Rafael Cepeda
Rafael Cepeda Atiles (10 de julho de 1910 — 21 de julho de 1996) foi o patriarca da família Cepeda, conhecidos internacionalmente como os expoentes da música folclórica afro-porto-riquenha.
Rafael Cepeda | |
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Informações gerais | |
Nome completo | Rafael Cepeda Atiles |
Também conhecido(a) como | Patriarca da Bomba e Plena |
Nascimento | 10 de julho de 1910 (114 anos) |
Local de nascimento | San Juan, Porto Rico |
Morte | 21 de julho de 1996 (86 anos) |
Local de morte | Carolina, Porto Rico |
Gênero(s) | música folclórica afro-porto-riquenha |
Ocupação | compositor |
Primeiros anos
editarCepeda nasceu em Puerta de Tierra, San Juan, filho de Modesto Cepeda e Leonor Atiles. Cepeda nasceu em uma família que passava as danças tradicionais da bomba e da plena de geração para geração. De acordo com Cepeda, ele nasceu enquanto sua mãe Leonor dançava bomba. Estudou na Escola Católica Santo Agostinho até a oitava série em San Juan, depois virou pugilista amador e trabalhou como carpinteiro. Durante seu tempo livre continuava a dançar bomba e plena.[1]
Grupo Folklorico Trapiche
editarÁudios externos | |
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Escute a interpretação de "Oye Rosa" de Rafael Cepeda | |
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Em 1932, Cepeda se casou com Caridad Brenes Caballero, dançarina de bomba e plena, juntos tiveram dez filhos. Cepeda decidiu formar um grupo de dança folclórica com ajuda de sua esposa Caridad quem viria a ser a coreógrafa do grupo e confeccionista dos trajes tradicionais. Em 1940, seu primeiro grupo, chamado "ABC", fez sua estreia no programa de rádio local de Rafael Quiñones Vidal, Tribuna del Arte.[2][3]
Em 1957, Cepeda formou um segundo grupo folclórico que ele chamou de Grupo Folklorico Trapiche; este grupo fez shows em todos os principais hotéis da ilha e participou dos seguintes filmes: Carnaval en Puerto Rico (1961), Felicia (1963) e Mientras Puerto Rico duerme (1964). Em 1973, membros da família, incluindo seus filhos, formaram o Ballet Folklorico de la familia Cepeda. Este novo grupo ganhou fama internacional e participou do filme de 1975 Mi Aventura en Puerto Rico. O grupo se tornou uma instituição porto-riquenha e já fez apresentações nos Estados Unidos, América do Sul e Central, Europa e Ásia. O governo de Porto Rico nomeou Cepeda "O Patriarca da Bomba e Plena" em reconhecimento das suas contribuições para a cultura musical de matriz africana da ilha.[1]
Gravações
editarCepeda compôs e gravou mais de 500 obras. Estas são umas mas mais conhecidas:[1]
- "El Bombon de Elena"
- "A Bailar Bambule"
- "Madam Calalú"
- "Mofongo Pelaó"
- "Habla Cuembé"
- "A la Verdegué"
- "Juan José"
- "Santígualo"
- "Bambulaé seá Allá"
- "Mi Goleta"
- "Mi Caela"
- "El Chivo"
- "Sobina Santos"
- "En Prueba de su Amistad"
- "Guaguaracengo"
- "La Negra Toto"
- "Vira Más"
- "Cuando el Negro se Alzó"
- "Lero de mi Lero"
- "Conde Kirico"
- "Candelario Alomar"
- "Ana Celía"
- "Anaízo"
- "Candela"
- "Zumbador"
Últimos anos
editarEm 1977, Modesto Cepeda, seu filho, fundou a Escola de Bomba de Plena Rafael Cepeda Atiles que se localiza na Rua Union, número 71, no setor Playita de Villas Palmeras, em Santurce, San Juan.[4] A escola ensina aos jovens de Porto Rico os fundamentos das danças tradicionais. Sua esposa Caridad faleceu em 25 de fevereiro de 1994; Rafael Cepeda morreu de um ataque cardíaco em 21 de julho de 1996 na cidade de Carolina. Foi enterrado com sua esposa no Cemitério de Villas Palmeras que hoje carrega o seu nome.[1]
Legado
editarJesus Manuel Cepeda, filho de Rafael fundou a Fundação Cultural Folclórica Rafael Cepeda. Em 1997, a família inaugurou a Casa Museu Rafael Cepeda. Em sua homenagem o Instituto de Cultura de Porto Rico estabeleceu o Festival Rafael Cepeda de Bomba e Plena que é celebrado anualmente em San Juan.[2][3]