Os goturcos[2] gokturcos[3] göktürks, köktürks ou kök türks, foram uma confederação de nómadas da Ásia Central que, sob a liderança do grão-cã Bumim formaram o chamado Canato Túrquico ou Canato Goturco, o qual sucedeu ao Canato Rourano como principal potência na região e ganhou o controlo do lucrativo comércio da Rota da Seda a partir de 552.

Canato Goturco

Canato Túrquico • Goturcos

Império

552744 

Mapa do canato dos goturcos em 551-572
Região Ásia Central
Capital Ötüken

Língua oficial soguediano [✡]
turco antigo
Religião tengriismo

Forma de governo Canato
ou grão-cã
• 551-553  Bumim

Período histórico Idade Média
• 552  Fundação
• 744  Dissolução

Área
 • 557   6 000 000 km²

[✡] ^ O soguediano foi a língua oficial durante o primeiro canato[1] e o turco antigo durante o segundo canato.

O nome dado à confederação tem ainda mais variantes. Em turco antigo eram chamados (türük), (kök türük)[4][5] ou (türük, turcos celestiais ou turcos azuis).[6][7] Nas fontes chinesas aparecem como 突厥, que tem várias transliterações: tujué (Pinyin), t'u-chüeh (Wade-Giles) ou dʰuət-kĭwɐt (chinês medieval).

Os goturcos tornaram-se os líderes dos diversos povos das estepes da Ásia Central depois de se rebelarem contra o Canato Rourano. Sob o seu governo, o Canato Túrquico expandiu-se rapidamente, estendendo o seu domínio sobre um imenso território, unindo as tribos nómadas turcomanas num império que durou de 552 até 745 e que colapsou devido a uma série de conflitos dinásticos.[carece de fontes?]

Etimologia

editar

De acordo com as fontes chinesas, o significado do termo que os chineses usavam para designar os turcos (tujué) era "capacete de combate" (兜鍪; Pinyin: doumóu, Wade-Giles: tou-mou), supostamente por causa da forma das montanhas Jinshan (金山, jinshan, Montanhas Altai) onde eles viviam ser semelhante à dos capacetes de combate e por isso eles se chamarem a si próprios 突厥 (tujué ou t'u-chüeh).[8][9][10]

Em mongol, duulg (дуулга), também pronunciado durk em alguns dialetos, significa igualmente capacete de combate. O plural em mongol seria duulgud, que muitos entendem como sendo o mesmo que turkut, o nome que os goturcos davam a si próprios, que significa "turcos". Pelo mesmo motivo, há teorias que defendem que a palavra turk ou dulg (tolga; [capacete] em turco) era o termo usado para designar capacete de combate, o qual foi aplicado ao clã Achina, vassalo do Canato Rourano mongol.

A afirmação comum de que goturcos significa "turcos celestiais" é consistente com o "culto do governo ordenado divinamente (celestialmente)", o qual era um elemento crucial da cultura política altaica antes de ter sido importado para a China.{{sfn|Wink|p=64} De igual modo, o nome do clã de Achina possivelmente deriva do termo usado pelos sacas de Hotan para "azul intenso" (āššɪna).[11] O nome pode também ter derivado duma tribo tungúsica aparentada com os Aisin Gioro.[12]

Origens

editar

Os governantes goturcos descendiam do clã de Achina, uma tribo de origens obscuras que vivia no canto norte da Ásia Interior.

De acordo com o Livro de Zhou[10] e a História das Dinastias do Norte,[9] os Achina eram um ramo dos Xiongnu, enquanto segundo o Livro de Sui[8] e o Tongdian[13] eram "uma mistura de Hu" (雜胡 / 杂胡; Pinyin: zá hú; Wade-Giles: tsa hu) de Pingliang. O Livro de Sui relata que quando o imperador Taiwu de Wei do Norte destronou Juqu Mujian de Liang do Norte em 18 de outubro de 439,[14][15][16] 500 famílias fugiram para o Canato Rourano.[8] No seio do heterogéneo Canato Rourano, os goturcos viveram a norte das Montanhas Altai durante várias gerações, onde se dedicavam à metalurgia.[8][17] Segundo Denis Sinor, a sua ascensão ao poder representou mais uma "revolução interna" na confederação do que uma conquista exterior.[18] Segundo Charles Holcombe, as primeiras populações tujue eram muito heterogéneas e muitos dos nomes do governantes turcos nem sequer eram túrquicos.[19]

