Política das Salvações
Política das Salvações ou Salvações Iniciais foi implantada por Hermes da Fonseca, originalmente contra a "campanha civilista". Consistia em promover intervenções militares. Começaria em São Paulo, o que não se conseguiu realizar, para enfraquecer os cafeicultores.[1] Com o fracasso em São Paulo, o general Dantas Barreto assumiu o governo de Pernambuco. Esses golpes repetiram-se no Ceará e Alagoas.[2] O governo acreditava que, dessa forma, moralizaria o país.
A Marinha de Guerra Brasileira foi utilizada pelo Governo Federal. Tanto o navio de guerra Minas Gerais quanto o São Paulo participaram no bombardeio de Salvador em 1912, no contexto da chamada Política das Salvações.
O governo colocava interventores militares ou civis apoiados pelo Exército em substituição às oligarquias dominantes. Mas o sucesso das intervenções abalou as bases governistas, acabando por enfraquecer Hermes da Fonseca. A "política das salvações" apenas substituia o poder de velhas oligarquias por outras, e o projeto original de "moralizar os costumes políticos e reduzir as desigualdades sociais" não se realizou.
Ainda, a política não funcionou em algumas regiões por resistência da população.[3] O caso mais famoso ocorreu no Ceará, onde o padre Cícero Romão Batista, interessado em fazer alianças com fazendeiros poderosos, impediu as ações, colocando o povo contra o governo.[4]
Ligações externas
editarReferências
editar- ↑ «Política das Salvações | Atlas Histórico do Brasil - FGV». atlas.fgv.br. Consultado em 2 de dezembro de 2022
- ↑ Flores, Moacyr (1991). Osvaldo Aranha. Brasil: IEL. p. 28. ISBN 9788570631077
- ↑ Salvações no Nordeste – Política e Participação Popular. [S.l.]: Atelie Editorial. 2011. p. 147. ISBN 9788574806105
- ↑ Neto, Lira (2009). Padre Cícero: Poder, fé e guerra no sertão. [S.l.]: Companhia das Letras