Random Access Memories
Random Access Memories é o quarto e último álbum de estúdio da dupla francesa de música eletrônica Daft Punk, lançado em 17 de maio de 2013, pela Columbia Records.[1]
Random Access Memories | |||||
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Álbum de estúdio de Daft Punk | |||||
Lançamento | 17 de maio de 2013 | ||||
Gravação | 2008–2012 | ||||
Estúdio(s) | Vários
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Gênero(s) | |||||
Duração | 74:30 | ||||
Idioma(s) | inglês | ||||
Formato(s) | |||||
Gravadora(s) | Columbia | ||||
Produção | |||||
Cronologia de Daft Punk | |||||
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Singles de Random Access Memories | |||||
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Sendo o primeiro trabalho inédito do grupo desde Human After All (2005), o álbum conta com colaborações de vários artistas, incluindo Nile Rodgers, Paul Williams, Giorgio Moroder, Pharrell Williams, Todd Edwards, DJ Falcon, Panda Bear e Julian Casablancas. O trabalho no álbum começou a ser desenvolvido na mesma época em que a dupla criava a trilha sonora do filme Tron Legacy, em 2010, sem um único plano de como seria estruturado. Pouco depois que a banda assinou contrato com a gravadora Columbia Records, foi iniciado um gradual lançamento promocional do novo álbum, incluindo outdoors, comerciais de televisão e até séries de internet, como The Collaborators.
O disco possui uma forte influência setentista, principalmente no estilo funk, com diversas passagens que lembram o disco Songs in the Key of Life, de Stevie Wonder, e Off the Wall, de Michael Jackson. É perceptível também a forte influência do musico Giorgio Moroder, principalmente na canção Giorgio by Moroder que utiliza a faixa The Chase da trilha sonora de Midnight Express (1978) como base para a canção em tributo ao musico italiano. Ainda, possui uma forte inclinação para o pop, principalmente nas canções com participação de Pharrell Williams. É o álbum com conteúdo mais diverso da dupla, não primando apenas pela musica eletrônica. A recepção crítica foi em maior parte positiva. O álbum teve seu prêmio no Grammy como o melhor do ano de 2013.[2] O disco também atingiu o primeiro lugar de vendas em diversas paradas ao redor do mundo, incluindo a Billboard 200 dos Estados Unidos, sendo esse um feito inédito na carreira do duo. Em 2020, o álbum foi nomeado pela Rolling Stone como um dos "500 Maiores Álbuns de Todos os Tempos", ficando na 295ª posição.[3]
Antecedentes
editarPouco depois de terminar sua turnê Alive 2006/2007, Daft Punk começou a trabalhar em um novo material em 2008, gravando demos por aproximadamente seis meses. Eles ficaram satisfeitos com as composições, mas insatisfeitos com o uso de samples e loops: Como Thomas Bangalter afirmou, "Poderíamos tocar alguns riffs e outras coisas, mas não mantê-los por quatro minutos seguidos". Daft Punk deixou essas demos de lado e começou a trabalhar na trilha sonora do filme Tron: Legacy.[4] que Bangalter descreveu como "muito humilde".[5]
Para esse álbum, Daft Punk decidiu trabalhar extensivamente com músicos ao vivo: "Queríamos fazer o que costumávamos fazer com máquinas e samplers, mas com pessoas." Evitaram o uso de samples, com exceção da faixa de encerramento "Contact".[6]
Gravação e produção
editarAs gravações ocorreram no Henson Recording Studios, Conway Recording Studios e Capitol Studios na Califórnia, Electric Lady Studios em Nova York e Gang Recording Studio em Paris, França. Tendo trabalhado com o tecladista e arranjador Chris Caswell em Tron: Legacy, a dupla o alistou e se conectou com engenheiros e outros músicos para seu próximo álbum.[7] Daft Punk lembrou que desejava evitar os sons mais compactados das baterias eletrônicas em favor das baterias "abertas" das décadas de 1970 e 80[4], que a dupla considera a era mais atraente. Bangalter esclareceu que "não é que não possamos fazer coisas com um som futurístico louco, mas queríamos brincar com o passado". A dupla notou que os músicos da sessão estavam entusiasmados em se reunir no contexto do novo álbum e no prestígio percebido das locações de estúdio.[6][8]
A maior parte das sessões vocais ocorreu em Paris, enquanto as seções rítmicas foram gravadas nos Estados Unidos.[6] O álbum incorpora uma variedade de performances de acompanhamento, incluindo uma seção de sopro, instrumentos de sopro, uma orquestra de cordas e coro.[9][10] As partes orquestrais em particular foram gravadas para quase todas as faixas, mas foram incluídas apenas em algumas músicas no produto final.[11] O uso de tais performers e locais acarretava um grande gasto financeiro, conforme observado por Bangalter: "Houve uma época em que as pessoas que tinham meios para experimentar faziam isso, sabe? É sobre isso que trata este álbum".[9] Ele estimou um custo de mais de um milhão de dólares, mas sentiu que o número não era importante.[12] Bangalter afirmou que as sessões foram financiadas pelo próprio Daft Punk, o que lhes permitiu o luxo de abandonar o projeto se assim o desejassem. Ele também especificou que "há músicas no álbum que chegaram a cinco estúdios ao longo de dois anos e meio".[6]
Daft Punk fez este álbum com a colaboração do escritor e cantor Paul Williams e com o guitarrista da banda Chic, o aclamado produtor Nile Rodgers. Williams mencionou essa colaboração em duas entrevistas, que o projeto estaria em produção desde 2010.[13] Durante uma entrevista com Rodgers, ele disse que se encontraria com a dupla para discutir o próximo álbum.[14] O cantor e compositor Nile Rodgers possui uma participação especial no álbum, tocando guitarra em "Get Lucky".