Primeiro canato

editar
 
Petróglifos goturcos da Mongólia do (século VI-VIII)

A subida ao poder dos goturcos começou em 546, quando Bumim lançou o que atualmente se chamaria um ataque preventivo contra as tribos uigures e tiele, que planeavam uma revolta contra os seus senhores supremos, os rouranos. Bumim esperava ser recompensado por esse ataque com o casamento com uma princesa rourana. No entanto, o grão-cã Anagui enviou um emissário a repreendê-lo dizendo — «Tu és o meu escravo ferreiro. Como te atreves a pronunciar essas palavras?». Como o comentário de Anagui sobre o "escravo ferreiro" (鍛奴/锻奴; Pinyin: duànnú, Wade-Giles: tuan-nu) foi registado nas crónicas chinesas, alguns autores defendem que os goturcos eram de facto servos dos rouranos especializados em trabalhos metalúrgicos.[20][21][22][23] e que o termo "escravos ferreiro" possa referir-se a uma espécie de sistema de vassalagem existente na sociedade rourana.[24] De acordo com Denis Sinor, essa referência indica que os goturcos eram especialistas em metalurgia, embora não seja claro se eram ferreiros ou mineiros.[25][26]

Frustradas as suas expetativas, Bumim aliou-se com Wei do Norte contra o Canato Rourano. Entre 11 de fevereiro e 10 de março de 552, Bumim derrotou o cã rourano Iujiulu Anagui a norte de Huaihuang (atualmente Zhangjiakou, na província de Hebei, uma das seis cidades da fronteira).[9]

Tendo tido sucesso na guerra e na diplomacia, Bumim proclamou-se a si próprio Iligue (illig, título que se traduziria como grão-cã, rei de reis) do novo Canato em Ötüken, mas morreu um ano depois. O seu filho Mugan derrotou os heftalitas (厭噠; chamados "hunos brancos" pelos bizantinos),[10] os quitais (契丹) e os quirguizes (契骨).[27] O irmão de Bumim, Sizábulo, morto em 576, foi intitulado "yabgu do ocidente" e aliou-se aos persas sassânidas para derrotarem os heftalitas aliados dos rouranos. Esta guerra reforçou o controlo dos Achina sobre a Rota da Seda e forçou a fuga dos ávaros eurasiáticos para a Europa.[carece de fontes?]

A política de expansão para ocidente de Sizábulo levou os goturcos até à Europa de leste.[carece de fontes?] Em 576 os goturcos atravessaram o Bósforo Cimério e penetraram na Crimeia. Cinco anos depois cercaram Quersoneso Táurica. A cavalaria goturca errou pela Crimeia até 590. As fronteiras a sul foram traçadas a sul do Rio Amu Dária, o que provocou um conflito com os antigos aliados sassânidas. Grande parte da Báctria, incluindo Bactro, permaneceu na dependência dos Achina até ao fim do século VI.[28]

Guerra civil (c. 584-603)

editar
 
Territórios dos territórios dos goturcos no auge da sua expansão, c. 600                      Canato Túrquico Ocidental                      Canato Túrquico Oriental
Os contornos mais claros correspondem aos territórios sob domínio efetivo, os mais escuros às áreas de influência.

O primeiro Canato Goturco dividiu-se em dois após a morte do quarto (ou grão-cã), Taspar Cã, cerca de 584. O testamento de Taspar determinava que o título de cã fosse dado a ao filho de Mugan, Aina Daluobiã (Apa grão-cã), mas o alto conselho nomeou Isbara Cã. Formaram-se fações em volta dos dois líderes que disputavam o título. O conflito entre as duas facções foi instigado com sucesso pelas dinastias chinesas Sui e Tang.[carece de fontes?]

O beligerante mais aguerrido foi o do yabgu do ocidente Tardu, filho de Sizábulo, um homem violento e ambicioso que entretanto já se tinha declarado independente após a morte do seu pai. Auto-intitulando-se cã, Tardu liderou um exército e marchou para leste para reclamar a capital imperial, Ötüken.[carece de fontes?]

