Regimento de Artilharia Antiaérea N.º 1
Esta página ou se(c)ção precisa ser formatada para o padrão wiki. (Dezembro de 2019) |
O Regimento de Artilharia Antiaérea N.º 1 (RAAA1) é a unidade da Estrutura Base do Exército com a missão de organizar, treinar e manter as unidades operacionais de artilharia antiaérea do Exército Português.
O RAAA1 está baseado no quartel anexo ao Palácio de Queluz que albergou o antigo Grupo de Baterias de Artilharia a Cavalo entre 1895 e 1927.
Como unidade operacional o RAAA1 mantém o Grupo de Artilharia Antiaérea (GAAA) que, por sua vez engloba as baterias de artilharia antiaérea das grandes unidades do Exército. O RAAA1 exerce também a função de escola prática na especialidade de artilharia antiaérea.
História
editarO RAA1 tem origem no Comando de Defesa Antiaérea de Lisboa (CDAAL) criado em 1943, por ocasião da 2ª Guerra Mundial, com a missão de assegurar a defesa antiaérea da capital portuguesa. O CDAAL dispunha de baterias pesadas e ligeiras de artilharia antiaérea estacionadas em diversos pontos estratégicos de Lisboa e dos seus arredores. O seu 1º Grupo de Baterias de Artilharia Pesada, instalou a sua sede no quartel de Queluz.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial e o fim do ameaça aérea imediata a Lisboa, as baterias antiáreas que tinham permanecido em posições de combate são recolhidas a quartel. Em 1946, o CDAAL é transformado no Regimento de Artilharia Anti-Aérea Fixo (RAAF), com sede em Queluz.
A 01 de janeiro de 1948 a decisão é efetivada e em 15 de setembro do mesmo ano realiza-se a transferência do Comando do Regimento da Penha de França para Queluz.
Em 31 de julho de 1959 é criado o Centro de Instrução de Artilharia Antiaérea e de Costa (CIAAC), passando este a assumir a totalidade da responsabilidade da Artilharia Antiaérea do Exército Português, incluindo a formação de todos os cursos, estágios e tirocínios de Artilharia Antiaérea e de Costa. A partir de 1977, o último “C" da sigla “CIAAC" passou a designar “Cascais" em vez de “Costa", uma vez que a sua vertente de instrução dos conteúdos de Costa foi transferida, por inteiro, para o Regimento de Artilharia de Costa[1]
Em 1974, o RAAF é desativado, passando a totalidade da responsabilidade da artilharia antiaérea do Exército Português para o Centro de Instrução de Artilharia Anti-Aérea de Cascais (CIAAC).
Após 01 de janeiro de 1986, o aquartelamento, em Queluz, voltou a ser ocupado pela Artilharia Antiaérea, tendo sido constituído um Destacamento, na dependência do CIAAC, até que fosse possível concretizar o levantamento do RAAA1.
O RAAA1 colmatou uma necessidade esplanada no plano de Forças da Componente Terrestre, decorrente da necessidade de reconversão e modernização do Exército, relativamente à existência de uma Unidade territorial de Artilharia Antiaérea com capacidade para aprontar e manter Forças de Artilharia Antiaérea, contribuindo assim, na proteção Antiaérea de Unidades terrestres e para a defesa integrada do Espaço Aéreo de Interesse Nacional.
Em 1988, o regimento de artilharia antiaérea é reativado, a partir do Destacamento de Comando Avançado e Bataria de Comando do Grupo de Artilharia Antiaérea do CIAAC que se encontrava baseado em Queluz. O regimento adopta a designação de "Regimento de Artilharia Antiaérea N.º 1".
Em 1993, o CIAAC deixa de ser unidade independente e passa a ser uma subunidade do RAAA1 com a designação de "CIAA/RAAA1".Este Centro viria a ser extinto em 25 de maio de 2004.
Ultramar
editarDurante a Guerra do Ultramar, o Centro de Instrução de Artilharia Antiaérea e de Costa(CIAAC) participou nas campanhas militares de Angola, Guiné e Moçambique.
Mobilizou para Angola três Companhias de Artilharia, quatro Destacamentos de Manutenção de Material Electrónico, quatro Batarias de Artilharia Anti-Aérea, vinte e oito Pelotões de Artilharia Anti-Aérea, duas Secções de Radares, cinco Secções de Projectores e quatro Comandos de Agrupamento.
Para a Guiné, sete Batarias de Artilharia Anti-Aérea, dez Pelotões de Artilharia Anti-Aérea e um Comando de Agrupamento.
Por fim para Moçambique, onze pelotões de Artilharia Anti-Aérea.[2]
Equipamento
editarAs subunidades de instrução e as unidades operacionais integradas no RAAA1 concentram os principais equipamentos de defesa antiaérea do Exército Português, nomeadamente:
- Sistema Lançador Portátil de Míssil AA Stinger;
- Sistema Lançador Autopropulsado de Missil AA M48 Chaparral m/90;
- Sistema canhão AA Bitubo 20mm m/81;
- Radar de defesa aérea AN/MPQ 49-B FAAR.
- Radar de defesa aérea Portable Search and Target Acquisition RADAR (PSTAR).
- Alvo aéreo MQM-170A “OUTLAW” Remotely Piloted Vehicle Target
Ligações Externas
editarhttps://www.exercito.pt/pt/quem-s
omos/organizacao/ceme/cft/brigint/raaa1
https://heportugal.wordpress.com/2017/01/03/regimentodeartilhariaantiaereano1/
Referências
editar- ↑ «exercito.pt». www.exercito.pt. Consultado em 5 de abril de 2019
- ↑ Chaves, Nuno (3 de janeiro de 2017). «Regimento de Artilharia Anti Aérea nº 1». UNIDADES DO EXÉRCITO PORTUGUÊS. Consultado em 5 de abril de 2019