Região Metropolitana de Goiânia

região Metropolitana brasileira

A Região Metropolitana de Goiânia (RMG), também conhecida como Grande Goiânia, é uma conurbação de cidades ao redor de Goiânia, capital do estado brasileiro de Goiás.

Região Metropolitana de Goiânia
Localização
Localização
Localização da Região Metropolitana de Goiânia
Unidade federativa  Goiás
Lei 27
Data da criação 30 de dezembro de 1999 (25 anos)
Número de municípios 21
Cidade-sede  Goiânia
Características geográficas
Área 7 480,54 km²[1]
População 2 724 808 hab. (12º) IBGE/2024[2]
Densidade 364,25 hab./km²
IDH 0,769 – alto PNUD/2010[3]
PIB R$ 92,905 bilhões IBGE/2021[4]
PIB per capita R$ 35 720,06 IBGE/2021[4]

Englobando vinte e um municípios, a Região Metropolitana de Goiânia ocupa uma área de 7.397,203 km².[5] É a região mais expressiva do estado de Goiás, contendo cerca de 35% de sua população total, um terço de seus eleitores, cerca de 80% de seus estudantes universitários e aproximadamente 36,5% de seu Produto Interno Bruto.[4]

História

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Aglomerado Urbano

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Em 27 de Novembro de 1980, a Lei Estadual Nº 8.956 cria o Aglomerado Urbano de Goiânia, composto inicialmente pelos municípios de Aparecida de Goiânia, Aragoiânia, Bela Vista de Goiás, Goianápolis, Goiânia, Goianira, Guapó, Leopoldo de Bulhões, Nerópolis e Trindade, e posteriormente incluindo: Hidrolândia (1983), Bonfinópolis e Brazabrantes (1989), Senador Canedo, Caturaí, Inhumas e Santo Antônio de Goiás (1992).

Em 1984, o Sistema Integrado de Transporte Urbano de Goiânia (TRANSURB), passa também a ser composto por Aparecida de Goiânia, Trindade e Goianira, e em 1990, se estende para os municípios de Nerópolis, Goianira, Hidrolândia, Aragoiânia e Bela Vista de Goiás.

Região Metropolitana

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Em 30 de dezembro de 1999, a Lei Complementar Estadual Nº 27 cria a Região Metropolitana de Goiânia, composta inicialmente pelos municípios de Goiânia, Abadia de Goiás, Aparecida de Goiânia, Aragoiânia, Goianápolis, Goianira, Hidrolândia, Nerópolis, Santo Antônio de Goiás, Senador Canedo e Trindade, e posteriormente incluindo: Bela Vista de Goiás (2004), Guapó (2005), Bonfinópolis, Brazabrantes, Caldazinha, Caturaí, Nova Veneza, Terezópolis de Goiás (2010), Inhumas e Santa Bárbara de Goiás (2019).[6][7]

Municípios

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Foto Município Área

territorial (km²)[5]

População (2022)[8] PIB (2021)[4]

(em mil reais)

IDH-M
(2010)[9]
 
  Abadia de Goiás 143,35 19 128 353 700 0,708
alto
 
  Aparecida de Goiânia 279,95 527 796 16 979 983 0,718
alto
 
  Aragoiânia 218,12 11 890 174 315 0,684
médio
 
  Bela Vista de Goiás 1 274,03 34 445 1 480 965 0,716
alto
 
  Bonfinópolis 121,91 10 296 121 137 0,683
médio
  Brazabrantes 125,32 3 992 93 833 0,701
alto
  Caldazinha 251,72 4 507 84 638 0,685
médio
  Caturaí 205,06 5 184 100 767 0,664
médio
 
  Goiânia 729,29 1 437 366 59 865 989 0,799
alto
 
  Goianápolis 166,64 13 967 294 380 0,703
alto
 
  Goianira 213,77 71 916 1 102 687 0,694
médio
 
  Guapó 514,17 19 545 347 667 0,697
médio
 
  Hidrolândia 952,12 27 742 1 329 142 0,706
alto
 
  Inhumas 614,88 52 204 1 406 215 0,720
alto
 
  Nerópolis 204,71 31 932 1 021 184 0,721
alto
 
  Nova Veneza 122,35 9 481 197 263 0,718
alto
 
  Santa Bárbara de Goiás 140,95 6 149 154 106 0,706
alto
  Santo Antônio de Goiás 135,02 7 386 154 832 0,723
alto
 
  Senador Canedo 247,00 155 635 4 765 088 0,701
alto
 
  Terezópolis de Goiás 107,40 7 944 211 067 0,685
médio
 
  Trindade 712,69 142 431 2 666 620 0,699
médio
Total 7 480,54 2 600 936 92 905 590 0,769
alto

Distritos

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Municípios Distritos
  Aparecida de Goiânia Nova Brasília
  Goiânia Vila Rica

Demografia

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De acordo com estimativa do IBGE de 2018, cerca de 2 518 775 pessoas vivem nessa região metropolitana,[10] o que faz dela a décima segunda mais populosa do país e a 210ª do mundo.[11]

Concentração de renda

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De acordo com o relatório Estado Mundial das Cidades 2008/2009 do Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Habitat), a Região Metropolitana de Goiânia possui a maior concentração de renda dentre as 19 áreas analisadas da América Latina.[13] De acordo com o relatório, a região da Grande Goiânia apresenta índice Gini de 0,65, enquanto que o ideal é cerca de 0,4.[13] Se Goiânia fosse um país, seria o segundo mais desigual do mundo, atrás apenas da Namíbia.