Para fortificar a sua posição, Ishbara, do canato oriental, pediu proteção ao imperador chinês Yangdi. Tardu atacou Changan, a capital Sui, a atual Xian, cerca do ano 600, exigindo a Yangdi que deixasse de interferir na guerra civil. Em retaliação, a diplomacia chinesa incitou uma revolta dos tiele, vassalos de Tardu, a qual conduziu ao fim do reino de Tardu em 603. Entre as tribos dissidentes encontravam-se os uigures e os Syr-Tardush (ou Xueyantuo ou Se-Yanto).[carece de fontes?]

Primeiro Canato Túrquico Oriental (603-630)

editar
 Ver artigo principal: Grão-Canato Turco Oriental

A guerra civil deixou o império dividido nas partes ocidental e oriental. Esta última continuou a ser governada a partir de Ötüken, na órbita do Império Sui, e manteve o nome Goturco. Os cãs Xibi (609-619) e Iligue (620-630) atacaram a China no período em que esta esteve mais enfraquecida, durante a transição entre as disnastias Sui e Tang. A 11 de setembro de 615, o exército de Chibi cercou o imperador Sui Yangdi em Yanmen, no que é atualmente o Xian de Dai, província de Shanxi.[29][30]

Em 626, Iligue Cã aproveita o Incidente na Porta Xuanwu e marchou sobre Changan. A 23 de setembro desse ano,[31] Iligue e os seus cavaleiros com armaduras chegam às margens do Rio Wei, a norte da ponte de Bian, onde se situa atualmente Xianyang.[32] Dois dias depois, Li Shimin (o imperador Taizong da dinastia Tang) forma uma aliança com Illih, matando um cavalo branco na ponte Bian. Os Tang pagaram compensações e prometeram mais tributos em troca da retirada da cavalaria de Iligue Cã. O acordo ficou conhecido como "Aliança do Rio Wei" (渭水之盟) ou Aliança de Bian Qiao (便橋會盟 / 便桥会盟).[33] Ao todo foram registadas 67 incursões de goturcos em territórios chineses.[28]

Antes de meados de outubro de 627, grandes nevões na estepe mongol cobriram os terrenos de neve com mais de um metro de altura, impossibilitando que o gado dos nómadas se alimentasse e causando grande mortandade entre os animais.[34] De acordo com o Novo Livro dos Tang, em 628 Taizong contou que «Houve gelo em pleno verão. O sol nasceu no mesmo sítio durante cinco dias. O campo ficou cheio de atmosfera vermelha (tempestade de poeira).»[35]

Iligue Cã foi derrubado do poder por uma revolta das tribos Tiele suas vassalas (626-630), as quais se aliaram ao imperador Taizong. Esta aliança tribal aparece nos anais chineses como sendo os Huihe (uigures).[carece de fontes?]

A 27 março de 630,[36] um exército Tang comandado pelo general Li Jing derrota as tropas do Canato Túrquico Oriental comandadas por Iligue Cã na batalha de Yinshan (陰山之戰 / 阴山之战),[37][38][39] travada nos Montes Yin, no limite sul do deserto de Gobi. Iligue Cã fugiu para junto de Ishbara Shad, mas a 2 de maio de 630[40] o exército de Zhang Baohiang marchou sobre o quartel-general de Ishbara Shad. Iligue foi feito prisioneiro e enviado para Changan.[39] O Canato Túrquico Oriental colapsou e foi incorporado do sistema Jimi do império Tang. O imperador Taizong disse a propósito que «É suficiente para mim compensar a minha desonra no Rio Wei.»[38]

Canato Túrquico Ocidental

editar
 
Mapa político do Império Chinês sob a Dinastia Tang e dos estados à sua volta cerca 700
 Ver artigo principal: Grão-Canato Turco Ocidental

O cã ocidental Shekuei e Tong Yabghu formaram uma aliança com o Império Bizantino contra os persas sassânidas e conseguiram repor as fronteiras do sul, ao longo dos rios Tarim e Oxo (Amu Dária). A sua capital era Suyab, no vale do rio Chu, a cerca de 6 km a sudeste da moderna Tokmok. Em 627, Tong Yabghu, apoiado pelos cazares e pelo imperador bizantino Heráclio, lançou uma invasão massiva à Transcaucásia, que culminou na conquista de Derbente e Tiblíssi, um conflito que ficou conhecido como a "terceira guerra perso-túrquica".

