Random Access Memories

album do Daft Punk

Random Access Memories é o quarto e último álbum de estúdio da dupla francesa de música eletrônica Daft Punk, lançado em 17 de maio de 2013, pela Columbia Records.[1]

Random Access Memories
Random Access Memories
Álbum de estúdio de Daft Punk
Lançamento 17 de maio de 2013 (2013-05-17)
Gravação 2008–2012
Estúdio(s)
Gênero(s)
Duração 74:30
Idioma(s) inglês
Formato(s)
Gravadora(s) Columbia
Produção
Cronologia de Daft Punk
Tron: Legacy Reconfigured
(2011)
Singles de Random Access Memories
  1. "Get Lucky"
    Lançamento: 19 de abril de 2013 (2013-04-19)
  2. "Lose Yourself to Dance"
    Lançamento: 13 de agosto de 2013 (2013-08-13)
  3. "Doin' It Right"
    Lançamento: 3 de setembro de 2013 (2013-09-03)
  4. "Instant Crush"
    Lançamento: 22 de novembro de 2013 (2013-11-22)
  5. "Give Life Back to Music"
    Lançamento: 31 de janeiro de 2014 (2014-01-31)

Sendo o primeiro trabalho inédito do grupo desde Human After All (2005), o álbum conta com colaborações de vários artistas, incluindo Nile Rodgers, Paul Williams, Giorgio Moroder, Pharrell Williams, Todd Edwards, DJ Falcon, Panda Bear e Julian Casablancas. O trabalho no álbum começou a ser desenvolvido na mesma época em que a dupla criava a trilha sonora do filme Tron Legacy, em 2010, sem um único plano de como seria estruturado. Pouco depois que a banda assinou contrato com a gravadora Columbia Records, foi iniciado um gradual lançamento promocional do novo álbum, incluindo outdoors, comerciais de televisão e até séries de internet, como The Collaborators.

O disco possui uma forte influência setentista, principalmente no estilo funk, com diversas passagens que lembram o disco Songs in the Key of Life, de Stevie Wonder, e Off the Wall, de Michael Jackson. É perceptível também a forte influência do musico Giorgio Moroder, principalmente na canção Giorgio by Moroder que utiliza a faixa The Chase da trilha sonora de Midnight Express (1978) como base para a canção em tributo ao musico italiano. Ainda, possui uma forte inclinação para o pop, principalmente nas canções com participação de Pharrell Williams. É o álbum com conteúdo mais diverso da dupla, não primando apenas pela musica eletrônica. A recepção crítica foi em maior parte positiva. O álbum teve seu prêmio no Grammy como o melhor do ano de 2013.[2] O disco também atingiu o primeiro lugar de vendas em diversas paradas ao redor do mundo, incluindo a Billboard 200 dos Estados Unidos, sendo esse um feito inédito na carreira do duo. Em 2020, o álbum foi nomeado pela Rolling Stone como um dos "500 Maiores Álbuns de Todos os Tempos", ficando na 295ª posição.[3]

Antecedentes

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Pouco depois de terminar sua turnê Alive 2006/2007, Daft Punk começou a trabalhar em um novo material em 2008, gravando demos por aproximadamente seis meses. Eles ficaram satisfeitos com as composições, mas insatisfeitos com o uso de samples e loops: Como Thomas Bangalter afirmou, "Poderíamos tocar alguns riffs e outras coisas, mas não mantê-los por quatro minutos seguidos". Daft Punk deixou essas demos de lado e começou a trabalhar na trilha sonora do filme Tron: Legacy.[4] que Bangalter descreveu como "muito humilde".[5]

Para esse álbum, Daft Punk decidiu trabalhar extensivamente com músicos ao vivo: "Queríamos fazer o que costumávamos fazer com máquinas e samplers, mas com pessoas." Evitaram o uso de samples, com exceção da faixa de encerramento "Contact".[6]

Gravação e produção

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As gravações ocorreram no Henson Recording Studios, Conway Recording Studios e Capitol Studios na Califórnia, Electric Lady Studios em Nova York e Gang Recording Studio em Paris, França. Tendo trabalhado com o tecladista e arranjador Chris Caswell em Tron: Legacy, a dupla o alistou e se conectou com engenheiros e outros músicos para seu próximo álbum.[7] Daft Punk lembrou que desejava evitar os sons mais compactados das baterias eletrônicas em favor das baterias "abertas" das décadas de 1970 e 80[4], que a dupla considera a era mais atraente. Bangalter esclareceu que "não é que não possamos fazer coisas com um som futurístico louco, mas queríamos brincar com o passado". A dupla notou que os músicos da sessão estavam entusiasmados em se reunir no contexto do novo álbum e no prestígio percebido das locações de estúdio.[6][8]

