Rio Luco

rio de Marrocos
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Luco, Lucos[1] ou Lucuz (em latim: Lucus ou Loukkos; em árabe: واد لوكوس) é um rio do norte de Marrocos. Apesar de ser relativamente pouco extenso (cerca de 176 quilómetros), é o terceiro maior em Marrocos com um fluxo médio de 50 m³/s. O rio nasce nas Montanhas do Rife e deságua no Oceano Atlântico, na cidade de Larache. A bacia hidrográfica do Lucos é de 3,730 km² e atravessa uma das terras mais férteis e agrícolas do país.

Luco
Rio Luco
Vau do Luco. Postal antigo
Os rios no noroeste de Marrocos com o Loukos (centro-esquerda)
Os rios no noroeste de Marrocos com o Loukos (centro-esquerda)
Os rios no noroeste de Marrocos com o Loukos (centro-esquerda)
Comprimento 176 km
Nascente Rife
Caudal médio 50 m³/s
Foz Oceano Atlântico
(Larache)
Área da bacia 3,730 km²
Afluentes
principais
Mocazim
País(es)  Marrocos

Um dos afluentes do rio, o "rio da Ponte" de Bernardo Rodrigues,[2] ou Uet Macasin[3] (ou Mocazim,[4] Makhazine, Mkhazen) tem uma grande importância histórica já que foi nas suas margens que se deu uma das batalhas mais decisivas na história de Marrocos: a Batalha de Alcácer Quibir. A armada desembarcada em Arzila tentava passar a Larache por terra pelo vau do Luco, para seguir da outra banda o caminho a Larache.[5]"

História antiga

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Lixo antigo está localizado na serra de Tchemmich, na margem direita do Luco, mesmo a norte do porto moderno de Larache.[6] O site encontra-se dentro do perímetro urbano de Larache, e cerca de três quilómetros para o interior do Oceano Atlântico. De seus 80 metros acima da planície o site domina os pântanos por onde o rio corre.

Lixo foi estabelecida como uma colônia, depois dos navegadores fenícios atravessarem o Mar "Alboran" para chegar ao Oceano Atlântico.[7] Entre as ruínas de Lixo encontram-se banhos, templos, muros do século IV a.C., mosaicos, e os restos intrincados do Capitólio.

Referências

  1. García 1999, p. 104.
  2. Anais de Arzila : Os portugueses chamavam-no Rio da ponte por aí se encontrar uma ponte que atravessavam quando queriam "correr ao campo de Alcácer".
  3. IORNADA DE AFRICA COMPOSTA POR JERÔNIMO de MENDONÇA
  4. *David Lopes: História de Arzila. Coimbra, imprensa da universidade, 1924 - 1925. p. 456
  5. IORNADA DE AFRICA COMPOSTA POR JERÔNIMO de MENDONÇA. p. 25 da 1a edição (1607)
  6. Prehistoria de España: Trabajos dedicados al IV Congreso Internacional, Santiago Alcobé y Noguer
  7. C.Michael Hogan. 2011. Alboran Sea. eds. P.Saundry & C.J.Cleveland. Encyclopedia of Earth. National Council for Science and the Environment. Washington DC

Bibliografia

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  • García, José Manuel (1999). Breve história dos descobrimentos e expansão de Portugal. [S.l.]: Editorial Presença