Puma Punku
Puma Punku, também chamada “Pumapunku” (Nas Línguas Aymara e Quechua puma "cougar, puma" e punku "porta"; em espanhol: Puma Puncu) é um sítio arqueológico composto de um grande complexo de templos e monumentos, fazendo parte do Sitio de Tiwanaku, localizado próximo de Tiwanaku, Bolívia. Arqueólogos acreditam ter sido feito em 5.000 A.C. ou depois.
Tiwanaku é importante nas tradições Inca porque se acredita que o sitio seria onde o mundo teria sido criado.[1] Em Aymara, Puma Punku significa " A Porta De Puma". O complexo de Puma Punku consiste de uma corte ocidental sem muros, uma esplanada central sem muros, uma plataforma com uma cova em frente a uma pedra e uma corte oriental com muro.[2][3][4]
Em seu pico, Puma Punku é acreditado ter sido de "inimaginavelmente maravilhoso"[3] adornado com placas de metal polido, colorido com ornamentos de cerâmica e tecido, e visitado por cidadãos bem vestidos, padres e cidadãos da elite usando jóias exóticas. O conhecimento atual deste complexo é limitado por conta de sua idade, a falta de registro escrito e o estado deteriorado do local atualmente devido a saques, mineração para pedras usadas em construção e criação de estradas, junto com o atrito com a natureza.[2][3][5]
O complexo de Puma Punku consiste de esplanadas, templos e monumentos, formados com pedra do estilo megalítico. O sítio principal possui 789 metros de comprimento por 485 metros de largura. A borda oeste de Puma Punku é ocupada pela “Plataforma Lítica”, um terraço de pedra de 25,8 de extensão. Este terraço é pavimentado com múltiplos blocos de enormes pedras. A Plataforma Lítica contém a maior pedra encontrada em todo o sítio arqueológico de Puma Punku e Tiwanaku. Baseado nas propriedades da rocha da qual foi extraída, é estimado que essa única pedra tenha 131 toneladas métricas. O núcleo das construções em Puma Punku consiste de argila, enquanto o acabamento consiste de areia e pedregulhos. Escavações no sítio de Puma Punku documentaram a existência de cinco épocas distintas de construção, além de pequenas reformas e remodelagens ocorridas em outras épocas.
Durante seu apogeu, acredita-se que Puma Punku era um local "incrivelmente maravilhoso", adornado com placas de metal polido, cerâmicas de cores brilhantes e ornamentado com quadros e peles, frequentado por sacerdotes e pela elite, que vestiam-se com roupas cerimoniais e jóias exóticas. A compreensão da natureza deste complexo arqueológico ainda é limitada, devido à sua antiguidade, falta de provas escritas e o atual estado de elevada deterioração, tanto pelo desgaste natural mas também devida à depredação causada por visitantes e saqueadores.
Idade
editarPesquisadores tem trabalhado em conjunto para determinar a idade de Puma Punku desde sua descoberta como dito pelo especialista W. H. Isbell, professor da Universidade de Binghamtom,[2] uma datação por Rádio Carbono foi obtida[3] e mostrou que o complexo deve ter sido construído por volta de 536-600 d.C. as escavações das trincheiras mostram que o barro, areia e cascalho do complexo datam no meio de sedimentos do Pleistoceno. E essas escavações também mostram a falta de quaisquer evidências culturais de ocupação da área antes do século VII d.C.[3]
Referências
- ↑ Mahony, Molly C. (30 de novembro de 2009). «A Review of "Encyclopedia of Time: Science, Philosophy, Theology, & Culture"». Journal of Religious & Theological Information. 8 (3-4): 197–198. ISSN 1047-7845. doi:10.1080/10477841003751948
- ↑ a b c Evans, Susan Toby, 1945-; Pillsbury, Joanne.; Dumbarton Oaks. (2004). Palaces of the ancient new world : a symposium at Dumbarton Oaks, 10th and 11th October 1998. Washington, D.C.: Dumbarton Oaks Research Library and Collection. ISBN 0-88402-300-1. OCLC 57392889
- ↑ a b c d e Yaeger, Jason; Vranich, Alexei (31 de dezembro de 2013). «A Radiocarbon Chronology of the Pumapunku Complex and a Reassessment of the Development of Tiwanaku, Bolivia». Cotsen Institute of Archaeology Press: 127–146. ISBN 978-1-950446-11-7
- ↑ Vranich, Alexei (janeiro de 2006). «The Construction and Reconstruction of Ritual Space at Tiwanaku, Bolivia (A.D. 500–1000)». Journal of Field Archaeology. 31 (2): 121–136. ISSN 0093-4690. doi:10.1179/009346906791071990
- ↑ II, Alfred Kidder (abril de 1973). «: Acerca de la procedencia del material litico de los monumentos de Tiwanaku . Carlos Ponce Sangines, Gerardo Mogrovejo Terrazas. ; Las Culturas Wankarani y Chiripa y su relacion con Tiwanaku . Carlos Ponce Sangines.». American Anthropologist. 75 (2): 528–529. ISSN 0002-7294. doi:10.1525/aa.1973.75.2.02a01240
- Birx, H. James (2006). Encyclopedia of Anthropology. Thousand Oaks, CA: SAGE Publications, Inc.
- Isbell, William H. (2004), "Palaces and Politics in the Andean Middle Horizon", in Evans, Susan Toby; Pillsbury, Joanne (eds.), Palaces of the Ancient New World, Washington, D.C.: Dumbarton Oaks Research Library and Collection, pp. 191–246, ISBN 0-88402-300-1, retrieved 2010-04-26
- Vranich, A., 1999, Interpreting the Meaning of Ritual Spaces: The Temple Complex of Pumapunku, Tiwanaku, Bolivia. Doctoral Dissertation, The University of Pennsylvania.
- Vranich, A., 2006, "The Construction and Reconstruction of Ritual Space at Tiwanaku, Bolivia: A.D. 500-1000. ," Journal of Field Archaeology 31(2): 121–136.
- Ponce Sanginés, C. and G. M. Terrazas, 1970, Acerca De La Procedencia Del Material Lítico De Los Monumentos De Tiwanaku. Publication no. 21. Academia Nacional de Ciencias de Bolivia.