A maior parte das sessões vocais ocorreu em Paris, enquanto as seções rítmicas foram gravadas nos Estados Unidos.[6] O álbum incorpora uma variedade de performances de acompanhamento, incluindo uma seção de sopro, instrumentos de sopro, uma orquestra de cordas e coro.[9][10] As partes orquestrais em particular foram gravadas para quase todas as faixas, mas foram incluídas apenas em algumas músicas no produto final.[11] O uso de tais performers e locais acarretava um grande gasto financeiro, conforme observado por Bangalter: "Houve uma época em que as pessoas que tinham meios para experimentar faziam isso, sabe? É sobre isso que trata este álbum".[9] Ele estimou um custo de mais de um milhão de dólares, mas sentiu que o número não era importante.[12] Bangalter afirmou que as sessões foram financiadas pelo próprio Daft Punk, o que lhes permitiu o luxo de abandonar o projeto se assim o desejassem. Ele também especificou que "há músicas no álbum que chegaram a cinco estúdios ao longo de dois anos e meio".[6]

Daft Punk fez este álbum com a colaboração do escritor e cantor Paul Williams e com o guitarrista da banda Chic, o aclamado produtor Nile Rodgers. Williams mencionou essa colaboração em duas entrevistas, que o projeto estaria em produção desde 2010.[13] Durante uma entrevista com Rodgers, ele disse que se encontraria com a dupla para discutir o próximo álbum.[14] O cantor e compositor Nile Rodgers possui uma participação especial no álbum, tocando guitarra em "Get Lucky".

Composição

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Bangalter descreveu o título do álbum como encapsulando o interesse de Daft Punk no passado, referindo-se tanto à tecnologia de memória de acesso aleatório quanto à experiência humana: "Estávamos traçando um paralelo entre o cérebro e o disco rígido - a maneira aleatória como as memórias são armazenadas".[6] Daft Punk sentiu que, embora a tecnologia atual permita uma capacidade ilimitada de armazenar material gravado, o conteúdo produzido por artistas contemporâneos diminuiu em qualidade. Seu objetivo era, portanto, maximizar o potencial de armazenamento infinito, registrando uma grande quantidade de elementos. A dupla apontou o processo como uma inspiração adicional para o título do álbum, na medida em que buscavam fazer conexões fora da série aleatória de ideias.[15]

Recepção

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Críticas profissionais
Pontuações agregadas
Fonte Avaliação
Metacritic 87/100[16]
Avaliações da crítica
Fonte Avaliação
AllMusic      [17]
The A.V. Club B+[18]
Entertainment Weekly A[19]
The Guardian      [20]
NME 10/10[21]
Pitchfork Media 8.8/10[22]
Rolling Stone      [23]
Spin 8/10[24]

Random Access Memories foi amplamente aclamado pela crítica. No Metacritic, que atribui uma classificação média ponderada de 100 às resenhas dos críticos convencionais, o álbum obteve uma pontuação média de 87, com base em 47 resenhas. O álbum teve pontuação mais alta do que qualquer outro álbum da dupla.[16]

A revista Q se referiu ao disco como "por alguma margem o melhor álbum do Daft Punk em uma carreira que já redefiniu a dance music pelo menos duas vezes. É, em suma, uma explosão mental".[25] O The Independent afirmou: "Random Access Memories dá vida à música segura que domina as paradas de hoje, com sua ambição absoluta ... É uma jornada emocionante e que, apesar de todas as voltas musicais, tem os pés plantados na pista de dança".[26] Melissa Maerz da Entertainment Weekly chamou-o de "um álbum de fones de ouvido em uma era de singles de rádio; uma bravura ao vivo que se destaca contra o girar de botões pro forma; um ataque jazzístico da batida house básica; uma colaboração completa em um momento em que o superstar DJ está sozinho". Ela concluiu sua análise dizendo que "se a EDM está transformando humanos em robôs, Daft Punk está trabalhando duro para fazer o robô pop parecer humano novamente".[19]

Random Access Memories venceu o Grammy Awards 2014 nas três categorias a que foi indicado: "Álbum do Ano", "Melhor Álbum de Dance/Eletrônica" e "Melhor Produção de Álbum, não clássico", enquanto seu primeiro single, "Get Lucky", com Pharrell Williams, llevou a melhor nas categorias "Gravação do Ano" e "Melhor Performance de pop em duo ou grupo".[2]