Em abril de 630, Böri Shad, um alto comandante (şad) de Tung, enviou a cavalaria goturca para invadir a Arménia bizantina, onde o seu general Chorpam Tarcã infligiu uma pesada derrota às forças persas, que se retiraram atabalhoadamente. O assassinato de Tong Yabghu em 630 forçou os goturcos a retirar da Transcaucásia.[carece de fontes?]

Isbara Cã (Asina Helu), que reinou de 634 a 639, levou a cabo uma reforma administrativa que modernizou o Canato Túrquico Ocidental, que passou a ser conhecido como Onoq. O nome refere-se às dez "flechas" que foram concedidas aos cinco chefes (shads) das duas confederações tribais que constituíam os territórios do canato, dos clãs Dulo e Nuchibi, cujas terras eram divididas pelo rio Chu.[41] O termo "flecha" era o nome de uma divisão das tribos túrquicas.[a]

A divisão estimulou as tendências separatistas e não tardou que as tribos búlgaras sob o comando do chefe tribal Cubrato se separassem do canato. Em 657, a parte oriental do canato foi invadida pelo general Tang Su Ding Fang. Na mesma altura em que se formou na parte central o canato independente da Cazária, liderado por um ramo da dinastia Achina. O imperador Tangue Taizongue foi proclamado grão-cã (cã) dos goturcos.[carece de fontes?]

Em 659 o imperador da China podia afirmar que governava toda a Rota da Seda até Po-sse (em chinês: 波斯; pinyin: bōsī, Pérsia). Os goturcos ostentavam então títulos chineses e lutavam ao seu lado nas guerras destes. O período entre 659 e 681 foi caracterizado por numerosos governantes independentes, fracos, divididos, e constantemente envolvidos em pequenas guerras. No leste, os uigures derrotaram os seus antigos aliados Syr-Tardush, enquanto no ocidente, os turgesh emergiram como sucessores dos onoq.[carece de fontes?]

Os turcos orientais sob o sistema Jimi

editar

Em 19 de maio de 639,[42] Achina Jiesesuai e os homens da sua tribo atacaram Taizong no Palácio Jiucheng (九成宮, nas proximidades da atual cidade de Baoji, província de Shaanxi). No entanto, o ataque não foi bem sucedido e fugiram para norte, tendo sido capturados e mortos pelos perseguidores perto do Rio Wei. Achina Hexiangu foi exilou-se em Lingbiao.[43] Depois do ataque fracassado de Achina Jiesesuai, a 13 agosto de 639, Taizong nomeou Achina Simo como Yiminishuqilibi Cã e ordenou ao povo túrquico que seguissem Achina Simo para norte do Rio Amarelo para se fixarem entre a Grande Muralha e o deserto de Gobi.[35]

Em 679, Achide Uenfu e Achide Fengzi, líderes túrquicos no protetorado de Shanyu (單于大都護府), declararam Achina Nichufu como cã e revoltaram-se contra a dinastia Tang. Em 680, Pei Xingjian derrotou Achina Nichufu e o seu exército, tendo Achina Nichufu sido morto pelos seus homens. Achide Uenfu fez de Achina Funian o novo cã e revoltou-se novamente contra os Tang.[44] Ambos acabaram por se render a Pei Xingjian. A 5 de dezembro de 681,[45] 54 goturcos, entre os quais Achide Uenfu e Achina Funian, foram executados em público no mercado oriental de Changan.[44] Em 682, Achina Cutlugue e Achine Iuanzen (Toniucuque) revoltaram-se e ocuparam o Castelo Heicha (situado a noroeste da atual Hohhot, na Mongólia Interior) com o que restava dos homens de Achina Funian.[46]

Segundo Canato Túrquico Oriental (682-744)

editar
 
Mapa político da Ásia cerca do ano 700

Apesar dos reveses, Achina Cutlugue (Ilteris Cã) e o seu irmão Capagã lograram restabelecer o canato. Em 681, eles revoltaram-e contra o domínio do Império Tang e ao longo das décadas seguintes tomaram o controlo firme das estepes exteriores à Grande Muralha da China. Em 705, tinham-se expandido a sul até Samarcanda e ameaçaram o domínio árabe sobre a Transoxiana. Os goturcos enfrentaram os Califado Omíada numa série de batalhas em 712 e 713, mas os últimos acabaram vencedores.[carece de fontes?]

