Na medicina, a ventilação mecânica é o método de substituição da ventilação normal. A ventilação mecânica pode salvar vidas e é usada na ressuscitação cardiopulmonar, medicina de tratamento intensivo, e anestesia. Em muitas situações o organismo é incapaz de manter o ciclo respiratório, que consiste da aspiração de ar até os pulmões onde este ar é absorvido pelos alvéolos e transportando pela hemácias até os tecidos, mantendo a oxigenação tecidual. A ventilação mecânica substitui a aspiração de ar, "empurrando" o ar pulmões adentro (neste caso, ventilação com pressão positiva). É um método de substituição de função vital, sendo útil como um auxílio ao tratamento de algumas doenças. Também apresenta uma série de complicações, sendo a principal a infecção respiratória.

Uma máscara de ventilação

Parâmetros Ventilatórios

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  • Tempo inspiratório: 0.8 á 1.2 seg.
  • Tempo expiratório: 4 á 2 seg.
  • Relação: I:E = 1:2
  • Frequência: 12 irpm (incursões respiratórias por minuto)
  • Fluxo: 40 a 60 L/min
  • VC: 6 a 8 ml/kg corrigido (peso ideal do paciente, que é calculado pela fórmula "altura - 1 metro" para homens e o mesmo valor para mulheres, menos 10%)
  • Pressão inspiratória = Ppi
  • Pressão expiratória = PEEP (fisiológico 5 cmH2O)
  • Fração inspirada de O2: FiO2 de 21 a 100%
  • Sensibilidade: de -0,5 a -2,0

Disparo do Ventilador

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  • Disparo a tempo
  • Disparo a pressão
  • Disparo a fluxo

Ciclagem do Ventilador

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  • Ciclagem a volume

Neste modo de ciclagem o final da fase inspiratória é determinado pelo valor de volume corrente ajustado. Há um sensor no aparelho que detecta a passagem do volume determinado e desliga o fluxo inspiratório. A pressão inspiratória não pode ser controlada e depende da resistência e da complacência do sistema respiratório do paciente, de modo que este tipo de ventilação pode provocar barotrauma. Ao mesmo tempo, este tipo de ventilação é bastante segura uma vez que garante o volume corrente para o paciente, principalmente para aqueles em que se deve fazer um controle rigoroso da PaCO2, como nos pacientes portadores de hipertensão intracraniana.

  • Ciclagem a pressão

A fase inspiratória é determinada pela pressão alcançada nas vias aéreas. Quando o valor predeterminado é alcançado interrompe-se o fluxo inspiratório, independente do tempo inspiratório ou do volume utilizado para se atingir esta pressão. Desta forma, este tipo de ventilação também não garante um volume corrente adequado e pode ser ineficaz caso haja grandes vazamentos de ar como nos casos de fístulas bronco-pleurais. Os ventiladores ciclados a pressão são representados pela série Bird-Mark 7, 8 e 14, possuindo como vantagens o fato de não dependerem da eletricidade e serem pequenos e leves facilitando seu uso nos transportes de pacientes.

  • Ciclagem a tempo

A transição inspiração/expiração ocorre de acordo com um tempo inspiratório predeterminado, não importando as características elástico-resistivas do sistema respiratório do paciente. Normalmente os aparelhos ciclados a tempo são limitados a pressão, ou seja, existe uma válvula de escape impedindo altos níveis de pressão inspiratória. Os ventiladores infantis e aqueles com ventilação com pressão controlada possuem este tipo de ciclagem. Deve-se ressaltar que este tipo de ciclagem não garante o volume corrente, sendo este uma resultante da pressão de escape aplicada, da complacência e do tempo inspiratório programado.

  • Ciclagem a fluxo

Neste tipo de ciclagem, o tempo inspiratório é interrompido quando o fluxo inspiratório cai abaixo de um valor pré-ajustado como foi descrito na ventilação com pressão de suporte. Neste tipo de ciclagem, o paciente exerce total controle sobre o tempo e fluxo inspiratórios e sobre o volume corrente.

Modos Ventilatórios

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  • Controlado
  • Assistido/Controlado (AC)
  • Ventilação Mandatória Intermitente Sincronizada (SIMV)
  • Pressão de Suporte Ventilatória (PSV)
  • CPAP
  • BIPAP

Ver também

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