Desempenho comercial

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Random Access Memories estreou na primeira posição na parada de álbuns da França, com vendas de 195.013 cópias na primeira semana, sendo o primeiro trabalho do duo a atingir a ponta das tabelas em seu país de origem.[27] O álbum também estreou em primeiro lugar no Reino unido, tendo vendido 165.091 cópias na semana de lançamento no país.[28] O mesmo desempenho se repetiu nos Estados Unidos, com o álbum tendo liderado a Billboard 200, vendendo 339.000 cópias em sua semana de estreia.[29]

Lista de faixas

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Todas as faixas produzidas por Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Christo.[1][30][31]

Random Access Memories – Edição padrão
N.º TítuloCompositor(es) Duração
1. "Give Life Back to Music"   4:35
2. "The Game of Love"  
  • Bangalter
  • de Homem-Christo
5:22
3. "Giorgio by Moroder"  
9:04
4. "Within"  
  • Bangalter
  • Jason "Chilly Gonzales" Beck
  • de Homem-Christo
3:48
5. "Instant Crush" (com part. de Julian Casablancas)
5:37
6. "Lose Yourself to Dance" (com part. de Pharrell Williams)
  • Bangalter
  • de Homem-Christo
  • Rodgers
  • Pharrell Williams
5:53
7. "Touch" (com part. de Paul Williams)
  • Bangalter
  • Christopher Paul Caswell
  • de Homem-Christo
  • Paul Williams Jr.
8:18
8. "Get Lucky" (com part. de Pharrell Williams)
  • Bangalter
  • de Homem-Christo
  • Rodgers
  • Pharrell Williams
6:07
9. "Beyond"  
  • Bangalter
  • Caswell
  • de Homem-Christo
  • Paul Williams Jr.
4:50
10. "Motherboard"  
  • Bangalter
  • de Homem-Christo
5:41
11. "Fragments of Time" (com part. de Todd Edwards)
  • Bangalter
  • de Homem-Christo
  • Todd Imperatrice
4:39
12. "Doin' It Right" (com part. de Panda Bear)
4:11
13. "Contact"  
  • Bangalter
  • de Homem-Christo
  • Stéphane Quême
  • Garth Porter
  • Tony Mitchell
  • Daryl Braithwaite
6:23
Duração total:
74:30
Random Access Memories – Faixa bônus da edição japonesa[32]
N.º TítuloCompositor(es) Duração
14. "Horizon"  
  • Bangalter
  • de Homem-Christo
4:24
Duração total:
78:54
Random Access Memories – Faixas bônus do box deluxe[33]
N.º TítuloCompositor(es) Duração
14. "Horizon"  
  • Bangalter
  • de Homem-Christo
4:24
15. "Get Lucky" (Daft Punk Remix)
  • Bangalter
  • de Homem-Christo
  • Rodgers
  • Pharrell Williams
10:33
Duração total:
89:27

Notas

  • "Contact" contém uma amostra de "We Ride Tonight", escrita por Garth Porter, Tony Mitchell e Daryl Braithwaite, e interpretada por The Sherbs; e um trecho da missão Apollo 17, realizada por Eugene Cernan, cortesia da NASA.[34]

Desempenho nas paradas

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Certificações

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País Certificação Vendas
Alemanha (BVMI)[92]   3× Ouro 300.000+
Austrália (ARIA)[93]   2× Platina 70.000+
Áustria (IFPI)[94]   2× Platina 30.000+
Bélgica (BEA)[95]   Platina 30.000+
Canadá (Music Canada)[96]   3× Platina 240.000+
Dinamarca (IFPI)[97]   2× Platina 40.000+
Espanha (PROMUSICAE)[77]   Ouro 20,000+
Estados Unidos (RIAA)[98]   2× Platina 2.000.000+
Finlândia (IFPI)[99]   Ouro 17.178[99]
França (SNEP)[100]   2× Diamante 1.000.000+
Irlanda (IRMA)[101]   Platina 15.000+
Itália (FIMI)[102]   2× Platina 100.000+
Japão (RIAJ)[103]   Ouro 100.000+
México (AMPROFON)[104]   4× Platina+  Ouro 270.000+
Nova Zelândia (RMNZ)[105]   2× Platina 30,000+
Polônia (ZPAV)[106]   2× Platina 40.000+
Portugal (AFP)[107]   Platina 15.000+
Reino Unido (BPI)[108]   2× Platina 600,000+
Suécia (GLF)[109]   Platina 40.000+
Suíça (IFPI)[110]   Platina 20.000+