De acordo com a tradição Achina,[carece de fontes?] o poder do Segundo Canato Oriental estava centrado em Ötüken, nas áreas mais a montante do vale de Orcom.[47][48][49] Este estado foi descrito pelos historiadores como uma iniciativa conjunta do clã de Achina e dos soguedianos, em que também estiveram envolvidos muitos burocratas chineses.[50]

O filho de Ilteris, Bilgue, foi igualmente um líder forte, cujos feitos foram registados nas inscrições de Orcom. Depois da sua morte em 734, o Segundo Canato Túrquico Oriental entrou em declínio. Os goturcos acabaram por ser vítimas de uma série de crises e de novas campanhas militares chinesas.[carece de fontes?]

Quando o líder uigure Cul Bilgue se aliou com os carlucos e com os basmil, o poder dos goturcos já estava em grande declínio. Em 744, Cutlugue cercou Ötüken e decapitou o último cã goturco, Ozmis Cã, cuja cabeça foi enviada para a corte chinesa dos Tang.[51] No espaço de poucos anos, os uigures ganharam a supremacia na Ásia Interior e estabeleceram o Grão-Canato Uigur.

Cultura e religião

editar
 
O "monumento a Cul Tigim", uma das inscrições em goturco do vale de Orcom. Cul Tigim foi um dos últimos cãs do Canato Túrquico Oriental

Os grão-cãs goturcos temporários do clã de Achina estavam subordinados a uma autoridade soberana que estava nas mãos de um conselho de chefes tribais.[carece de fontes?]

Peter Benjamin Golden aponta para a possibilidade dos líderes do Império Goturco, os Achina, serem originalmente um clã indo-europeu, possivelmente iranianos, que posteriormente adotaram o túrquico, mas herdaram os seus títulos originais indo-europeus.[52] O turcologista Wolfgang-Ekkehard Scharlipp escreveu que uma quantidade notável de títulos túrquicos primitivos têm origem no iraniano.[b]

Os goturcos foram o primeiro povo túrquico conhecido a escrever a sua própria língua usando uma escrita rúnica (ver Alfabeto de Orcom). As histórias das vidas de Cul Tiguim e Cul Bilgue Cã e do chanceler Toniucuque foram registados nas inscrições de Orcom.

Religião

O canato recebeu missionários budistas, cujos ensinamentos foram incorporados no tengriismo. Mais tarde, a maior parte dos turcos que se estabeleceram na Ásia Central, Médio Oriente e África adotaram a fé islâmica.[carece de fontes?]

  • Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Göktürks», especificamente desta versão.
  1. Trecho baseado no artigo «Western Turkic Khaganate» na Wikipédia em inglês (acessado nesta versão).
  2. «[…] Über die Ethnogenese dieses Stammes ist viel gerätselt worden. Auffallend ist, dass viele zentrale Begriffe iranischen Ursprungs sind. Dies betrifft fast alle Titel […]. Einige Gelehrte wollen auch die Eigenbezeichnung türk auf einen iranischen Ursprung zurückführen und ihn mit dem Wort „Turan“, der persischen Bezeichnung für das Land jeneseits des Oxus, in Verbindung bringen.»[53]

    Tradução livre: A Etnogénese desta tem causado muita perplexidade. O que é surpreendente é que muitos termos centrais são de origem iraniana. Isso afeta quase todos os títulos […]. Alguns estudiosos também querem atribuir o nome próprio "turco" a uma origem iraniana e ligá-lo à palavra "turan", o nome persa para o país do outro lado do Oxo.