Composição
editarBangalter descreveu o título do álbum como encapsulando o interesse de Daft Punk no passado, referindo-se tanto à tecnologia de memória de acesso aleatório quanto à experiência humana: "Estávamos traçando um paralelo entre o cérebro e o disco rígido - a maneira aleatória como as memórias são armazenadas".[6] Daft Punk sentiu que, embora a tecnologia atual permita uma capacidade ilimitada de armazenar material gravado, o conteúdo produzido por artistas contemporâneos diminuiu em qualidade. Seu objetivo era, portanto, maximizar o potencial de armazenamento infinito, registrando uma grande quantidade de elementos. A dupla apontou o processo como uma inspiração adicional para o título do álbum, na medida em que buscavam fazer conexões fora da série aleatória de ideias.[15]
Recepção
editarCríticas profissionais | |
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Pontuações agregadas | |
Fonte | Avaliação |
Metacritic | 87/100[16] |
Avaliações da crítica | |
Fonte | Avaliação |
AllMusic | [17] |
The A.V. Club | B+[18] |
Entertainment Weekly | A[19] |
The Guardian | [20] |
NME | 10/10[21] |
Pitchfork Media | 8.8/10[22] |
Rolling Stone | [23] |
Spin | 8/10[24] |
Random Access Memories foi amplamente aclamado pela crítica. No Metacritic, que atribui uma classificação média ponderada de 100 às resenhas dos críticos convencionais, o álbum obteve uma pontuação média de 87, com base em 47 resenhas. O álbum teve pontuação mais alta do que qualquer outro álbum da dupla.[16]
A revista Q se referiu ao disco como "por alguma margem o melhor álbum do Daft Punk em uma carreira que já redefiniu a dance music pelo menos duas vezes. É, em suma, uma explosão mental".[25] O The Independent afirmou: "Random Access Memories dá vida à música segura que domina as paradas de hoje, com sua ambição absoluta ... É uma jornada emocionante e que, apesar de todas as voltas musicais, tem os pés plantados na pista de dança".[26] Melissa Maerz da Entertainment Weekly chamou-o de "um álbum de fones de ouvido em uma era de singles de rádio; uma bravura ao vivo que se destaca contra o girar de botões pro forma; um ataque jazzístico da batida house básica; uma colaboração completa em um momento em que o superstar DJ está sozinho". Ela concluiu sua análise dizendo que "se a EDM está transformando humanos em robôs, Daft Punk está trabalhando duro para fazer o robô pop parecer humano novamente".[19]
Random Access Memories venceu o Grammy Awards 2014 nas três categorias a que foi indicado: "Álbum do Ano", "Melhor Álbum de Dance/Eletrônica" e "Melhor Produção de Álbum, não clássico", enquanto seu primeiro single, "Get Lucky", com Pharrell Williams, llevou a melhor nas categorias "Gravação do Ano" e "Melhor Performance de pop em duo ou grupo".[2]
Desempenho comercial
editarRandom Access Memories estreou na primeira posição na parada de álbuns da França, com vendas de 195.013 cópias na primeira semana, sendo o primeiro trabalho do duo a atingir a ponta das tabelas em seu país de origem.[27] O álbum também estreou em primeiro lugar no Reino unido, tendo vendido 165.091 cópias na semana de lançamento no país.[28] O mesmo desempenho se repetiu nos Estados Unidos, com o álbum tendo liderado a Billboard 200, vendendo 339.000 cópias em sua semana de estreia.[29]
Lista de faixas
editarTodas as faixas produzidas por Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Christo.[1][30][31]
Random Access Memories – Edição padrão | ||||||||||
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N.º | Título | Compositor(es) | Duração | |||||||