Ver também

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Referências

  1. a b «Random Access Memories». iTunes US. Apple. Consultado em 24 de março de 2013 
  2. a b «56th Annual GRAMMY Awards Winners & Nominees». GRAMMY.com. Cópia arquivada em 1 de fevereiro de 2014 
  3. «500 Greatest Albums of All Time Rolling Stone's definitive list of the 500 greatest albums of all time». Rolling Stone 
  4. a b Torres, Andre. "Quantum Leap", Wax Poetics, Edição 55 (Verão 2013)
  5. Lee, Chris (6 de janeiro de 2011). «Tron: Legacy's orchestral score reveals a new side of Daft Punk». PopMatters. Cópia arquivada em 26 de abril de 2013 
  6. a b c d e Weiner, Jonah (13 de abril de 2013). «Exclusive: Daft Punk Reveal Secrets of New Album». Rolling Stone 
  7. «Icons: Mick Guzauski on Engineering and Mixing Daft Punk's Random Access Memories». sonicscoop.com. Cópia arquivada em 3 de fevereiro de 2014 
  8. Manouvere, Philippe (Maio de 2013). «En couverture: Daft Punk» 549 ed. Rock & Folk (em francês): 74-81. Cópia arquivada em 2 de abril de 2013 
  9. a b Baron, Zach (Maio de 2013). «Daft Punk Is (Finally!) Playing at Our House» 5 ed. GQ. 83: 76-82. Cópia arquivada em 26 de julho de 2013 
  10. Stevenson, Nick (30 de abril de 2013). «Nick Stevenson: Random Access Memories Review». Mixmag. Cópia arquivada em 5 de maio de 2013 
  11. Dombal, Ryan (14 de maio de 2013). «Cover Story: Daft Punk». Pitchfork Media 
  12. Weiner, Jonah (21 de maio de 2013). «Daft Punk: All Hail Our Robot Overlords». Rolling Stone. Cópia arquivada em 22 de maio de 2013 
  13. Pitchfork. «Listen: Lost Daft Punk Track "Drive"» (em inglês) 
  14. «Disco legend Nile Rodgers talks about cancer, Broadway & his Daft Punk connection» (em inglês) 
  15. Ghosn, Joseph, e Wicker, Olivier (Maio de 2013). «Nous avons tenté une aventure humaine» (em francês) 10 ed. Le Nouvel Observateur. pp. 53–59. Cópia arquivada em 7 de agosto de 2013 
  16. a b «Reviews for Random Access Memories by Daft Punk». Metacritic. Cópia arquivada em 28 de maio de 2013 
  17. Phares, Heather. «Random Access Memories – Daft Punk». AllMusic. Cópia arquivada em 9 de maio de 2013 
  18. Mincher, Chris (21 de maio de 2013). «Daft Punk: Random Access Memories». The A.V. Club. Cópia arquivada em 21 de maio de 2013 
  19. a b Maerz, Melissa (14 de maio de 2013). «Random Access Memories». Entertainment Weekly. Cópia arquivada em 3 de abril de 2015 
  20. Petridis, Alexis (15 de maio de 2013). «Daft Punk: Random Access Memories – review». The Guardian. Cópia arquivada em 18 de dezembro de 2013 
  21. Perry, Kevin EG (17 de maio de 2013). «Daft Punk – 'Random Access Memories'». NME. Cópia arquivada em 3 de março de 2016 
  22. Richardson, Mark (20 de maio de 2013). «Daft Punk: Random Access Memories». Pitchfork Media. Cópia arquivada em 7 de junho de 2013 
  23. Hermes, Will (23 de maio de 2013). «Daft Punk's Human Touch». Rolling Stone. Cópia arquivada em 4 de junho de 2013 
  24. Kamps, Garrett (17 de maio de 2013). «Daft Punk, 'Random Access Memories' (Columbia)». Spin. Cópia arquivada em 7 de junho de 2013 
  25. Harrison, Andrew (Junho de 2013). «Total Recall» 323 ed. Q: 88-89 
  26. Bray, Elisa (3 de maio de 2013). «Album review: Daft Punk, Random Access Memories (Sony Music)». The Independent. Cópia arquivada em 7 de maio de 2013 
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  28. Jones, Alan (27 de maio de 2013). «Official Charts Analysis: Daft Punk LP sells 165k to hit No.1». Music Week. Cópia arquivada em 13 de junho de 2013 
  29. Caulfield, Keith (28 de maio de 2013). «Official: Daft Punk's 'Random' Debuts at No. 1 on Billboard 200 With 339,000». Billboard 
  30. Billboard (24 de março de 2013). «Daft Punk 'Get Funky' in New Teaser Ad for 'Random Access Memories'» (em inglês). 24 de março de 2013. Consultado em 13 de abril de 2013 
  31. «Daft Punk - Random Access Memories» 
  32. Tower Records. «Daft Punk - Random Access Memories» (em japonês) 
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