A Região Metropolitana de Goiânia segue uma tendência estadual, já que o estado de Goiás voltou a registrar altos índices de concentração de renda a partir de 2004, de acordo com o IBGE.[13] Por outro lado, a cidade vai contra a tendência nacional, uma vez que a concentração de renda caiu nos últimos anos no Brasil,[13] que possui índice Gini de 0,57. De acordo com Cecília Martinez, diretora do escritório regional para América Latina e Caribe da ONU-Habitat, isso ocorre por que os municípios são tratados pela administração pública como se estivessem "ilhados".[13]

No relatório da ONU-Habitat para o biênio 2010/2011, Goiânia foi novamente considerada a cidade mais desigual da América Latina, com índice Gini superior a 0,6. No ranking geral de todas as cidades analisadas no mundo, Goiânia perde apenas para as cidades sul-africanas de Buffalo City, Johannesburgo e Ekurhuleni.[14][15] O estudo foi divulgado durante o 5º Forum Urbano Mundial da ONU, na Zona Portuária do Rio de Janeiro.

Qualidade de vida

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Dados divulgados em 2014 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) junto com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro (FJP) mostram que a Região Metropolitana de Goiânia possuí um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,769, o que faz dela a sétima região metropolitana do país em qualidade vida. Com o crescimento das dezesseis regiões metropolitanas brasileiras em 2010 para a faixa de alto desenvolvimento humano, entretanto, a Região Metropolitana de Goiânia ascendeu duas posições no ranking, de nona posição em 2000 para sétima posição na lista. O IDH da região é um pouco mais elevado do que a média nacional (0,727) uma taxa de crescimento de 50,92% para a Unidade Federativa e 47% para o país.

Religião

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Santuário Basílica do Divino Pai Eterno .

A Região Metropolitana de Goiânia tem uma grande festa católica , é a Festa do Divino Pai Eterno (ou Festa dos Romeiros) é um movimento cultural e religioso que acontece em Trindade, atraindo romeiros e católicos de todo o Brasil. Mas a Região metropolitana de Goiânia é a área menos católica de todo o estado de Goiás, com pouco mais de 60% de sua população declarando-se seguidora desta religião, enquanto em outras áreas do estado a taxa de católicos varia de 65% a 85%. É, por outro lado, uma das regiões do estado de maior ascensão do protestantismo.[16] De acordo com o estudo Economia das Religiões, realizado pela Fundação Getúlio Vargas, Goiânia é a capital brasileira com o maior número de evangélicos. Dentre pentecostais e não-pentecostais, um quarto dos goianienses declaram-se protestantes.[17]

Referências

  1. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  2. «Estimativas da População 2024». www.ibge.gov.br. Consultado em 9 de julho de 2024 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M das regiões metropolitanas do Brasil». Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2013. Consultado em 27 de Novembro de 2014 
  4. a b c d «Produto Interno Bruto dos Municípios 2021». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 30 de junho de 2024 
  5. a b IBGE Cidades
  6. LCE 78, no site do Gabinete Civil do Estado de Goiás
  7. https://portal.al.go.leg.br/noticias/ver/id/169057/inhumas+passa+a+fazer+parte+da+regiao+metropolitana+de+goiania
  8. «Primeiros Resultados de População do Censo Demográfico 2022» (PDF). IBGE. 28 de junho de 2023. Consultado em 6 de agosto de 2023. Cópia arquivada (pdf) em 11 de julho de 2023 
  9. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 19 de Novembro de 2014 
  10. IBGE. «Tabelas e gráficos especiais - Estimativas 2018». Sala de Imprensa. Consultado em 1 de setembro de 2018 
  11. «World Gazetteer – Welt: Ballungsräume». Consultado em 28 de junho de 2008 
  12. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Estimativas da população residente no Brasil e unidades da Federação com data de referência em 1° de julho de 2018» (PDF). Consultado em 14 de novembro de 2018 
  13. a b c d e «Para ONU, Goiânia é a mais desigual da América Latina». Rádio Paranaíba. 24 de outubro de 2008. Consultado em 30 de novembro de 2008. Arquivado do original em 6 de julho de 2011 
  14. [1]
  15. «Cópia arquivada». Consultado em 19 de março de 2010. Arquivado do original em 30 de abril de 2010 
  16. «Estruturas da Territorialidade Católica no Brasil». Revista Eletrônica de Geografia e Ciências Sociais. Consultado em 18 de julho de 2008 
  17. «Cópia arquivada». Consultado em 12 de abril de 2009. Arquivado do original em 6 de julho de 2011 

Ligações externas

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