Revolta em Burquina Fasso em 2014

A revolta em Burquina Fasso é uma insurreição popular ocorrida em Burquina Fasso, que iniciou-se em 28 de outubro de 2014 com uma série de protestos, manifestações e tumultos que se espalharam por várias cidades de todo o país. Foram iniciadas em resposta à apresentação de uma emenda constitucional que permitiria que o presidente Blaise Compaoré concorresse para um quinto mandato, após 27 anos no poder.[1]

Revolta em Burquina Fasso em 2014
Período 28 de outubro — 3 de novembro
Local Burquina Fasso Uagadugu, Bobo Dioulasso e Ouahigouya, Burquina Fasso
Causas • Apresentação de uma emenda constitucional que permitiria que o presidente Blaise Compaoré concorresse para um quinto mandato, após 27 anos no poder.
Objetivos • Reformas políticas, principalmente a suspensão do mandato do presidente.
Características Manifestação
Protesto
Distúrbio
Desobediência civil
Resultado • Renúncia do presidente Blaise Compaoré;
• Destruição do Parlamento do país e de outros edifícios governamentais;
• Yacouba Isaac Zid assume o cargo de chefe de Estado interinamente.
Parte do Edifício do Parlamento, fotografado em 2013, que foi incendiado durante a revolta.

Os acontecimentos tumultuosos do dia 30 de outubro, incluindo a participação do ex-ministro da Defesa Kouamé Lougué e a destruição de vários edifícios governamentais - como o incêndio ao Parlamento e a sede do partido governante Congresso para a Democracia e Progresso - provocaram a dissolução do governo e do parlamento e a declaração de um estado de emergência, antes de Compaoré finalmente fugir para a Costa do Marfim com o apoio do presidente Alassane Ouattara. O General Honoré Traoré anunciou que um governo de transição seria formado para dirigir o país e organizar eleições dentro de 12 meses.[2]

Em 31 de outubro, depois de mais um dia de protestos em massa e, inicialmente, recusando-se a renunciar, após um aumento da pressão interna Compaoré renunciou ao seu governo de 27 anos e Traoré assumiu como chefe de Estado interino. [3] No entanto, em 1 de novembro, o tenente-coronel Isaac Zida também apostou na pretensão de ser chefe de Estado interino citando impopularidade de Traoré.[4] Uma declaração feita por chefes militares afirmou que Zida teve seu apoio unânime.[5] Uma coalizão de partidos de oposição rejeitou o golpe militar. Novos protestos foram convocados para a manhã de 2 de novembro. [6]

Referências

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