Ruellia asperula
A Ruellia asperula (sin. Stephanophysum asperulum Mart. & Nees), popularmente conhecida como melosa, melosa-vermelha ou melosa-roxa[2] é uma planta medicinal nativa do leste do Brasil e que cresce na vegetação da caatinga e do cerrado. Flores, folhas e raízes desta planta são geralmente maceradas e usadas para tratar asma, bronquite, febre, gripe e inflamação uterina.[3][4]
Melosa | |||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Ruellia asperula (Mart. & Nees) Lindau (1895) | |||||||||||||||
Sinónimos[1] | |||||||||||||||
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Taxonomia
editarA espécie foi descrita em 1847 por Carl Friedrich Philipp von Martius e Christian Gottfried Daniel Nees von Esenbeck. [5]
O seguinte sinônimo já foi catalogado:[1]
- Stephanophysum asperulum (Nees & Mart.) Nees
Etimologia
editarO gênero Ruellia foi batizado em homenagem a Jean Ruelle, botânico e médico de Francisco I da França, tradutor de diversos trabalhos de Dioscórides.[6] Asperula vem do latim, significando "rugosa".
Forma de vida
editarÉ uma espécie terrícola arbustiva a subarbustiva, medindo de 0,7 a 1,6m de altura.[7]
Polinização
editarA espécie é visitada por diversas espécies de animais, que atuam em sua polinização: abelhas (Xylocopa sp., Xylocopa aff. viridis, Trigona spinipes), borboletas (Phoebis sennae, Phoebia sp.) e principalmente beija-flores das espécies Eupetomena macroura, Hylocharis sapphirina, Amazilia versicolor, Amazilia lactea, Chrysolampis mosquitus e Chlorostilbon lucidus.[2]
Distribuição
editarA espécie é encontrada na Região Nordeste do Brasil (Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe), Sudeste (Minas Gerais), e uma ocorrência registrada em Tocantins.[7] Ocorre no domínio fitogeográfico de floresta estacional decídua, bem como no bioma caatinga.[7]
Referências
- ↑ a b «Ruellia asperula (Mart. & Nees) Lindau». Plants of the World Online (em inglês). Consultado em 18 de novembro de 2024
- ↑ a b Souza, Francisco V. (30 de setembro de 2018). «Fauna e Flora do RN». Consultado em 18 de novembro de 2024
- ↑ «Ruelia asperula» (PDF). BioMed Central (em inglês). Consultado em 19 de novembro de 2024
- ↑ Andrade, Francisca Suzana de (2023). «AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE DO CHÁ DA RUELLIA ASPERULA (MELOSA) EM CÉLULAS EUCARIÓTICAS PELO METÓDO ALLIUM CEPA». Anais do 2º CONGRESSO BRASILEIRO CIÊNCIA E SOCIEDADE. Campinas. doi:10.17648/cbcs-2021-137920. Consultado em 18 de novembro de 2024
- ↑ «Ruellia asperula Benth. & Hook.f., 1876». www.gbif.org (em inglês). Consultado em 19 de novembro de 2024
- ↑ Burkhardt, Lotte (2018). Verzeichnis eponymischer Pflanzennamen – Erweiterte Edition [Index of Eponymic Plant Names – Extended Edition] (pdf) (em inglês). Berlin: Botanic Garden and Botanical Museum, Freie Universität Berlin. ISBN 978-3-946292-26-5. doi:10.3372/epolist2018. Consultado em 1 de janeiro de 2021
- ↑ a b c Alessandro Oliveira Silva, Felipe Oliveira de Lira, Ingrid Fabiana Fonseca Amorim, Aryana Vasque Frota Guterres, Gustavo Pereira Lima, Antonio Fernando Costa da Silva, Eduardo Bezerra de Almeida Jr. (2023). «Expansão da distribuição geográfica e status de conservação de Ruellia asperula(Mart. ex Ness) Lindau (Acanthaceae) para região Norte do Brasil». Revista Brasileira de Geografia Física. 16 (6). ISSN 3537-3547