Renault do Brasil
Renault do Brasil, anteriormente Renault do Brasil Automóveis, é a subsidiária brasileira da montadora francesa Renault. Foi criada em 1998,[4] e é o quinto fabricante de automóveis do país em vendas. Em 2012, o Brasil foi o segundo maior mercado da Renault.[5]
Renault do Brasil | |
---|---|
Razão social | Renault do Brasil S.A. |
Empresa de capital fechado | |
Slogan | Passion for life (Paixão pela vida) |
Atividade | Automotiva |
Gênero | Subsidiária |
Fundação | 1998 (27 anos) |
Sede | São José dos Pinhais, Paraná, Brasil |
Proprietário(s) | Renault (99,96%)[1][2] Governo do Estado do Paraná (0,04%)[2] |
Presidente | Ricardo Gondo[3] |
Empregados | 5 739 (2023)[1] |
Empresa-mãe | Renault Group |
Subsidiárias | Renault do Brasil Comércio e Participações |
Ativos | R$ 9.21 bilhões (2022)[2] |
Lucro | R$ 423 milhões (2022)[2] |
LAJIR | R$ 548 milhões (2022)[2] |
Faturamento | R$ 14.3 bilhões (2022)[2] |
Website oficial | www.renault.com.br |
História
editarRenault estava presente no Brasil desde a década de 1960, através de uma parceria com a empresa americana Willys Overland, que produziu sob licença carros da montadora francesa. No final de 1961 Willys introduziu a Interlagos, uma cópia do Alpine A110,[6] produzindo também outros modelos, como o Dauphine[7] e o Dauphine Gordini, até 1968. Naquele ano Willys Overland vendeu suas operações a Ford do Brasil, que herdou o "projeto M". Este projecto, desenvolvido pela Renault e parceria Willys, resultou no lançamento do Ford Corcel, um carro cujo estilo pode ser considerado, grosso modo, uma versão americanizada do Renault 12 com um motor de CH1.[6]
Na década de 1970, o Brasil terminou importações de automóveis e Renault não retornou até 1992, quando as operações argentinos e brasileiros da empresa foram tomadas pela holding COFAL. Em 1997, a Renault retomou o controle de suas operações na Argentina e no Brasil.[8] Em 1998, abriu o complexo industrial Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, Paraná,[9] com o objetivo de financiar a construção das instalações Renault concordaram em dar ao Estado do Paraná uma participação de 40 por cento na troca de 1,2 bilhões de dólares. Apesar de seu sucesso, o acordo encontrou algum dissenso político.[10]
Operações
editarO complexo Ayrton Senna, com 2,5 milhões de metros quadrados, consiste de uma fábrica de automóveis de passageiros (carroceria e montagem) abriu em 1998; uma fábrica de motores, Mecânica Mercosul, aberto em 1999, e uma fábrica de veículos comerciais ligeiros (VCL), operado em conjunto com Nissan.[9]
Em agosto de 2011, a Renault anunciou um plano de investimentos de R$ 1,5 bilhões para expandir a produção para 320.000 veículos em 2015. Em 2011, o crescimento brasileiro da Renault foi sete vezes maior do que a média do mercado, com 194,300 veículos vendidos e uma quota de mercado de 5,7 por cento. Naquele ano, a empresa produziu 256.200 carros e vans e 332.000 motores.[11]
Cerca de 41% dos carros, motores e peças produzidos são exportados, com destinos como as filiais da Renault na Argentina (22%), Colômbia (13%), Romênia e México (4%).[11]
Em 2 de agosto de 2012, a Renault anunciou seus planos para expandir Mecânica Mercosul volume de produção de 25% até 2013.[12]
Renault Design America Latina
editarEm abril de 2008, a Renault inaugurou em São Paulo seu primeiro centro de design nas Américas.[13] Esse centro projetou o conceito Sand'Up, que foi apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo de 2008,[14] Também concebeu o conceito Sandero Stepway em 2010 e colaborou no design do Duster.[9] O centro também projetou o D-Cross (um conceito baseado no Duster), que foi apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo de 2012.[15] O estúdio de design também modificou a produção do Sandero e do Logan para adaptá-los aos mercados locais.[9]