Referências

  1. Cereti, Carlo G.; Maggi, Mauro; Istituto italiano per l'Africa e l'Oriente (2005), Middle Iranian lexicography, ISBN 9788885320260 (em inglês), 98, Roma: Proceedings of the Conference held in Rome, 9–11 April 2001 
  2. «Turca». Consultado em 19 de dezembro de 2014 
  3. «Qual a diferença entre turcos e turcos-otomanos?». Consultado em 19 de dezembro de 2014 
  4. «The Kultegin Inscription (1-40 lines)». irq.kaznpu.kz (em inglês). Comité de Linguística do Ministério da Cultura e Informação do Cazaquistão. Consultado em 17 de janeiro de 2011. Cópia arquivada em 17 de janeiro de 2011 
  5. «The Bilge Kagan inscription». irq.kaznpu.kz (em inglês). Comité de Linguística do Ministério da Cultura e Informação do Cazaquistão. Consultado em 17 de janeiro de 2011. Cópia arquivada em 17 de janeiro de 2011 
  6. «Tonyukuk's Memorial Complex, The». irq.kaznpu.kz (em inglês). Comité de Linguística do Ministério da Cultura e Informação do Cazaquistão. Consultado em 17 de janeiro de 2011. Cópia arquivada em 17 de janeiro de 2011 
  7. Marshall Cavendish Corporation, Peoples of Western Asia, ISBN 978-0761476771 (em inglês) 
  8. a b c d Wei Zheng (ou Xuancheng ou Duque Wenzhen de Zheng) (século VII),   隋書 (Livro de Sui). Vol. 84 no Wikisource em chinês. 
  9. a b c Linghu Defen (ou Duque Xian de Pengyang) (século VII),   周書 (História das Dinastias do Norte). Vol. 50 no Wikisource em chinês. 
  10. a b c Li Yanshou (século VII),   北史 (Livro de Zhou). Vol. 99 no Wikisource em chinês. (em chinês) 
  11. Findley, p. 39
  12. Zhu, p. 68-91
  13. 杜佑, 《通典》 (Du You), 北京: 中華書局出版 (Tongdian )|língua=zh|ano=1988|isbn=7-101-00258-7|edição=Jiao dian ben|volume=197}}
  14. Wei Shou (554),   魏書 (Livro de Wei). Vol. 4-I no Wikisource em chinês. 
  15. Sima Guang,   資治通鑑/卷123 vol. 123 no Wikisource em chinês.
  16. 永和七年 (太延五年) 九月丙戌 (em chinês), Academia Sinica 
  17. Sima Guang,   Vol. 159 no Wikisource em chinês.
  18. Sinor, Denis (1990), The Cambridge history of early Inner Asia, ISBN 9780521243049, The Establishment and Dissolution of the Turk Empire (em inglês) 1994 ed. , Cambridge: Cambridge University Press, p. 295 
  19. Holcombe, Charles, The Genesis of East Asia, 221 B.C.-A.D. 907, ISBN 978-0-8248-2465-5 (em inglês), Honolulu: University of Hawaii Press 
  20. 馬長壽, 《突厥人和突厥汗國》, 上海人民出版社 (em chinês), 1957, pp. 10-11 
  21. Fengxiang Chen; Yingshi Yu (2002), Zhongguo tong shi, ISBN 978-957-11-2881-8, (陳豐祥, 余英時, 《中國通史》, 五南圖書出版股份有限公司) (em chinês) 
  22. Gao Yang, "The Origin of the Turks and the Turkish Khanate", X. Türk Tarih Kongresi: Ankara 22 - 26 Eylül 1986, Kongreye Sunulan Bildiriler, V. Cilt, Türk Tarih Kurumu, 1991, s. 731. (em inglês)
  23. Oğuz, Burhan (1976), Türkiye halkının kültür kökenleri: Giriş, beslenme teknikleri (em turco), Istambul: Matbaası 
  24. Moses, Larry W.; ed. Perry, John Curtis; Smith, Bardwell L. (1976), Essays on T‘ang society: the interplay of social, political and economic forces, ISBN 978-90-04-04761-7, Relations with the Inner Asian Barbarian (em inglês), Brill Archive, p. 65 
  25. Sinor, Denis. Inner Asia. p. 26
  26. Sinor, Denis. Inner Asia. p. 101
  27. Sima Guang,   Vol. 166 no Wikisource em chinês.
  28. a b Grousset 1970, p. 81
  29. «大業十一年 八月癸酉». db1x.sinica.edu.tw/sinocal/ (em chinês). Academia Sinica. Consultado em 11 de outubro de 2011. Arquivado do original em 22 de maio de 2010 
  30. Sima Guang,   Vol. 182 no Wikisource em chinês.
