Ron
Ron (1987 - 1992) foi um cão policial da raça pastor-alemão que trabalhou para a polícia de Santiago, capital do Chile. Ele ganhou fama no dia 22 de maio de 1991, ao ser um dos protagonistas da batalha campal na partida entre Colo-Colo e Boca Juniors, válida pela semifinal da Copa Libertadores daquele ano. Esta partida ficou conhecida como "A Batalha de Macul".[1]
Ron | |
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Espécie | Cão |
Raça | Pastor-alemão |
Sexo | masculino |
Nascimento | 1987 |
Morte | 1992 Santiago, Chile |
Lugar de descanso | Cemitério canino do bairro de San Cristóbal, na região metropolitana de Santiago. |
Conhecido por | Símbolo da conquista da Taça Libertadores de 1991 pelo Colo Colo |
Proprietário | Polícia de Santiago |
Assim que fez o gol que garantiu a sua classificação, uma confusão tomou conta do gramado. O goleiro Navarro Montoya, do Boca, que fez cera o jogo inteiro, foi quem iniciou o entrevero, partindo pra cima dos jogadores e fotógrafos chilenos, iniciando uma luta campal, que paralisou o jogo por mais de 10 minutos. A confusão só acabou quando Ron mordeu o glúteo direito de Navarro Montoya, e foi aplaudido pelos torcedores.[2]
Por conta dessa cena, Ron virou o símbolo da classificação e da garra da equipe chilena. Nos dias seguintes ao triunfo, estampou capas de jornal, foi personagem de reportagens na TV, ganhou uma carteira de sócio do Colo-Colo e acabou alçado a mascote do clube.[3]
Morte e homenagens eternas
editarRon faleceu em 5 de dezembro de 1992, pouco mais de um ano depois de ocorrida A Batalha de Macul, vítima de um ataque cardíaco, quando tinha pouco mais de cinco anos.
O cão hoje é objeto de peregrinação: todo dia 22 de maio (a data da histórica semifinal), torcedores do Colo-Colo depositam flores em seu túmulo, em um cemitério canino do bairro de San Cristóbal, na região metropolitana de Santiago.[4]
Em sua lápide, está escrito: “Aquí yace el noble ovejero alemán, baluarte de su raza y ejemplo para la especie humana”.[5] Em português: “Aqui jaz o nobre pastor alemão, baluarte de sua raça e exemplo para a espécie humana”.
Não é a única homenagem: ainda hoje, faixas com caricaturas de Ron são exibidas pela torcida nos estádios.[4]
Em 2018, para lembrar a data de sua morte, o Twitter oficial do clube divulgou uma foto e a mensagem: "Há 26 anos, Ron se foi para morder goleiros no céu dos cachorros".[1]
Na Cultura Popular
editarA história de Ron é citada nos seguintes livros:
Referências
- ↑ a b globoesporte.globo.com/ Para matar a saudade da Libertadores: No título do Colo Colo, um cachorro se torna herói nacional
- ↑ books.google.com.br/ Livro "Ángeles con caras sucias: La historia definitiva del fútbol argentino", Por Jonathan Wilson
- ↑ infobae.com/ La historia de Ron, el perro que lo mordió a Navarro Montoya
- ↑ a b folha.uol.com.br/ Único fracasso do Boca forjou cachorro herói
- ↑ books.google.com.br/ "1.000 datos locos del fútbol mundial" Por Anibal Litvin
- ↑ blogdoboleiro.blogosfera.uol.com.br/ Mordida de cachorro. Herói dos Andes. Livro conta histórias da Libertadores
- ↑ books.google.com.br/