Reserva Biológica Poço das Antas
A Reserva Biológica de Poço das Antas, localizada nos municípios de Silva Jardim e Casimiro de Abreu, a cerca de 120 quilômetros do Rio de Janeiro, no Brasil, é a área em que possui a maior população de mico-leão-dourado, com pouco mais de 560 indivíduos.[2]
Reserva Biológica Poço das Antas | |
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Categoria Ia da IUCN (Reserva Natural Estrita) | |
Vista aérea da Reserva Biológica Poço das Antas. | |
Localização | |
País | Brasil |
Estado | Rio de Janeiro |
Mesorregião | Baixadas Litorâneas |
Microrregião | Bacia de São João |
Localidade mais próxima | Silva Jardim, Casimiro de Abreu. |
Dados | |
Área | [1] | 5 052,48 hectares (50,5 km2)
Criação | 11 de março de 1974 (50 anos)[1] |
Visitantes | Não permitida |
Gestão | Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade |
Sítio oficial | Poço das Antas |
Coordenadas | |
Os trabalhos realizados pelo primatólogo Adelmar Coimbra Filho junto com o ambientalista Alceo Magnanini, foram importantes participações nos esforços para salvar uma espécie símbolo da mata atlântica, o mico-leão-dourado, quando o animal estava no limiar de desaparecer na natureza; em 1974 o trabalho deles levou à criação da Reserva Biológica Poço das Antas, considerada a primeira Unidade de Conservação (UC) desse tipo no Brasil.[3]
A entrada principal da reserva está situada na BR-101, próxima ao acesso do distrito de Aldeia Velha (Quartéis), em Silva Jardim. A reserva biológica está aberta à visitação pública educacional (como parte de atividades de formação de instituições de ensino regulares) e à pesquisa científica. Não é permitida a visitação turística (Lei 9982/2000).
A situação fundiária da reserva é regularizada, com 100% de suas terras agora pertencentes ao governo federal.
Caracterização
editarA reserva biológica se encontra em área de floresta ombrófila densa de terras baixas, entretanto, grande parte dessa vegetação constituem-se de formações secundárias, cercadas por campos antrópicos.[4] Cerca de metade da área da reserva está coberta por Floresta de Baixada (floresta ombrófila densa de terras baixas), mas apenas 25% encontra-se em bom estado de conservação.[4] Foram registradas 365 espécies de plantas, sendo que 3% são de espécies "vulneráveis" e 1% de espécies "em perigo".
Fauna
editarÉ a fauna típica da Mata Atlântica, com uma riqueza considerável de espécies de aves (275 espécies). [4] Das espécies de aves, até 41% são de espécies relacionadas unicamente as florestas de terras baixas da Mata Atlântica.[4] A mastofauna chama atenção pela presença de 18 espécies de média a grande porte, e principalmente pela presença do mico-leão-dourado e a preguiça-de-coleira. [4][5]
Referências
- ↑ a b «REBIO DE POÇO DAS ANTAS». Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Consultado em 11 de agosto de 2012
- ↑ KIERULFF, M.C.; RYLANDS, A. (2003). «Census and Distribution of the Golden Lion Tamarin (Leontopithecus rosalia)». American Journal of Primatology. 59 (1): 29-44. doi:10.1002/ajp.10064
- ↑ Cristina Serra (15 de julho de 2022). «Mortes: Alceo Magnanini, 96, o protetor de florestas. Engenheiro agrônomo, é reconhecido como um dos pais da conservação ambiental no Brasil». jornal Folha de S.Paulo. Consultado em 22 de julho de 2022
- ↑ a b c d e Vários autores (2005). «Resumo Executivo do Plano de Manejo da Reserva Biológica Poço das Antas» (PDF). Ministério do Meio ambiente. Consultado em 12 de agosto de 2012
- ↑ Vários autores (2005). «Plano de Manejo da Reserva Biológica Poço das Antas - Encarte 2» (PDF). Ministério do Meio Ambiente. Consultado em 12 de agosto de 2012