Protásio Alves

político brasileiro
 Nota: Para outros significados, veja Protásio Alves (desambiguação).

Protásio Antônio Alves (Rio Pardo, 21 de março de 1859Porto Alegre, 5 de junho de 1933) foi um médico e político brasileiro.[1][2]

Protásio Alves
Protásio Alves
Nascimento 21 de março de 1859
Rio Pardo
Morte 5 de junho de 1933 (74 anos)
Porto Alegre
Sepultamento Cemitério da Santa Casa de Misericórdia
Cidadania Brasil
Alma mater
Ocupação político

Filho de Patrício Antonio Alves e de Candida Carolina Avila Alves. Casou com Geralda Velho Cardia em 29 de maio de 1886.[3] Diplomado médico pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1881, onde obteve um doutorado em medicina em 1882, com a tese "Paralelo entre a divulsão e a uretrotomia interna".[3] De 1883 a 1885 especializou-se na Europa, estudando em Viena, Berlim e Paris. Em Viena estudou cirurgia com Theodor Billroth.[3]

Professor Catedrático de Obstetrícia, foi o primeiro diretor da Faculdade Livre de Medicina e Farmácia de Porto Alegre, de 1898 a 1904 e de 1905 a 1907. Como diretor presidiu a cerimônia de formatura da primeira turma de médicos da faculdade, composta por dez homens e uma mulher.[3][4]

Foi desde jovem membro ativo do Partido Republicano Rio-grandense (PRR), tendo sido eleito deputado à Assembléia Constituinte Estadual do Rio Grande do Sul em 1891.

Foi vice-presidente de província (equivalente atual a vice-governador) por duas vezes do Rio Grande do Sul, de 1918 a 1923 e de 1923 a 1928. Fundou em 1897 o Curso de Partos, anexo à Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, juntamente com Deoclécio Pereira e Sebastião Leão. Foi também seu primeiro diretor, de 1898 a 1904 e depois, num segundo período, de 1905 a 1907. Foi um dos fundadores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, juntamente com o Dr. Eduardo Sarmento Leite.

Foi o primeiro Diretor de Higiene do Estado do Rio Grande do Sul, vinculado à Secretaria do Interior e Exterior. Promovido ao cargo de Secretário do Interior e Exterior em 1906, deixou o cargo somente em 1928, no governo de Getúlio Vargas. Desde o início de seu mandato teve grande preocupação em criar laboratórios de análise no estado e defender o investimento em saneamento básico de forma a valorizar o capital humano. Também concentrou-se na luta contra a tuberculose, insistindo na construção de sanatórios.

Em 1920 organizou a implantação de centros de combate à ancilostomíase, realizando um convênio com a Fundação Rockefeller dos Estados Unidos. Postos foram instalados inicialmente em Montenegro e Torres, depois em Conceição, cidades onde o índice de contaminação por verminoses passava de 98%.

Presidiu a comissão organizadora do 9° Congresso Médico Brasileiro realizado em 1926 em Porto Alegre.

Sepultado no Cemitério da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre,[3][5] junto com sua mulher, morta em 18 de janeiro de 1929.[3]

Referências

Ver também

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