Praça Castro Alves

logradouro público em Salvador, Brasil

A Praça Castro Alves é um logradouro situado na cidade de Salvador, capital do estado brasileiro da Bahia, localizada na parte central do antigo centro urbano, na Cidade Alta.

Praça Castro Alves
Geografia
País
Unidade federativa
Município
Parte de
Coordenadas
Funcionamento
Estatuto
História
Origem do nome
Identificadores
Código postal
40301-110
Mapa

A Praça situa-se ao final da Avenida Sete de Setembro e começo da Rua Chile. Limita-se com o promontório que divide as "cidades" Alta da Baixa - a que tem acesso pela Ladeira da Montanha, dando-lhe uma visão que abarca parte da baía de Todos os Santos.

História

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Na época conhecida como Largo do Teatro, foi o local no qual D. João, príncipe regente de Portugal, e sua corte foram recebidos pelos representantes da Câmara Municipal, no dia 22 de janeiro de 1808.[1] No lugar onde está situada existia o importante Teatro São João, destruído em um incêndio no ano de 1923.

Foi no São João que o poeta dos escravos conheceu a atriz portuguesa Eugênia Câmara por quem apaixonou-se e viveu um romance.

A estátua de Castro Alves foi fundida na oficina de Angelo Aureli, em São Paulo, chegando à Bahia, em dezembro de 1922.É um trabalho do escultor italiano Pasquale de Chirico e representa o poeta na atitude de fala ou está declamando, tendo a cabeça descoberta, fronte erguida, olhar perdido no infinito, chapéu mole de estudante à mão esquerda, braço direito estendido.

Na manhã de 20 de junho de 1923, a estátua de bronze do poeta foi levantada até o topo da coluna que lhe serve de base.

Os blocos que serviram para o pedestal e a base são de granito. Concluída a obra, inaugurou-se o monumento no dia 6 de julho de 1923.

 
O monumento dedicado a Castro Alves, poeta baiano que deu nome à praça.

O monumento, em sua totalidade, mede 10,74 metros de altura. O pedestal tem 6 degraus, o primeiro com 0,35 metros de altura e os outros com 0,25 metro, cada um. O pedestal mede 6,80 metros e a estátua de bronze do poeta mede 2,34 metros de altura. De um lado da coluna, há um grupo em bronze, com 2,16 metros representando um anjo em posição de voo, a levantar uma mulher escrava pelo braço, erguendo-a à altura. Do outro lado da coluna, encontra-se um livro aberto com uma espada atravessada, tendo em letras douradas o seguinte verso: Não cora o sabre de hombrear com o livro. Em placa de mármore, numa das faces da base, lê-se: A Bahia a Castro Alves. Em 1971, por ocasião do centenário de morte do poeta, seus restos mortais foram transferidos do cemitério do Campo Santo para o monumento que, assim, passou também a ser túmulo de Castro Alves.

A Praça é o ponto central do Carnaval de Salvador.[2] Ali, a partir da década de 1970, passou a acontecer, nas noites de terça-feira da folia (último dia de carnaval) o que veio a se tornar mais uma tradição do festejo: o "Encontro de Trios", onde vários trios elétricos e seus blocos se juntam para o encerramento da festa.[3]

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Na música

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O compositor e cantor Caetano Veloso, parafraseando o poeta homenageado, que recitara no seu poema O Povo ao Poder - "A praça! A praça é do povo/Como o céu é do condor" - imortalizou o logradouro na sua canção “Um Frevo Novo”, com os versos: "A Praça Castro Alves é do povo / Como o céu é do avião".[4]

Ver também

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Referências

  1. Jorge Pedreira; Fernando Dores Costa. Dom João VI, um príncipe entre dois continentes. [S.l.: s.n.] p. 203 
  2. «Palco da Castro Alves atrai multidão em clima de paz». Consultado em 23 de maio de 2012 [ligação inativa] 
  3. Regina Bochicchio, "Décadas de folia e suor", in: A Tarde, ed. de 24/01/2006 (acessada em 18 de fevereiro de 2009)
  4. Ao pé da letra Arquivado em 7 de agosto de 2009, no Wayback Machine., por Pasquale Cipro Neto, análise da canção. (acessado em 18 de fevereiro de 2009)

Ligações externas

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