Ricardo Ramos
Ricardo Medeiros Ramos (Palmeira dos Índios, 4 de janeiro de 1929 — São Paulo, 21 de março de 1992) foi um escritor (romancista e ensaísta), advogado e jornalista brasileiro. Ganhou, por três vezes, o Prêmio Jabuti com as respectivas obras Os caminhantes de Santa Luzia (1960), Os desertos (1962) e Matar um homem (1971).[1][2] [3]
Ricardo Ramos | |
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Nome completo | Ricardo Medeiros Ramos |
Nascimento | 4 de janeiro de 1929 Palmeira dos Índios, Alagoas |
Morte | 21 de março de 1992 (63 anos) São Paulo, São Paulo |
Nacionalidade | brasileira |
Filho(a)(s) | Ricardo Ramos
Filho; Rogério de Araújo Ramos e Mariana de Araújo Ramos |
Ocupação | Escritor, Advogado e jornalista |
Prêmios | Prêmio Jabuti (1960, 1962, 1971) |
Movimento literário | Contemporâneo |
Biografia
editarRicardo Ramos era filho do Graciliano Ramos e de Heloísa de Medeiros Ramos. Viveu uma parte da sua infância em Maceió, num ambiente literário, uma vez que seu pai tinha amizade com importantes autores brasileiros, a exemplo de José Lins do Rego, Rachel de Queiroz, Jorge Amado, Aurélio Buarque de Holanda e Valdemar Cavalcanti. Em 1936, quando Graciliano foi preso, a esposa, Heloísa, viaja para o Rio de Janeiro com as duas filhas menores, deixando Ricardo com o avô materno.[1]
Nos anos 1950, Ricardo Ramos transfere-se para São Paulo, onde permanecerá por mais de trinta anos, trabalhando como publicitário. [4]
Faleceu em 1992.
Carreira literária
editarEm Maceió, Ricardo Ramos conclui o ginásio no colégio dos irmãos maristas. Em 1944, aos 15 anos, volta a morar com o pai, no Rio de Janeiro, iniciando, ali, o curso de direito paralela ao trabalho jornalístico. Nesse período, começa a escrever contos e trabalhar, aos quais “o autor se debruça, com a delicadeza do miniaturista que se notabilizou na arte do conto, sobre a análise dos dramas da alma brasileira”[4][1] De Graciliano Ramos, o pai, "herdou a concisão e o labor empregado nos textos, além do engajamento em causas sociopolíticas".[3] Em 1954, publica seu primeiro livro “Tempo de espera”, um conjunto de nove volumes. Algumas de suas obras foram traduzidas “para o inglês, espanhol, alemão, russo e japonês. Foi também editor, professor da ESPM e presidente da União Brasileira de Escritores (UBE)”.[1]
Obras
editarTítulo | Ano | ISBN | Gênero | Editora |
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Tempo de espera | 1954 | Contos | José Olympio | |
Os caminhantes de Santa Luzia | 1959 | 978-8525054999 | Romance | Biblioteca Azul |
Os desertos | 1961 | Contos | Melhoramentos | |
Memória de setembro | 1968 | Romance | José Olympio | |
Matar um homem | 1970 | 978-8526705081 | Contos | Siciliano |
Desculpe a nossa falha | 1991 | 978-8526281172 | Infanto-juvenil | Scipione |
Pelo amor de Adriana | 1988 | 978-8526214606 | Infanto-juvenil | Scipione |
O rapto de Sabino | 1992 | 978-8526248793 | Infanto-juvenil | Scipione |
Retrato fragmentado | 1992 | 978-8525050861 | Biografia, memórias | Globo Livros |
Circuito fechado | 2012 | 978-8525051288 | Romance | Biblioteca Azul |
Prêmios
editarTítulo | Prêmio | Ano | ISBN |
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Os caminhantes de Santa Luzia | Prêmio Jabuti | 1960 | 978-8525054999 |
Os desertos | Prêmio Jabuti | 1962 | |
Matar um homem | Prêmio Jabuti | 1971 | 978-8526705081 |
Ver também
editarLigações externas
editarReferências
- ↑ a b c d e Biografia do patrono Ricardo Ramos. In. Biblioteca Prefeitura de São Paulo. Acesso em 03 de agosto de 2017.
- ↑ a b ENTREVISTA Ricardo Ramos Arquivado em 6 de agosto de 2017, no Wayback Machine.. In. Tiro de Letras. Acesso em 03 de agosto de 2017.
- ↑ a b Ricardo Ramos. In. Agência Riff. Acesso em 04 de agosto de 2017.
- ↑ a b Ricardo Ramos. In. Globo Livros. Biblioteca Azul. Acesso em 03 de agosto de 2017. Acesso em 03 de agosto de 2017