Ramiro Garcês de Viguera
Ramiro Garcês de Viguera (em castelhano: Ramiro Garcés de Viguera; c. 945[1] — 9 de julho de 981) foi o primeiro rei de Viguera, de 970 até à sua morte.
Ramiro Garcês de Viguera | |
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Rei de Viguera | |
Reinado | 970-981 |
Sucessor(a) | Sancho Ramires de Viguera |
Nascimento | c. 945 |
Morte | 9 de julho de 981 (36 anos) |
Torre Vicente | |
Sepultado em | Mosteiro de Leyre |
Dinastia | Jimena |
Pai | Garcia Sanches I de Pamplona |
Mãe | Teresa de Leão |
Filho(s) | Sancho Ramires de Viguera; Garcia Ramires de Viguera |
Vida
editarOs seus pais eram Garcia Sanches I e a sua segunda esposa Teresa de Leão,[1] filha do rei Ramiro II e da rainha Ausenda Guterres. Alguns autores sugerem que o seu pai lhe deixou em herança a região de Viguera com o título de rei devido a pressões da rainha Teresa, que tentou que o rei deserdasse o filho primogénito Sancho Garcês II. O reino consistia dos vales do rios Iregua e Leça, com Viguera, a segunda mais importante fortaleza na Rioja depois de Nájera, no centro do reino. A outra fortaleza relevante era Calaorra, sob o controlo dos muçulmanos.[2] Apesar de ter sido costume entre os reis de Pamplona durante o século X repartir entre os seus filhos bens territoriais que podiam ser transmitidos aos seus herdeiros, estes bens ainda estavam sujeitos aos reis de Pamplona, assim Ramiro Garcês foi um subrégulo (subregulus) e vassalo do seu irmão Sancho Garcês II.[3]
Em 945 tentou uma incursão no território vizinho muçulmano, mas foi derrotado na batalha de Estercuel em 6 de julho. Segundo fontes árabes, foi morto em 981 na Batalha de Torre Vicente, entre Atiença e Gormaz, onde ele e o conde de Castela Garcia Fernandes lutaram contra Almançor apoiando o rebelde cordovês e sogro de Almançor, Galibe ibne Abderramão.[4] Foi enterrado no Mosteiro de Leyre segundo aparece num documento do dito mosteiro em 991 quando seu irmão Sancho Garcês II com sua esposa Urraca fizeram uma doação ao mosteiro onde cum Dei ausilio sepultus est.[5]
Descendência
editarTeve dois filhos conhecidos que herdaram o reino:[4]
- Sancho, o filho primogénito do rei, que pode ter sido o regente depois da morte do seu primo irmão, o rei Garcia Sanches II, durante a menoridade do futuro rei Sancho Garcês III[6] Desaparece da documentação em 997.[7]
- Garcia Ramires de Viguera, morto cerca de 1004, o último ano que figura na documentação.[7]
Ver também
editarReferências
- ↑ a b Cañada Juste 1982, p. 24.
- ↑ Martínez Díez 2007, p. 37.
- ↑ Martínez Díez 2007, p. 179.
- ↑ a b Cañada Juste 1982, p. 37.
- ↑ Ubieto Arteta 1986, p. 134-135, doc. 67.
- ↑ Martínez Díez 2007, p. 41.
- ↑ a b Martínez Díez 2007, p. 238.
Notas e bibliografia
editar- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em castelhano cujo título é «Ramiro Garcés de Viguera», especificamente 66492559 desta versão.
- Bishko, Charles Julian (1948). «Salvus of Albelda and Frontier Monasticism in Tenth-Century Navarre» (PDF). Speculum (em inglês). 23 (4): 559-590. ISSN 2040-8072
- Cañada Juste, Alberto (1981). «Un milenario navarro: Ramiro Garcés, rey de Viguera» (PDF). Príncipe de Viana (em espanhol) (Ano 42, Nº 162): 21-37. ISSN 0032-8472
- Martínez Díez, Gonzalo (2007). Sancho III el Mayor Rey de Pamplona, Rex Ibericus (em espanhol). Madrid: Marcial Pons Historia. ISBN 978-84-96467-47-7
- Ubieto Arteta, Antonio (1986). Documentos reales navarro-aragoneses hasta el año 1004 (em espanhol). Zaragoza: Anubar Ediciones. ISBN 8470132180
- Ubieto Arteta, Antonio (1950). «Monarcas navarros olvidados: Los Reyes de Viguera». Hispania: Revista española de historia (em espanhol) (38): 3-24. ISSN 0018-2141