Raminho de Oxóssi
Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (Março de 2018) |
Severino Martiniano da Silva[1] mais conhecido como Raminho de Oxóssi,[2] (Recife, 9 de janeiro de 1938 – 8 de dezembro de 2024) foi babalorixá da Roça Oxum Opará Oxóssi Ibualama e um dos Patrimônios Vivos de Pernambuco, localizado no bairro Jardim Brasil I, Olinda – Pernambuco. Foi iniciado aos dez anos de idade no Pátio do Terço no bairro de São José, no Recife, pelas Tias do Sítio de Pai Adão. Dez anos após sua iniciação no nagô trouxe o culto Jeje para o estado de Pernambuco, onde cultuava os Voduns. Raminho de Oxóssi faleceu no dia 8 de Dezembro de 2024 em decorrência de uma Infecção do trato urinário[3].
Raminho de Oxóssi | |
---|---|
Nascimento | 9 de janeiro de 1938 Recife, Pernambuco |
Morte | 8 de dezembro de 2024 (86 anos) |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | Babalorixá |
A importância de Raminho para a cultura afro-brasileira pernambucana
editarRaminho de Oxossi foi uma figura crucial para a preservação e difusão da cultura afro-brasileira em Pernambuco. Além de sua atuação como líder religioso, ele foi o fundador do Afoxé Ará Odé, em 1982, o mais antigo afoxé em atividade no estado. O Ará Odé, que significa "Povo de Odé", leva para as ruas a rica tradição africana, promovendo a luta contra o racismo e a valorização da diversidade cultural.
Outra importante contribuição de Raminho de Oxossi foi a organização da Procissão de Oxalá, também conhecida como Águas de Oxalá ou Lavagem do Bonfim de Olinda. Essa celebração religiosa, que atraía mais de 10 mil pessoas anualmente, tornou-se um marco no calendário cultural de Olinda, reforçando a importância da fé e da espiritualidade afro-brasileira na identidade da cidade. [4]
Filhos
editarCleonice Clemente Nobre mais conhecida como "Mãe Dua de Tempo", é uma Ialorixá de Candomblé da casa Ilê Axé Oiá Uagã Balé, Rio Grande do Norte.
Mãe Dua foi iniciada aos 17 anos, pelas mãos da Ialorixá Geralda de Ogum, ou Geralda de Ceará-Mirim, da qual recebeu obrigação Nagô para o orixá Iansã, e desenvolveu ao culto da Jurema do Nordeste. Muito precocemente, começa a aparecer filhos-de-santo, ou pessoas para aprender a cultuar a jurema, em 1980 já tinha uma casa aberta onde cultuava os orixás e entidades ligadas a Jurema. Esta casa funciona até os dias atuais em Natal-Rio Grande do Norte
Com o falecimento de Mãe Geralda, Dua já sabia que pertencia ao inquice Tempo, procura no Recife um sacerdote que possa fazer suas obrigações e encontra na pessoa de Tata Raminho do Oxóssi, um caminho a seguir, então tira mão de vumbi, recebe as obrigações de Decá, e finalmente se torna a "Ialorixá Dua de Tempo".
Referências
- ↑ Lins, Anilson (30 de setembro de 2015). Xangô de Pernambuco: a substância dos orixás segundo os ensinamentos contidos no manual do Sítio de Pai Adão. [S.l.]: Pallas Editora. ISBN 9788534705875
- ↑ Costa, Wesley; Ricardo, Victor. «Identidades Afro-Indígenas e a Trajetória do Tata Raminho de Oxóssi No Culto da Jurema Sagrada» (em inglês)
- ↑ «Morre Tata Raminho de Oxóssi, babalorixá e Patrimônio Vivo de Pernambuco, aos 88 anos». G1. 8 de dezembro de 2024. Consultado em 8 de dezembro de 2024
- ↑ https://www.olinda.pe.gov.br/img_7934//