Síndrome da fadiga crônica

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A Síndrome da fadiga crônica (português brasileiro) ou crónica (português europeu), também conhecida por encefalomielite miálgica, é o nome mais comum dado a uma enfermidade ou enfermidades variavelmente debilitantes geralmente definidas por fadiga persistente não relacionada com exercício, não substancialmente aliviada por repouso e acompanhada pela presença de outros sintomas específicos por um mínimo de seis meses.[1] O processo patológico na síndrome da fadiga crônica se apresenta como uma série de anormalidades dos sistemas neurológico, imunológico e endócrino. Embora classificada pela Organização Mundial de Saúde sob Doenças do sistema nervoso,[2] a etiologia (causa de origem) da síndrome é atualmente desconhecida e não há teste laboratorial diagnóstico ou biomarcador. Fatores relacionados são: exposição a agentes tóxicos, sobrecarga emocional, envenenamento crônico por pesticidas, toxicidade por organofosforados, sensibilidade química múltipla.

Síndrome da fadiga crônica
,
Especialidade neurologia, reumatologia
Classificação e recursos externos
CID-10 G93.3
CID-9 780.71
DiseasesDB 1645
MedlinePlus 001244
eMedicine med/3392 ped/2795
MeSH D015673
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Fadiga é um sintoma comum em muitas doenças, mas a síndrome da fadiga crônica é uma doença multissistêmica e é relativamente rara por comparação.[3] Os sintomas incluem mialgia difusa e artralgia; dificuldades cognitivas; exaustão mental e física crônica, muitas vezes grave; e outros sintomas característicos em indivíduos previamente saudáveis e ativos. Pacientes com SFC podem relatar sintomas adicionais incluindo fraqueza muscular, hipersensibilidade, intolerância ortostática, distúrbios digestivos, depressão, resposta imune diminuta, e problemas cardíacos e respiratórios. Não está claro se esses sintomas representam condições comórbidas ou se são produzidos por uma etiologia subjacente à SFC.[4] Todos os critérios diagnósticos requerem que os sintomas não sejam causados por outras condições médicas.

Estudos têm relatado números da prevalência da SFC que variam amplamente, de 7 a 3000 casos de SFC para cada 100.000 adultos. A qualidade de vida é "particular e unicamente prejudicada" na SFC,[5] e recuperação completa da condição ocorre em apenas 5–10% dos casos.[6]

Embora exista concordância nas genuínas ameaça à saúde, à felicidade, e à produtividade causadas pela síndrome da fadiga crónica, vários grupos médicos, pesquisadores e ativistas de pacientes promovem diferentes nomenclaturas, critérios diagnósticos, hipóteses etiológicas e tratamentos, resultando em controvérsias acerca de muitos aspetos da doença. O nome SFC, por si só, é controverso, uma vez que muitos pacientes e grupos de ativismo, assim como alguns especialistas, desejam a mudança da nomenclatura, pois creem que o nome síndrome da fadiga crônica não é adequado à gravidade da doença.

Referências

  1. «Chronic Fatigue Syndrome: Diagnosing CFS». CDC. 3 de maio de 2006. Consultado em 22 de janeiro de 2009 
  2. International Classification of Diseases (and Related Health Problems). 7th Edition, Version for 2007. Chapter VI, G93.3.
  3. Ranjith G (2005). «Epidemiology of chronic fatigue syndrome.». Occup Med (Lond). 55 (1): 13–29. PMID 15699086. doi:10.1093/occmed/kqi012 
  4. Afari N, Buchwald D (2003). «Chronic fatigue syndrome: a review». Am J Psychiatr. 160 (2): 221–36. PMID 12562565. doi:10.1176/appi.ajp.160.2.221 
  5. Anderson JS, Ferrans CE (junho de 1997). «The quality of life of persons with chronic fatigue syndrome.». J Nerv Ment Dis. 185 (6): 359–67. PMID 9205421. doi:10.1097/00005053-199706000-00001 
  6. «Chronic Fatigue Syndrome Basic Facts». Centers for Disease Control and Prevention. 9 de maio de 2006. Consultado em 7 de fevereiro de 2008 
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