Sérgio Ferretti

antropólogo brasileiro

Sérgio Figueiredo Ferretti (Rio de Janeiro, 8 de novembro de 1937São Luís, 23 de maio de 2018[1]) foi um antropólogo e museólogo brasileiro, professor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e casado com a também antropóloga da UFMA Mundicarmo Ferretti.

Sérgio Ferretti
Nascimento 1937
Rio de Janeiro
Morte 23 de maio de 2018
São Luís
Cidadania Brasil
Cônjuge Mundicarmo Ferretti
Alma mater
Ocupação antropólogo
Empregador(a) Universidade Federal do Maranhão

Biografia

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Sérgio Ferretti nasceu e realizou parte de sua formação no Rio de Janeiro, graduou-se em História e Museologia pela Faculdade Nacional de Filosofia. Em 1963 viajou ao Maranhão para trabalhar no Movimento de Educação de Base (MEB), permanecendo até março de 1964. Em 1970 retorna definitivamente para o Maranhão ingressando na UFMA e na UEMA. Torna-se um grande especialista em religiosidade popular com diversos livros e artigos publicados. A titulação é uma forma de reconhecimento da contribuição do pesquisador e professor durante 40 anos para o Maranhão.[2]

Graduado em Museologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO/1962), e em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ/1962); especializou-se em Economia do Desenvolvimento e Sociologia do Desenvolvimento pela Université Catholique de Louvain (UCL, Bélgica/1964-66); fez mestrado em Antropologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN/1983) e doutorado em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (USP/1991).

Professor emérito da UFMA, Sérgio Ferretti estudava os costumes, as crenças e as festas populares do país, com especial atenção às religiões afro-brasileiras/maranhenses. Com mais de 50 anos dedicados à docência e à pesquisa da cultura popular, dos rituais e das religiões afro-brasileiras, Ferretti foi um dos fundadores da graduação e do Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais, da Universidade Federal do Maranhão (PPGCSoc/UFMA), e da Comissão Maranhense de Folclore.

Lutou pela criação dos programas de pós-graduação em Ciências Sociais e Políticas Públicas, inserindo o Maranhão no circuito de produção acadêmica – cenário ainda marcado pela concentração no eixo Sul e Sudeste –, e estimulando o interesse de antropólogos brasileiros por religiões afro-brasileiras, até então majoritariamente alvo de pesquisadores estrangeiros. A atuação de Sérgio Ferretti, junto a sua companheira, Mundicarmo Ferretti, expressava-se na militância com os povos de terreiro desde os aspectos de patrimonialização de terreiros tradicionais de tambor de mina, como a Casa das Minas e a Casa de Nagô, até a recente luta ao lado de comunidades tradicionais em São Luís do Maranhão, como o Cajueiro.

Desde 2010, era coordenador do Museu Afrodigital do Maranhão (http://www.museuafro.ufma.br), projeto desenvolvido inicialmente pelo CEAO/UFBA e, posteriormente, envolvendo a UFPE e a UFMA. Filiado à rede da memória virtual da Biblioteca Nacional, este museu funciona atualmente como um repositório digital. Coordenava também, junto a Mundicarmo Ferretti, o Grupo de Pesquisa, Religião e Cultura Popular (GPMINA), na UFMA, que completou 25 anos em 2018.

  • Querebentã de Zomadonu: Etnografia da Casa das Minas. São Luís: EDUFMA, 1985.
  • Repensando o sincretismo. São Paulo, EDUSP/FAPEMA, 1995.

Referências

  1. «NOTA DE PESAR – Sérgio Ferretti». Maranhão de Todos Nós. 23 de maio de 2018 
  2. «UFMA publica livros sobre Maranhão Contemporâneo». portais.ufma.br. Consultado em 23 de maio de 2018