  31. «武德九年 八月癸未». db1x.sinica.edu.tw/sinocal/ (em chinês). Academia Sinica. Consultado em 11 de outubro de 2011. Arquivado do original em 22 de maio de 2010 
  32. «武德九年 八月乙酉». db1x.sinica.edu.tw/sinocal/ (em chinês). Academia Sinica. Consultado em 11 de outubro de 2011. Arquivado do original em 22 de maio de 2010 
  33. Sima Guang,   Vol. 191 no Wikisource em chinês.
  34. Graff, David Andrew (2002), Medieval Chinese warfare, 300-900, ISBN 978-0-415-23955-4 (em inglês), Routledge, p. 186, consultado em 12 de outubro de 2011 
  35. a b Ouyang Xiu. Novo Livro dos Tang   vol. 215-I no Wikisource em chinês.
  36. «貞觀四年 二月甲辰». db1x.sinica.edu.tw/sinocal/ (em chinês). Academia Sinica. Consultado em 11 de outubro de 2011. Arquivado do original em 22 de maio de 2010 
  37. Livro dos Tang.   vol. 3 no Wikisource em chinês.
  38. a b Ouyang Xiu, Novo Livro dos Tang.   vol. 93 no Wikisource em chinês.
  39. a b Sima Guang,   Vol. 193 no Wikisource em chinês.
  40. 貞觀四年 三月庚辰
  41. Gumilev 2007, p. 238
  42. «貞觀十三年 四月戊寅». db1x.sinica.edu.tw/sinocal/ (em chinês). Academia Sinica. Consultado em 11 de outubro de 2011. Arquivado do original em 22 de maio de 2010 
  43. Sima Guang,   Vol. 195 no Wikisource em chinês.
  44. a b Sima Guang,   Vol. 202 no Wikisource em chinês.
  45. «開耀元年 十月乙酉». db1x.sinica.edu.tw/sinocal/ (em chinês). Academia Sinica. Consultado em 11 de outubro de 2011. Arquivado do original em 22 de maio de 2010 
  46. Sima Guang,   Vol. 203 no Wikisource em chinês.
  47. Boĭkova, Elena Vladimirovna; Rybakov, R. B., Kinship in the Altaic World: Proceedings of the 48th Permanent International Altaistic Conference, Moscow 10-15 July, 2005, ISBN 978-344705416 Verifique |isbn= (ajuda) (em inglês), Otto Harrassowitz Verlag, p. 225, consultado em 13 de novembro de 2011 
  48. Khazanov, Anatoly Michailovich (1994), Nomads and the Outside World, ISBN 978-0299142841 (em inglês) 2ª ed. , University of Wisconsin Press, p. 256, consultado em 13 de outubro de 2011 
  49. Róna-Tas, András (1991), An introduction to Turkology (em inglês), Universitas Szegediensis de Attila József Nominata, consultado em 13 de outubro de 2011 
  50. Wink, p. 66.
  51. Grousset 1970, p. 114.
  52. Golden, Peter Benjamin (1995), An introduction to the history of the Turkic peoples:ethnogenesis and state-formation in medieval and early modern Eurasia and the Middle East, ISBN 978-3447032742 (em inglês), O. Harrassowitz, p. 121-122, consultado em 13 de outubro de 2011 
  53. Scharlipp, Wolfgang-Ekkehard (1992), Die frühen Türken in Zentralasien: eine Einführung in ihre Geschichte und Kultur, ISBN 9783534116898 (em alemão), Wissenschaftliche Buchgesellschaft, p. 18, consultado em 13 de outubro de 2011 

Bibliografia

editar
  • Findley, Carter Vaughin (2005), The Turks in World History, ISBN 0195177266 (em inglês), Oxford: Oxford University Press 
  • Grousset, René (1970), The Empire of the Steppes, ISBN 0-8135-1304-9 (em inglês), Rutgers University Press 
  • Gumilev, Lev (2007), Os Gokturks (Древние тюрки; Drevnie ti︠u︡rki), ISBN 5-17-024793-1 (em russo), Moscovo: AST 
  • Guang, Sima (1066), Zizhi Tongjian    資治通鑑 no Wikisource em chinês.
  • Sinor, Denis (1997), Inner Asia, ISBN 978-0-7007-0380-7 (em inglês), Routledge 
  • Wink, André, Al-Hind: The Making of the Indo-Islamic World (em inglês), Brill Academic 
  • Zhu, Xueyuan (朱学渊) (2004), 中国北方诸族的源流 (As origens da etinicidade do norte da China), ISBN 7-101-03336-9 (em chinês), Pequim: Zhonghua Shuju (中华书局) 

Ligações externas

editar
 
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Goturcos