Radomir Putnik (sérvio: Радомир Путник) nasceu em Kragujevac, Sérvia em 24 de janeiro de 1847 e faleceu em Nice, na França em 17 de maio de 1917 aos 70 anos de idade. Foi um Marechal sérvio que comandou o exército durante a Primeira Guerra Mundial.[1]

Radomir Putnik

Marechal Radomir Putnik
Nascimento 24 de janeiro de 1847
Kragujevac, Sérvia
Morte 17 de maio de 1917 (70 anos)
Nice, França
Sepultamento Novo Cemitério de Belgrado
Nacionalidade Sérvio
Cidadania Reino da Sérvia
Alma mater
  • Academia Militar de Belgrado
Ocupação oficial, comandante militar
Distinções
  • Grã-Cruz da Ordem da Águia Branca
  • Ordem de São Sava
  • Ordem da Cruz de Takovo
  • Ordem Nacional da Legião de Honra
  • Cavaleiro Comandante da Ordem de São Miguel e São Jorge
  • Ordem de Santo Estanislau, 1ª classe
  • Ordem de Santo Estanislau, 3.ª classe
  • Ordem de São Jorge, 4.ª classe
  • Ordem da Coroa de Ferro
Serviço militar
Lealdade Principado da Sérvia
Reino da Sérvia
Serviço Exército Sérvio
Tempo de serviço 1861–1896
1903–1917
Patente Marechal-de-exército
Batalhas/Guerras Guerra Sérvio-Otomana
Guerra servo-búlgara
Guerras dos Balcãs
Primeira Guerra Mundial
Causa da morte enfisema pulmonar
Assinatura
Assinatura de Radomir Putnik

Biografia

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Radomir era filho de Dimitrije, um professor de sua cidade natal, Kragujevac, onde concluiu seus estudos. Em 1863, se graduou na Escola de Artilharia de Belgrado e em 1879, casou-se com Ljubica Bojović com quem teve 7 filhos. Durante as guerras contra os turcos entre 1876 e 1877, foi repreendido várias vezes por utilizar "linguagem inadequada" com os oficiais.

Foi professor da Academia Militar entre 1886-1895. Em 1889, foi nomeado vice-chefe do Estado-maior, logo entrou em conflito com o Rei Milan I, com isso foi forçado à se aposentar. Em 1899, após uma fracassada tentativa de assassinato do Rei Milan I, Putnik fugiu do país por medo de retaliações.

Em 1903, o Rei Alexandre I da Sérvia foi assassinado por membros da organização Mão Negra e o príncipe Pedro I da Sérvia assumiu o trono, assim Putnik pode retornar à Sérvia. Durante as Guerras Balcânicas comandou o Exército Sérvio contra os turcos e, posteriormente, contra os búlgaros.

Primeira Guerra Mundial

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Quando a Primeira Guerra Mundial começou, Putnik estava internado num hospital em Budapeste, o chefe do Estado-mairo austríaco, Franz Conrad von Hötzendorf permitiu-lhe partir para a Sérvia como um gesto cavalheiro e também por não acreditar com o velho Marechal de 67 anos pudesse comandar os sérvios.

Putnik ao chegar em Belgrado entregou sua carta de demissão ao rei, mas este recusou. Putnik teve que assumir o comando do exército e impedir o avanço austríaco, os sérvios conseguem derrotar os austríacos na Batalha de Cer. Em 1915, a Bulgária declara guerra à Sérvia e invade a região da Macedônia, as forças sérvias não conseguem parar a ofensiva búlgara então Putnik ordena em 25 de novembro, a retirada geral das tropas, os sérvios tiveram que fugir para a Albânia e Montenegro. Navios franceses transportaram as tropas sérvias para Corfu, na Grécia. Putnik estava tão debilitado que teve que ser carregado, ele sofria de bronquite, pneumonia e gripe. A Sérvia se rendeu e todos os generais e oficiais sérvios foram demitidos, inclusive Putnik.

Putnik estabeleceu-se em Nice, na França, onde foi recebido com honras militares. Em 17 de maio de 1917, Putnik faleceu vítima de enfisema pulmonar. Em 1926, seus restos mortais foram transladados para a Sérvia, onde foi sepultado com honras militares numa capela no Novo Cemitério de Belgrado.

  1. «Radomir Putnik | Biography & Facts | Britannica». www.britannica.com (em inglês). Consultado em 24 de outubro de 2024