Destruição de Jerusalém
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Ao longo de sua história, a cidade de Jerusalém foi destruída, total ou parcialmente, em algumas ocasiões, vindo a ser reconstruída, posteriormente. Na Antiguidade, a destruição da cidade ocorreu em três ocasiões diferentes.
Primeira destruição
editarA primeira destruição, segundo alguns historiadores, ocorreu na terceira deportação pelos babilônios no ano 586 a.C., pelos exércitos da Babilônia, comandados pelo rei Nabucodonosor II que em 586/587 a.C. sitiou Jerusalém pela primeira vez e, segundo o livro bíblico de Daniel Cap.1:1, no seu primeiro ano e depois em mais duas ocasiões. O profeta Daniel viveu durante todo o período em que os babilônios dominavam sobre o povo Judeu e ficou até o início do domínio Persa. Por volta do 19º ano de Nabucodonosor em 587 a.C., Jerusalém foi destruída no seu terceiro sítio. Tanto as muralhas da cidade quanto o templo de Jerusalém (cuja construção era atribuída ao rei Salomão e que por isso era chamado de O Templo de Salomão) foram destruídos. O resto da cidade ficou em ruínas durante pouco mais de um século até a reconstrução da cidade. Esta foi a primeira e dolorosa destruição tanto do templo como de Jerusalém que o povo judeu sofreu.[1] No primeiro século o templo sofrera mais uma destruição, para não mais ser re-erguido ao longo dos últimos dois milênios.
Segunda destruição
editarCom a derrota da Grande Revolta Judaica contra o domínio romano, em 70, Jerusalém foi tomada pelas forças do comandante romano, Tito. Outra vez, as muralhas e o Templo de Jerusalém (que o rei Herodes, o Grande, ampliara e embelezara, tornando-o portentoso) foram destruídos, e o resto da cidade voltou a ficar em ruínas. A destruição de Jerusalém, também conhecida como Cerco de Jerusalém, ocorreu durante o governo do imperador romano Vespasiano.
Terceira destruição
editarEm 135, o imperador Adriano mandou arrasar a cidade, ao cabo da revolta judaica liderada por Simão Barcoquebas. Sobre os restos de Jerusalém, edificou-se uma cidade helênica (Élia Capitolina) e sobre o monte onde se erguera o santuário de Javé, erigiu-se um templo dedicado a Júpiter Capitolino.[2]
Esta foi a última destruição que colocou um fim de vez em alguma tentativa de reerguer o templo. Até a data atual o templo de Jerusalém não foi ainda reerguido e resta apenas um grande muro que cercava a região do antigo templo. Popularmente conhecido como o muro das lamentações. Os judeus foram proibidos de viver próximo a Jerusalém e cerca de 900 aldeias judaicas na Judeia foram completamente destruídas e seus moradores mortos, escravizados ou banidos da região.
Ver também
editarReferências
- ↑ «lavia.org». www.lavia.org. Consultado em 30 de maio de 2022
- ↑ John Allegro. The Chosen People. pg 234
Bibliografia
editar- Allegro, John. The Chosen People. London, Hodder and Stoughton Ltd, 1971.
Ligações externas
editar- II Templo de Jerusalém e a Destruição do Templo
- A Destruição do Templo de Jerusalém
- T'sha be'Av, os judeus lembram a destruição do templo de Jerusalém