Potito Valério Messala

Marco Valério Messala Potito (em latim: Marcus Valerius Messalla Potitus), conhecido como Potito Valério Messala, foi um político da família Messala da gente Valéria da República Romana nomeado cônsul sufecto no lugar de Sexto Apuleio, em 1 de julho de 29 a.C., para servir com cônsul Otaviano.[1] É possível que tenha sido filho de Marco Valério Messala Rufo, cônsul em 53 a.C..

Potito Valério Messala
Cônsul da República Romana
Consulado 29 a.C.

Carreira

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Potito era um nome utilizado pelas famílias mais antigas e famosas da gente Valéria, uma família que, como muitas outras da Roma Antiga, desapareceu na época das Guerras Samnitas. Porém, o nome foi depois recuperado pela gente Valéria como prenome. A prática de utilizar nomes de famílias extintas em prenomes era comum na época (ex.: na gente Cornélia, os Lêntulos adotaram como nome próprio o cognome extinto "Cosso").[2]

Potito provavelmente foi questor na província romana da Ásia em algum momento.[3][4] Em 32 a.C., foi pretor urbano em Roma[5] e foi escolhido como um dos quindecênviros ("quindecimviri sacris faciundis") no ano seguinte.[6] Em 29 a.C., chegou ao consulado.[7] Segundo Dião Cássio, foi o primeiro cônsul a sacrificar, em pessoa, por conta do retorno de Otaviano do Egito, sacrificou bois em nome do povo e do Senado Romano.[8]

Depois de seu mandato, recebeu a província da Ásia como governo proconsular[4] por dois anos, possivelmente entre 25 e 23 a.C., e como legatus augusti pro praetore da Síria, possivelmente entre 21 e 17 a.C., entre os governos de Agripa na região.[9]

Potito provavelmente teve dois filhos, Mânio Valério Messala Potito e Lúcio Valério Messala Voleso, cônsul em 5.

Ver também

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Cônsul da República Romana
 
Precedido por:
Otaviano IV

com Lúcio Sênio (suf.)

Otaviano V
29 a.C.

com Sexto Apuleio
com Potito Valério Messala (suf.)

Sucedido por:
Otaviano VI

com Marco Vipsânio Agripa II


Referências

  1. Dião Cássio, História Romana LI 21
  2. Smith, William, p. 514
  3. T. Robert S. Broughton, The Magistrates of the Roman Republic, vol. iii p. 214
  4. a b Ronald Syme, The Augustan Aristocracy, p. 317
  5. T. Robert S. Broughton, The Magistrates of the Roman Republic, vol. ii p. 417
  6. T. Robert S. Broughton, The Magistrates of the Roman Republic, vol. ii p. 426
  7. Ronald Syme, The Roman Revolution, p. 245
  8. Dião Cássio, História Romana LI 21.2
  9. Ronald Syme, The Augustan Aristocracy, p. 66

Bibliografia

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