A área agora chamada de Inglaterra foi habitada por seres humanos pela primeira vez durante o período Paleolítico Superior, mas o seu nome vem dos anglos, uma das tribos germânicas que se estabeleceram durante os séculos V e VI na região. A Inglaterra tornou-se um Estado unificado em 927 d.C., e desde a Era dos Descobrimentos, que começou durante o século XV, a nação passou a ter um impacto cultural e jurídico significativo sobre o resto do mundo. O idioma inglês, a Igreja Anglicana e o direito inglês (base para os sistemas legais de common law de muitos outros países ao redor do mundo) desenvolveram-se na Inglaterra, e o sistema de governoparlamentar do país tem sido amplamente adotado por outras nações. A Revolução Industrial começou na Inglaterra do século XVIII, transformando sua sociedade na primeira nação industrializada do mundo. A Royal Society da Inglaterra lançou as bases da ciência experimental moderna.
O território da Inglaterra é, em sua maioria, composto por pequenas colinas e planícies, especialmente no centro e no sul do país. No entanto, existem planaltos no norte (por exemplo, Lake District, Peninos e Yorkshire Dales) e no sudoeste (por exemplo, Dartmoor e Cotswolds). A antiga capital da Inglaterra era Winchester até Londres assumir o posto em 1066. Hoje Londres é a maior área metropolitana no Reino Unido e a maior zona urbana da União Europeia. A população inglesa é de cerca de 51 milhões de pessoas, cerca de 84% da população do Reino Unido é majoritariamente concentrada em Londres, no sudeste e em aglomerações nas Midlands, no noroeste, no nordeste e em Yorkshire, regiões industriais que se desenvolveram durante o século XIX.
Melito de Cantuária foi o primeiro bispo de Londres durante o período anglo-saxônico, o terceiro arcebispo de Cantuária e um membro da Missão gregoriana, enviada à Inglaterra para cristianizar os anglo-saxões de seu nativo paganismo. Ele chegou em 601 d.C. junto com um grupo de clérigos enviados para aumentar a missão e foi consagrado bispo logo em 604 d.C. Melito também foi o recipiente de uma famosa carta de Gregório, o Grande conhecida como Epistola ad Mellitum, preservada numa obra posterior pelo cronista medieval Beda, que sugeria que a conversão dos anglo-saxões deveria ser um processo gradual, com a incorporação dos rituais e costumes pagãos. Em 610 d.C., Melito retornou à Itália para comparecer a um concílio de bispos, seguindo de volta para a Inglaterra em seguida com cartas para alguns dos missionários.
Melito foi exilado de Londres pelos sucessores pagãos de seu patrono, o rei de EssexSeberto (Sæberht), logo após a morte do rei. O rei Etelberto de Kent, outro patrocinador do cristianismo, morreu por volta da mesma época, forçando-o a se refugiar na Gália. Melito retornou à Inglaterra no ano seguinte, quando o sucessor de Etelberto, Eadbaldo, se converteu também, mas ele jamais conseguiu retornar para Londres, cujos habitantes permaneceram pagãos. Melito foi apontado arcebispo de Cantuária em 619 d.C. Durante seu episcopado, alega-se que tenha salvado milagrosamente a catedral e grande parte da cidade de um incêndio. Após a sua morte ele passou a ser reverenciado como um santo.