Carros fabricados
editarEsta seção pode conter informações desatualizadas. |
- Renault Clio II (2000–2016)
- Renault Scénic (1998–2010)
- Renault Mégane Sedan / GT (2005 - 2011)
- Renault Master I (2001–2012)
- Renault Master II (2012–presente)
- Renault Sandero (2007–presente)
- Renault Logan I (2007–2013)
- Renault Logan II (2013–presente)
- Renault Duster (Outubro de 2011–presente)
- Renault Duster Oroch (Setembro de 2015-presente)[16]
- Renault Captur (Março de 2017-presente)
- Renault Kwid (Setembro de 2017-presente)
- Renault Zoe (2018-2023)[17][18][19]
Ver também
editarReferências
- ↑ a b «Universal Registration Document 2023» (PDF) (em inglês). Renault IR. Consultado em 23 de abril de 2024
- ↑ a b c d e f «Demonstração Financeira 2022» (PDF). Renault do Brasil. 31 de março de 2023. Consultado em 23 de abril de 2024
- ↑ «Ricardo Gondo». Sala de Imprensa Renault. Consultado em 23 de abril de 2024
- ↑ Julio Cesar (5 de setembro de 2013). «Carros para sempre: Renault 19 marcou o retorno dos franceses ao Brasil». UOL. Consultado em 1 de março de 2016[ligação inativa]
- ↑ Alyne Bittencourt (18 de janeiro de 2012). «Renault bate recorde de vendas no mundo e Brasil já é segundo mercado». UOL. Consultado em 1 de março de 2016
- ↑ a b «Willys». Consultado em 4 de outubro de 2012
- ↑ Joel Wolfe (2010). Autos and Progress: The Brazilian Search for Modernity. The Multinational Solution: Oxford University Press. p. 121. ISBN 978-0-19-517457-1
- ↑ «Habrá una Renault Mercosur». Varela, Luis. clarin.com. 11 de abril de 1997. Consultado em 4 de outubro de 2012
- ↑ a b c d «Renault in Brazil». Renault. Consultado em 4 de outubro de 2012
- ↑ Pedro Conceição (2002). Knowledge for Inclusive Development. [S.l.]: Greenwood Publishing Group. p. 344. ISBN 1567204449
- ↑ a b «Lucros das montadoras vão balizar as negociações salariais e de PLR dos metalúrgicos da Grande Curitiba». Simec.com.br. 21 de março de 2012. Consultado em 4 de outubro de 2012
- ↑ «Renault SA To Boost Motor Production In Brazil By 25%». reuters.com. Reuters. 2 de agosto de 2012. Consultado em 4 de outubro de 2012
- ↑ «Renault Design America Latina». Ozler, Levent. Carscoop.com. 22 de abril de 2008. Consultado em 4 de outubro de 2012
- ↑ «Renault Sand'Up Concept Premieres at Sao Paulo Motorshow». Ozler, Levent. Dexigner. 27 de outubro de 2008. Consultado em 5 de outubro de 2012. Arquivado do original em 17 de fevereiro de 2010
- ↑ «2012 São Paulo Motor Show: Novo Clio, Fluence GT and D-Cross in the spotlight». Renault Blog. 22 de outubro de 2012. Consultado em 6 de novembro de 2013
- ↑ G1, Luciana de OliveiraDo; Rio, no (28 de setembro de 2015). «Renault lança a Duster Oroch, primeira picape, a partir de R$ 62.290». Auto Esporte. Consultado em 20 de dezembro de 2024
- ↑ Leme, José Antonio (6 de novembro de 2018). «Renault inicia vendas do elétrico Zoe no Brasil». Jornal do Carro - Estadão. Consultado em 20 de dezembro de 2024
- ↑ Ferreira, João Vitor (23 de setembro de 2023). «Primeiro elétrico do Brasil, Renault Zoe sai de linha oficialmente no país». Quatro Rodas. Consultado em 20 de dezembro de 2024
- ↑ Bandeira, Renan (22 de setembro de 2023). «Renault Zoe: primeiro carro elétrico do Brasil sai de linha sem deixar saudades». Auto Esporte. Consultado em 20 de dezembro de 2024