1. | "Give Life Back to Music" |
|
4:35 | |||||||
2. | "The Game of Love" |
|
5:22 | |||||||
3. | "Giorgio by Moroder" |
|
9:04 | |||||||
4. | "Within" |
|
3:48 | |||||||
5. | "Instant Crush" (com part. de Julian Casablancas) |
|
5:37 | |||||||
6. | "Lose Yourself to Dance" (com part. de Pharrell Williams) |
|
5:53 | |||||||
7. | "Touch" (com part. de Paul Williams) |
|
8:18 | |||||||
8. | "Get Lucky" (com part. de Pharrell Williams) |
|
6:07 | |||||||
9. | "Beyond" |
|
4:50 | |||||||
10. | "Motherboard" |
|
5:41 | |||||||
11. | "Fragments of Time" (com part. de Todd Edwards) |
|
4:39 | |||||||
12. | "Doin' It Right" (com part. de Panda Bear) |
|
4:11 | |||||||
13. | "Contact" |
|
6:23 | |||||||
Duração total: |
74:30 |
Random Access Memories – Faixa bônus da edição japonesa[32] | ||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
N.º | Título | Compositor(es) | Duração | |||||||
14. | "Horizon" |
|
4:24 | |||||||
Duração total: |
78:54 |
Random Access Memories – Faixas bônus do box deluxe[33] | ||||||||||
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N.º | Título | Compositor(es) | Duração | |||||||
14. | "Horizon" |
|
4:24 | |||||||
15. | "Get Lucky" (Daft Punk Remix) |
|
10:33 | |||||||
Duração total: |
89:27 |
Notas
- "Contact" contém uma amostra de "We Ride Tonight", escrita por Garth Porter, Tony Mitchell e Daryl Braithwaite, e interpretada por The Sherbs; e um trecho da missão Apollo 17, realizada por Eugene Cernan, cortesia da NASA.[34]
Desempenho nas paradas
editarCertificações
editarPaís | Certificação | Vendas |
---|---|---|
Alemanha (BVMI)[92] | 3× Ouro | 300.000+ |
Austrália (ARIA)[93] | 2× Platina | 70.000+ |
Áustria (IFPI)[94] | 2× Platina | 30.000+ |
Bélgica (BEA)[95] | Platina | 30.000+ |
Canadá (Music Canada)[96] | 3× Platina | 240.000+ |
Dinamarca (IFPI)[97] | 2× Platina | 40.000+ |
Espanha (PROMUSICAE)[77] | Ouro | 20,000+ |
Estados Unidos (RIAA)[98] | 2× Platina | 2.000.000+ |
Finlândia (IFPI)[99] | Ouro | 17.178[99] |
França (SNEP)[100] | 2× Diamante | 1.000.000+ |
Irlanda (IRMA)[101] | Platina | 15.000+ |
Itália (FIMI)[102] | 2× Platina | 100.000+ |
Japão (RIAJ)[103] | Ouro | 100.000+ |
México (AMPROFON)[104] | 4× Platina+ Ouro | 270.000+ |
Nova Zelândia (RMNZ)[105] | 2× Platina | 30,000+ |
Polônia (ZPAV)[106] | 2× Platina | 40.000+ |
Portugal (AFP)[107] | Platina | 15.000+ |
Reino Unido (BPI)[108] | 2× Platina | 600,000+ |
Suécia (GLF)[109] | Platina | 40.000+ |
Suíça (IFPI)[110] | Platina | 20.000+ |
Ver também
editarReferências
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- ↑ a b Torres, Andre. "Quantum Leap", Wax Poetics, Edição 55 (Verão 2013)
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- ↑ «Certificazioni» (em italiano). Federazione Industria Musicale Italiana.
Digite "Random Access Memories" no campo "Filtra", selecione o campo "Tutte le sezioni" e a opção "Tutti gli anni" no campo "Anno"
- ↑ «ゴールドディスク認定» (em japonês). Recording Industry Association of Japan.
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- ↑ «Certificaciones». Asociación Mexicana de Productores de Fonogramas y Videogramas.
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- ↑ «NZ Top 4- Albums Chart - 22 May 2023». Recorded Music NZ
- ↑ «Platynowe płyty CD - Archiwum 2014» (em polaco). Związek Producentów Audio Video
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Ver se(c)ção "Top AFP - Semana_21 2013"
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- ↑ «Daft Punk - Random Access Memories Awards». swisscharts.com