República Popular do Benim

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A República Popular do Benim (em francês: République populaire du Bénin) foi um estado socialista, localizado no Golfo da Guiné no continente africano, que se tornaria o atual Benin. A República Popular foi criada em 30 de novembro de 1975.

République populaire du Bénin
República Popular do Benim

República Socialista


1975 – 1990
Flag Brasão
Bandeira Brasão
Localização de Benim
Localização de Benim
Continente África
Região África Ocidental
País Benim
Capital Porto Novo
Governo Estado socialista unipartidário marxista-leninista
Presidente
 • 1975 - 1991 Mathieu Kérékou
Período histórico Guerra Fria
 • 26 de outubro, 1972 de 1975 Golpe militar
 • 30 de novembro, 1975 de fundada
 • 1 de março, 1990 de 1990 Extinção
Moeda CFA franc

Em 1972, um grupo de oficiais subalternos tomou o poder e instituiu um regime de esquerda, liderado pelo major Mathieu Kérékou, que governaria até 1990. Kérékou nacionalizou companhias estrangeiras, estatizou empresas privadas de grande porte e criou programas populares de saúde e educação. A doutrina oficial do Estado nessa altura foi o marxismo-leninismo, mas a agricultura e o comércio permaneceram em mãos privadas. Em 1975, o país passaria a designar-se República Popular do Benim.

O regime da República Popular do Benim sofreu importantes transformações durante a sua existência: um breve período nacionalista (1972-1974); uma fase socialista (1974-1982); e uma fase de abertura aos países ocidentais e ao liberalismo económico (1982-1990).[1]

Foram postos em prática extensos programas de desenvolvimento económico e social, mas os resultados foram mistos. Em 1974, sob a influência de jovens revolucionários - os "Ligueurs" - o governo embarcou num programa socialista: nacionalização de sectores estratégicos da economia, reforma do sistema educativo, estabelecimento de cooperativas agrícolas e novas estruturas governamentais locais, e uma campanha para erradicar as "forças feudais", incluindo o tribalismo. O regime proíbe as actividades de oposição.[1]

O regime político entra em crise na década de 1980, e o governo recorre a empréstimos estrangeiros. Uma onda de protestos, em 1989, leva Kérékou a promover uma abertura política e econômica. Com a instituição do pluripartidarismo, surgem mais de cinquenta partidos. O Estado efetivamente durou até 1 de março de 1990, uma vez que a Constituição do país recém-formado estava completa, apesar da supressão do marxismo-leninismo no país em 1989.[2][3]

Referências

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