemanha nazista. Em 22 de março de 1944, ele escreveu:

Jullian cometeu suicídio em 1977.[5]

Bibliografia

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  • Edward and the Edwardians. Sidgwick & Jackson. (1967)
  • The Flight into Egypt Elek Books. (1970)
  • For Whom the Cloche Tolls Martin Secker & Warburg Ltd (1973)
  • D'Annunzio
  • The Collectors
  • Dreamers Of Decadence: Symbolist Painters of the 1890s
  • The Orientalists: European Painters of Eastern Scenes
  • De Mayer
  • Le Style Louis XVI
  • Le Style Second Empire
  • Violet Trefusis: A Biography. Harvest. New edition (1985).
  • Oscar Wilde (Biography & Memoirs). Constable and Robinson. New edition (1994).

Referências

  1. «Philippe Jullian - Biographie, bibliographie, livres, contributions» (em francês). librairiedialogues.fr. Consultado em 2 de dezembro de 2012 
  2. a b «Philippe Jullian». dictionaryofarthistorians. Consultado em 2 de dezembro de 2012 
  3. Ian Burama, "Occupied Paris: The Sweet and the Cruel," New York Review of Books 56 (17 de dezembro de 2009), edição online
  4. Como citado por Burama, "Occupied Paris"
  5. «Philippe Jullian, connoisseur of the exotic». johncoulthart. 13 de dezembro de 2010. Consultado em 2 de dezembro de 2012 
  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Philippe Jullian».

Ligações externas

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