O rio Itaúnas é um curso de água do estado do Espírito Santo, Região Sudeste do Brasil. Nasce na divisa do estado capixaba com Minas Gerais, entre os municípios de Mucurici e Ponto Belo. A jusante percorre 174 quilômetros (km) até sua foz no oceano Atlântico em Conceição da Barra.[1]

Rio Itaúnas
Rio Itaúnas
Trecho do rio Itaúnas
Comprimento 174 km
Nascente Divisa do Espírito Santo com Minas Gerais, entre Mucurici e Ponto Belo
Foz Oceano Atlântico em Conceição da Barra
Altitude da foz 0 m
Área da bacia 4428 km²
Afluentes
principais
Rios Preto do Norte, do Sul, Santana e São Domingos; ribeirões Itauninhas e Suzano; e córregos Angelim, Barreado, Dezoito e Dourado

Além de Mucurici, Ponto Belo e Conceição da Barra, o rio Itaúnas banha total ou parcialmente os municípios de Montanha, Pinheiros e Pedro Canário. Contudo, sua bacia hidrográfica também abrange São Mateus e Boa Esperança no Espírito Santo, totalizando oito municípios e uma área de 4 428 quilômetros quadrados (km²) nesse estado.[1] Cerca de 10% da área de drenagem ainda se distribui entre os estados de Minas Gerais e da Bahia.[2]

O manancial tem como principais afluentes os rios Preto do Norte, do Sul, Santana e São Domingos; ribeirões Itauninhas e Suzano; e córregos Angelim, Barreado, Dezoito e Dourado.[1] O relevo é acidentado no alto rio Itaúnas, porém nas áreas litorâneas a predominância é de planaltos.[3] A área da bacia foi consideravelmente degradada devido à supressão da Mata Atlântica nativa para ceder espaço a atividades econômicas, sobretudo os plantios de cana-de-açúcar e a monocultura do eucalipto. Além disso, as águas recebem o despejo de esgoto urbano e industrial.[4][5]

Apesar da degradação ambiental existente, o rio ainda é fundamental para o sustento de comunidades ribeirinhas, principalmente para a pesca.[4][5] Nos 34 km finais de seu trajeto atravessa o Parque Estadual de Itaúnas, uma área de preservação ambiental que forma uma grande extensão de alagados, dando origem a um manguezal onde coexiste uma rica biodiversidade de plantas e de animais marinhos.[6][7]

Referências

  1. a b c AGERH 2018, p. 31–32
  2. Agência Estadual de Recursos Hídricos do Espírito Santo (AGERH). «CBH Itaúnas». Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 7 de julho de 2022 
  3. AGERH 2018, p. 40
  4. a b Século Diário (27 de janeiro de 2020). «Rio Itaúnas flui entre a tragédia e a esperança». Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 7 de julho de 2022 
  5. a b Sarita Reed e Vinícius Fontana (23 de novembro de 2020). «Como o desmatamento fez com que uma cidade fosse 'engolida' por dunas no Espírito Santo». BBC News Brasil. Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 7 de julho de 2022 
  6. Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Espírito Santo (IEMA) (30 de maio de 2022). «Parque Estadual de Itaúnas». Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 7 de julho de 2022 
  7. Carlos Sanches e Luciana Alvarenga (16 de janeiro de 2022). «Parques do Brasil: Expedição ao Parque Estadual de Itaúnas». Curta Biodiversidade. Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 7 de julho de 2022 

Bibliografia

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Ligações externas

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