Rhopalodiaceae é uma família[1] de diatomáceas que se caracterizam por apresentar um organelo de fixação de azoto, denominado corpo esferóide, com elevada probabilidade de ter origem na endocitobiose de uma cianobactéria simbionte.[2][3]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaRhopalodiaceae
Classificação científica
Domínio: Eukarya
Reino: Protista
Filo: Heterokontophyta
Classe: Diatomea
Subclasse: Bacillariophycidae
Ordem: Rhopalodiales
Família: Rhopalodiaceae
(Karsten) Topachevs'kyj & Oksiyuk, 1960
Géneros

Descrição

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A família Rhopalodiaceae distingue-se dos restantes taxa de diatomáceas pela presença de um organelo, denominado corpo esferóide, embebido no citoplasma da célula hospedeira e dele inseparável. Este organelo tem como função a fixação de azoto e é uma característica exclusiva dos procariotas, embora sejam numerosos os organismos eucariotas que obtêm o azoto de que necessitam mediante a simbiose com bactérias que apresentam essa capacidade. Contudo, o caso das Rhopalodiaceae é especial, pois o é único caso conhecido de incorporação de um organelo fixador de azoto no citoplasma celular.

Este organelo deriva da endossimbiose de uma cianobacteria relacionada com o género Crocosphaera (inicialmente referido como Cyanothece sp. ATCC 51.142, agora oficialmente identificado como Crocosphaera subtropica Mareš & J.R. Johansen estirpe ATCC 51142[4]). A sequenciação do genoma do organelo mostrou uma significativa redução e apesar da sua origem cianobacteriana, o corpo esferóide é incapaz de realizar a fotossíntese e depende para todas as suas necessidades de energia do contributo da diatomácea hospedeira.

Na sua presente circunscrição taxonómica, a família Rhopalodiaceae compreende três géneros, em dois dos quais, Rhopalodia e Epithemia, se comprovou a presença destes organelos. Estudos realizados sobre a espécie Rhopalodia gibba mostram que o organelo está rodeado por duas membranas presumivelmente de distinta origem, a interior procedente do simbionte e a exterior do hospedeiro. O tamanho do corpo esferóide é de 4–6 μm de largura e 5–7 μm de comprimento e o número destes organelos depende da disponibilidade de azoto no ambiente.

Referências

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  1. Guiry, M.D. & Guiry, G.M. 2020. AlgaeBase. World-wide electronic publication, National University of Ireland, Galway. http://www.algaebase.org; searched on 20 March 2020.
  2. Prechtl, J. et al. (2004). Intracellular spheroid bodies of Rhopalodia gibba have nitrogen-fixing apparatus of cyanobacterial origin. Molecular biology and evolution, 21(8), 1477–1481.
  3. Nakayama, T., & Inagaki, Y. (2014). , Unique genome evolution in an intracellular N2-fixing symbiont of a rhopalodiacean diatom. Acta Societatis Botanicorum Poloniae, 83 (4), 409-413.
  4. NCBI: Crocosphaera subtropica ATCC 51142 (strain)

Ligações externas

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