Pláucia Urgulanila
Pláucia Urgulanila, ou Pláucia Herculanila, foi a primeira esposa de Cláudio, casada com ele antes dele se tornar imperador romano. Segundo Lorenzo Patarolo (que a denomina a terceira esposa de Cláudio, pois este autor inclui como esposas as duas noivas de Cláudio), outra forma do seu nome seria Herculanilla.[1]
Pláucia Urgulanila | |
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Plautia Urgulanilla, portrait imaginaire du Promptuarii Iconum Insigniorum de Guillaume Rouillé - 1553 | |
Nascimento | 8 a.C. Roma |
Morte | 30 |
Cidadania | Roma Antiga |
Progenitores |
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Cônjuge | Cláudio |
Filho(a)(s) | Claudia Julia, Cláudio Druso |
Irmão(ã)(s) | Publius Plautius Pulcher, Marco Pláucio Silvano (defenestrador), Aulus Plautius Urgulanius |
Ocupação | esposa |
Origem
editarDe acordo com Pierre Bayle, ela era um dos quatro filhos de Marco Pláucio Silvano, filho de Urgulânia e cônsul em 2 a.C.. Seus irmãos eram Marco Pláucio Silvano, acusado de defenestrar sua esposa[2], Públio Pláucio Pulcro, governador da Sicília e áugure, e Aulo Pláucio Urgulânio, que morreu aos nove anos[2].
História
editarCláudio havia ficado noivo duas vezes, quando jovem.[3] Sua primeira noiva foi Emília Lépida, bisneta de Augusto, mas o noivado foi desfeito porque os pais da noiva haviam ofendido Augusto.[3] Sua segunda noiva foi Lívia Medulina, de sobrenome Camila, descendente de Camilo, o ditador, mas ela ficou doente e morreu no dia do casamento.[3]
Ele então se casou com Pláucia Urgulanila, cujo pai havia sido honrado com um triunfo.[4]
Cláudio se separou de Urgulanila por causa da sua escandalosa promiscuidade, e por ela ser suspeita de assassinato.[3][Nota 1] Após Urgulanila, Cláudio se casou com Aélia Paetina, filha de um ex-cônsul, de quem ele se divorciou por motivos banais, com Valéria Messalina, filha do cônsul Marco Valério Messala Barbato, que foi executada,[4] e com sua sobrinha Agripina,[5] a mãe de Nero.
Família
editarCláudio teve filhos com três de suas esposas:[6]
- Druso e Cláudia, filhos de Urgulanila
- Antônia, filha de Paetina
- Otávia e Germânico, mais tarde chamado de Britânico, filhos de Messalina.
Druso, filho de Cláudio e Urgulanila, morreu por engasgo antes de chegar à idade adulta.[6] Cláudia nasceu cinco meses depois do divórcio, e seria filha do liberto Boter; Cláudio começou a criá-la, mas depois jogou-a, nua, na porta da casa de sua mãe, deserdada.[6]
Tibério Pláucio Silvano Eliano, que foi cônsul em 45 e em 74, era filho de um de seus irmãos e foi adotado por Urgulanila.
Árvore genealógica
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Notas e referências
Notas
- ↑ Suetônio não comenta qual seria este assassinato, mas historiadores modernos supõem que seja uma referência ao assassinato de sua cunhada, defenestrada por seu irmão.
Referências
- ↑ Lorenzo Patarolo, Series Augustorum, Augustarum, Cæsarum, et tyrannorum omnium, tam in Oriente quam in Occidente a C. J. Caesare ad Carolum VI.: Cum eorumdem imaginibus ex optimorum numismatum fide ad vivum expressis (1722), p.9
- ↑ a b Pierre Bayle, Dictionnaire historique et critique, Urgulanilla
- ↑ a b c d Suetônio. «Vidas dos Doze Césares, Vida de Cláudio, 26.1». Penelope.uchicago.edu
- ↑ a b Suetônio, Vidas dos Doze Césares, Vida de Cláudio, 26.2
- ↑ Suetônio, Vidas dos Doze Césares, Vida de Cláudio, 26.3
- ↑ a b c Suetônio, Vidas do Doze Césares, Vida de Cláudio, 27.1