Projeto Mapa (Arquivo Nacional)
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O projeto Mapa (Memória da Administração Pública Brasileira) foi criado em 1981, no âmbito do programa de modernização do Arquivo Nacional, para levantar e processar informações sobre a administração pública brasileira, a fim de atender às áreas técnicas no processo de identificação e organização dos conjuntos documentais sob a guarda da instituição. O estabelecimento deste grupo de pesquisa, que existe até hoje, deu-se em virtude da carência de estudos sistemáticos sobre a história administrativa do país, considerada como um pré-requisito para a execução das tarefas que envolviam o tratamento da documentação, possibilitando entender sua organicidade e reconhecer sua procedência (Arquivo Nacional, 1984).[1]
Em seus primeiros anos, o grupo construiu uma metodologia específica de pesquisa, orientada pelo respeito ao princípio de proveniência, que, utilizando como base a legislação, permitia recuperar as principais características sobre a organização da administração pública brasileira, subsidiando tanto as atividades de processamento técnico dos fundos do Arquivo Nacional, quanto as de identificação dos documentos localizados em órgãos e entidades públicos visando ao seu recolhimento (Arquivo Nacional, 1984)..
Ultrapassando seus objetivos iniciais, os trabalhos do Mapa também se voltaram para o público externo, dando origem ao livro Fiscais e meirinhos: a administração no Brasil colonial (1985) e à estruturação de uma base de dados sobre a administração pública brasileira, a Base Mapa (1985), que se constituiu como uma experiência inovadora na utilização do computador como suporte para a pesquisa histórica.
Ao longo dos anos, o projeto, acompanhando as transformações ocorridas no Arquivo Nacional, foi transformado em um programa permanente pesquisa, ampliando seu papel na divulgação de informações e na produção de estudos sobre a história da administração pública brasileira. Em 2008, a base de dados, integrante do Sistema de Informações do Arquivo Nacional (Sian), tonou-se acessível ao grande público via internet, contando com registros, constantemente atualizados, sobre cargos, órgãos e entidades de 1501 até os dias atuais (Sobre o Mapa...)[1].
Outras frentes de trabalho do Mapa estiveram dedicadas ao apoio às atividades de classificação e programas de gestão de documentos, assim como à elaboração de publicações, entre as quais destacam-se Estado e administração: a corte joanina no Brasil (2010), Estado e administração: a construção do Brasil independente (1822-1840) (2015) e Guia da administração brasileira: Império e Governo Provisório (1822-1891) (2017), e os trabalhos monográficos da série Cadernos Mapa.
Em 2011, foi criado o sítio Mapa[2], que tem como principal produto o Dicionário da administração pública brasileira, composto, atualmente, por três partes: período colonial (1501-1822), período imperial (1822-1889) e Primeira República (1889-1930).
Referências
editar- ARQUIVO NACIONAL (Brasil). Relatório de gestão 1980-1984. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, [1984]. Disponível em: http://antigo.arquivonacional.gov.br/images/Relatorio_de_gestao/1980_1984.pdf. Acesso em: 31 maio 2023.
- CABRAL, Dilma. A história administrativa na instituição arquivística: o projeto Mapa do Arquivo Nacional. Officina – Revista da Associação de Arquivistas de São Paulo, São Paulo, v. 1, n. 2, p. 63-81, 2022. Disponível em: https://revista.arqsp.org.br/index.php/revista-da-associacao-de-arquivi/article/view/24/25. Acesso em: 31 maio 2023.
- SOBRE o Mapa. In: MEMÓRIA da Administração Pública Brasileira (sítio eletrônico). Disponível em: http://mapa.an.gov.br/index.php/sobre-o-mapa. Acesso em: 14 nov. 2023.