O rio Abaeté é curso de água do estado brasileiro de Minas Gerais. Sua nascente localiza-se no limite entre os municípios de Rio Paranaíba e São Gotardo.[1][2] É um dos afluentes da margem esquerda do São Francisco.[2] A área do Pontal na foz deste curso é um importante local de desova de peixes.[3]

Rio Abaeté
Foz Rio São Francisco
País(es) Brasil
Mapa do rio Abaeté

Geografia

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O Abaeté flui por 270 quilômetros até desaguar no rio São Francisco a uma vazão média de 95,7 metros cúbicos por segundo, percorrendo nove municípios mineiros:[4]

Sua largura varia entre 61 e 150 metros.[5] É um rio das terras altas, contendo sedimentos de argila.[6]

Geologia

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Conhecido por suas minas de diamantes,[7] que foram descobertas no rio durante o período de 1780-85.[8] Vários dos maiores diamantes encontrados no Brasil se originaram no local, embora pedras de qualidade média ou baixa sejam mais comuns.[9] Um diamante, conhecido como o brilhante Abaeté, foi descoberto no rio em 1791, enquanto um grupo de homens estava à procura de ouro.[10]

Além de granadas, ouro, irídio, jaspers, ósmio e platina, o cascalho contém trinta outros minerais.[5] A platina livre de paládio encontrada no rio Abaeté é fortemente magnética e rica em ferro.[11]

Ver também

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Referências

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  1. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (1979). Bom Despacho (SE-23-Y-D) (Mapa) 1ª ed. [1:250 000]. Carta do Brasil. IBGE. Cópia arquivada em 11 de outubro de 2006 
  2. a b Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (1979). Três Marias (SE-23-Y-B.jpg) (Mapa) 1ª ed. [1:250 000]. Carta do Brasil. IBGE. Cópia arquivada em 24 de julho de 2007 
  3. «Migration and spawning of radio-tagged zulega Prochilodus argenteus in a dammed brazilian river» (em inglês). American Fisheries Society. Consultado em 16 de outubro de 2010. Cópia arquivada em 9 de setembro de 2012 
  4. «Estudo de Regionalização de Vazão da UFV & IGAM». Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Consultado em 6 de setembro de 2019 
  5. a b Oakenfull, J. C. (1913). Brazil in 1912. [S.l.]: R. Atkinson, limited. p. 322 
  6. «Chapter 5. MIGRATORY FISHES OF THE SÃO FRANCISCO RIVER» (em inglês). The International Development Research Centre. Consultado em 16 de outubro de 2010. Arquivado do original em 12 de junho de 2010 
  7. «Brazilian Diamonds Ltd (BZD.V)» (em inglês). Reuters. Consultado em 16 de outubro de 2010 [ligação inativa] 
  8. «none». Journal of the Royal Society of Arts, Royal Society of Arts (Grã Bretanha). 58. 1909 
  9. Dall'Agnol, Roberto; Jorge Silva Bettencourt (1997). Proceedings of the Symposium on Rapakivi Granites and Related Rocks, Belém (Brazil), August 2-5, 1995, Vol. 70. [S.l.]: Academia Brasileira de Ciências 
  10. Sir Richard Francis Burton (1869). Explorations of the Highlands of the Brazil: With a Full Account of the Gold and Diamond Mines. Also, Canoeing Down 1500 Miles of the Great River São Francisco, from Sabará to the Sea, Volume 2. [S.l.]: Tinsley brothers. p. 153 
  11. Pan American Union; International Bureau of the American Republics (1908). Bulletin of the Pan American Union , Volume 26, Issues 1-3. [S.l.: s.n.] p. 529 
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